Quatro estratégias para aumentar produtividade no Brasil:nome de usuário pixbet
"Pela primeira vez na nossa história falta mãonome de usuário pixbetobra - o que nos obriga a aproveitar nossos trabalhadoresnome de usuário pixbetforma mais eficiente", diz Hélio Zylberstajn, professornome de usuário pixbeteconomia da Universidadenome de usuário pixbetSão Paulo (USP).
É por isso que a "produtividade" tornou-se um dos temas centrais do atual debate econômico.
"Qualificar melhor os trabalhadores brasileiros é hoje um dos nossos grandes desafios - e é sempre importante conhecer a experiência dos outros países nessa área", diz Silvani Pereira, secretário substitutonome de usuário pixbetPolíticas Públicasnome de usuário pixbetEmprego do Ministério do Trabalho e Emprego.
Pereira explica que o ministério tem promovido visitas e parcerias com outros países buscando se informar sobre seus sistemas públicosnome de usuário pixbetemprego, qualificação profissional e estratégiasnome de usuário pixbettreinamento dentro da empresa.
"Mas é claro que é crucial fazer a ressalvanome de usuário pixbetque nem tudo o que tem sucesso e ajuda a ampliar a produtividadenome de usuário pixbetum lugar pode ser automaticamente aplicadonome de usuário pixbetoutronome de usuário pixbetfunçãonome de usuário pixbetespecificidades econômicas, históricas e sociais."
Abaixo, a BBC Brasil listou quatro estratégias sugeridas por especialistasnome de usuário pixbetum evento promovido pelo BIDnome de usuário pixbetSão Paulo. Segundo eles, poderiam inspirar o Brasil e outros países latino-americanos emnome de usuário pixbetbusca por mais produtividade.
Eles ressaltam que não se tratamnome de usuário pixbetexperiências que poderiam ser implantadas automaticamente por aqui, mas soluções que podem ajudar o país e a região a encontrarem respostas originais ao problema do ajuste das habilidades dos trabalhadores às necessidades das empresas:
Valorização e flexibilização do ensino técnico
Para Carmen Pagés, do Banco Interamericanonome de usuário pixbetDesenvolvimento, a faltanome de usuário pixbettrabalhadoresnome de usuário pixbetformação técnica é hoje um dos fatores que afeta a produtividade na América Latina.
Segundo ela, países como a Coreia do Sul, a Austrália, o Canadá, a Nova Zelandia, a Alemanha e a Suíca, que integraram "perfeitamente" o ensino técniconome de usuário pixbetseu sistema educativo estão entre os que melhor conseguiram alinhar a formação dos trabalhadores às necessidades das empresas.
"Nesses países o sistema é muito flexível", diz Pagés. "Você pode passar do acadêmico ao técnico e do técnico ao acadêmico com facilidade e há mais integração entre esses dois ramos - o que ajuda a evitar o estigmanome de usuário pixbetrelação ao ensino técnico que existe no Brasil, alémnome de usuário pixbetreduzir o problema do 'isolamento' dos ambientes acadêmicos do mercado."
Pagés diz que na Suíça algonome de usuário pixbettornonome de usuário pixbet60% dos estudantes do ensino médio optam pelo ramo técnico.
"Eles sabem que se quiserem trabalhar, isso lhes dará mais possibilidadenome de usuário pixbetinserção no mercado, mas também sabem que se, depois disso, resolverem voltar para a salanome de usuário pixbetaula para seguir o ramo das ciências humanas, ou debater aspectos teóricos ligados anome de usuário pixbetprofissão, por exemplo, a transição será simples."
Na Austrália, os estudantes podem transferir créditos dos cursos técnicos da chamada Technical and Further Education Commission (Tafe) para os cursosnome de usuário pixbetuniversidades regulares, o que permite uma combinação entre os dois tiposnome de usuário pixbetensino.
"As pessoas nos procuramnome de usuário pixbetqualquer etapanome de usuário pixbetsua vida profissional: temos cursos para quem tem 18 anos e para quem tem 40 e quer ampliar suas possibilidades profissionais", explicou à BBC o australiano Peter Holden, diretor da Tafe.
O ensino técnico começou a se expandir na Austrália nos anos 70. Nos anos 90, foram feitos ajustes para garantir que os conteúdos dos cursos atendiam a demanda das indústrias locais (até então o foco do sistema era seu papel social).
"Nós passamos a conversar mais com as empresas e, como algunsnome de usuário pixbetnossos professores foram trazidos da indústria, eles também se encarregaramnome de usuário pixbetnos manter informados sobre quais conhecimentos e habilidades são requisitados."
Sistemanome de usuário pixbetcertificados
Para tirar uma carteiranome de usuário pixbetmotorista,nome de usuário pixbetgeral o candidato faz um testenome de usuário pixbetdireção. Se mostrar que sabe dirigir, recebe o documento, se cometer muitos erros, não recebe. Não interessa se ele aprendeu a dirigir com o avô e estudou sozinho as leisnome de usuário pixbettrânsito ou se fez 30 aulasnome de usuário pixbetuma auto-escola.
Na Coreia do Sul, um sistemanome de usuário pixbetcertificados nacionais para o ensino técnico parece funcionarnome de usuário pixbetuma maneira semelhante, como explicou Joon-Chul Eom, do Ministério do Emprego e Trabalho da Coreia do Sul,nome de usuário pixbetevento promovido pelo BIDnome de usuário pixbetSão Paulo.
Os candidatos fazem uma sérienome de usuário pixbetprovas orais e escritas após comprovar que têm experiência prática ou estudaram determinada área. Se passarem, recebem certificados nacionais que atestam suas habilidades e conhecimentos específicos.
Um trabalhador pode ser certificadonome de usuário pixbetgastronomia coreana, por exemplo. Outro,nome de usuário pixbetserviçosnome de usuário pixbetengenharia elétrica ou mecatrônica. As provas são rígidas, e os índicesnome de usuário pixbetaprovação podem chegar a 10%nome de usuário pixbetalguns casos.
No caso do ensino técnico, a certificação fica a encargo do Ministério do Trabalho, mas também há certificados para as profissõesnome de usuário pixbetnível superior, que sãonome de usuário pixbetgeral administrados por outros ministérios.
O sistema é uma formanome de usuário pixbetgarantir e padronizar a qualidade dos profissionais formados no país, facilitar a busca e a colocação no mercadonome de usuário pixbettrabalhadores com habilidades específicas e ao mesmo tempo estimular os coreanos aprimorarem suas habilidades - uma vez que elas podem ser formalmente "reconhecidas".
É claro que há críticas. Um estudo da OCDEnome de usuário pixbet2012, por exemplo, defendia que as certificaçõesnome de usuário pixbetensino superior seriam uma "duplicação desnecessária", uma vez que os alunos já seriam avaliados emnome de usuário pixbetinstituiçãonome de usuário pixbetensino.
"Trata-senome de usuário pixbetum sistema interessante e que mereceria ser estudado mais a fundo, embora no Brasil acho que seria impensável implantar algo nessa escala", diz Hélio Zylberstajn, da USP. "Quem ficaria encarregado dos certificados?"
Educação nas empresas
O australiano Peter Holden, da entidade governamental Tafe, diz quenome de usuário pixbetseu país uma das experiências mais bem sucedidas na áreanome de usuário pixbetformação do trabalhador são as parcerias com empresas para o fornecimentonome de usuário pixbetcursos dentro do ambientenome de usuário pixbettrabalho.
"Há cursosnome de usuário pixbetáreas específicas ounome de usuário pixbetformação mais básica. Algumas empresas nos indicaram um gruponome de usuário pixbetfuncionários que gostariam que recebessem noçõesnome de usuário pixbetaritmética, por exemplo", diz Holden.
Segundo Holden, o esquema é financiado conjuntamente pelo governo e as empresas.
"Muitos trabalhadores viram seus trabalhos mudarem completamentenome de usuário pixbetfunção da adoçãonome de usuário pixbetnovas tecnologias - e esses esquemas não só aumentam a produtividade das empresas, mas também evitam que sejam demitidos e aumentam suas chancesnome de usuário pixbetuma promoção."
Para Zylberstajn, da USP, os esquemasnome de usuário pixbettreinamento dentro das empresas estão entre as experiências que mais poderiam ser aproveitadas no Brasil.
"Um dos problemas do nosso ensino técnico é que as instituiçõesnome de usuário pixbetensino e o setor privado conversam pouco, então o que os alunos aprendem na salanome de usuário pixbetaula nem sempre é válido para o mercado", diz o economista.
Silvani Pereira, secretário substitutonome de usuário pixbetPolíticas Públicasnome de usuário pixbetEmprego do Ministério do Trabalho e Emprego, concorda que é preciso fazer avanços nessa área.
"O treinamento do trabalhador dentro da empresa contribui para promover ganhosnome de usuário pixbetprodutividade já que o alinhamento entre o que é ensinado e o que as empresas precisam é perfeito. Além disso, tal sistema contribui para uma redução da rotatividade dos trabalhadores", diz.
Esquemasnome de usuário pixbetaprendizagem
Nessa área, a Alemanha parece ser,nome de usuário pixbetlonge, o grande modelo. Lá os jovens têm a possibilidadenome de usuário pixbetaprender um trabalho dentronome de usuário pixbetum programanome de usuário pixbetaprendizagem conforme cursam o ensino fundamental.
Os alunos dividem seu tempo entre as escolas e as empresas, onde são orientados por um profissional mais experiente para aprender um entre os 344 ofícios oferecidos pelo programa. Eles recebem um salário e, ao finalizar o curso, têm a opçãonome de usuário pixbetseguir a carreira na área.
Segundo Geoff Fieldsend, do British Council, esse é um dos muitos esquemas adotados para melhorar a questão da empregabilidade dos jovens, mas seus resultados ainda precisam ser avaliados.