Para OMS, resistênciaregras bet365 basquetebactérias a antibióticos é 'ameaça global':regras bet365 basquete

Antibióticos (BBC)
Legenda da foto, Uso inadequadoregras bet365 basqueteantibióticos pode fazer com que pessoas morramregras bet365 basqueteinfecções tratáveis há décadas

Doenças comuns

O relatório trataregras bet365 basquetesete bactérias que causam doenças comuns, ainda assim sérias, como pneumonia, diarreia e infecções sanguíneas.

O documento indica que dois antibióticos-chave não funcionamregras bet365 basquetemais da metade dos pacientes,regras bet365 basquetevários países.

Um deles, o carbapedem, é usado como um "último recurso" para tratar infecções potencialmente mortais, como pneumonia, infecções sanguíneas e infecçõesregras bet365 basqueterecém-nascidos, causadas pela bactéria K.pneumoniae.

Bactérias normalmente sofrem mutações até se tornarem imunes a antibióticos, mas o mal uso desses medicamentos - comoregras bet365 basqueteprescrição desnecessária por médicos ou pacientes que não terminam seus tratamentos - faz com que isso ocorra mais rápido.

Novos antibióticos

Bactéria E.coli (SPL)

Crédito, SPL

Legenda da foto, Resistência da bactéria E.coliregras bet365 basqueteinfecções urinárias chega a metade dos casos

A OMS diz que novos antibióticos devem ser desenvolvidos, enquanto governos e indivíduos devem tomar medidas para retardar o processoregras bet365 basqueteresistência das bactérias.

No relatório, o órgão diz que a resistência a antibióticos como o usado para combater a bactéria E.coliregras bet365 basqueteinfecções urinárias aumentouregras bet365 basquete"praticamente zero" nos anos 1980 para mais da metade dos casos atuais.

Em alguns países, o antibiótico usado para tratar essa infecção não funcionariaregras bet365 basquete"mais da metade das pessoas tratadas com o medicamento".

"Sem uma ação urgente e coordenada entre as diferentes partes envolvidas nessa questão, o mundo caminha rumo a uma era pós-antibiótico,regras bet365 basqueteque infecções comuns e ferimentos simples que são tratáveis há décadas podem matar novamente", afirma Keiji Fukuda, diretor-geral assistente da OMS.

Fukuda diz que os antibióticos têm sido um dos "pilares" que levaram as pessoas a viver por mais tempo eregras bet365 basqueteforma mais saudável.

"A não ser que medidas sejam tomadas para melhorar os esforçosregras bet365 basqueteprevenir infecções e mudar a forma como produzimos, prescrevemos e usamos antibióticos, o mundo perderá uma das armas da saúde pública", afirma Fukuda. "As implicações disso serão devastadoras."

Falha

O relatório também identificou que um tratamento usado como último recurso para combater a gonorréia, infecção transmitida sexualmente e que pode levar à infertilidade, "havia falhado" no Reino Unido, na Áustria, na Austrália, no Canadá, na França, no Japão, na Noruega, na África do Sul, na Eslovênia e na Suécia.

Maisregras bet365 basqueteum milhãoregras bet365 basquetepessoas no mundo contraem gonorréia diariamente, segundo a OMS.

O relatório lista medidas como melhores práticasregras bet365 basquetehigiene, acesso a água limpa, controleregras bet365 basqueteinfecçõesregras bet365 basquetecentrosregras bet365 basquetesaúde e vacinação como formasregras bet365 basquetereduzir a necessidaderegras bet365 basqueteantibióticos.

"Nós encontramos taxas altíssimasregras bet365 basqueteresistência a antibióticosregras bet365 basquetenossas operaçõesregras bet365 basquetecampo", diz a Jennifer Cohn, diretora médica da organização Médicos Sem Fronteiras, para quem o relatório da OMS deve servir como um alerta.

"Governos devem incentivar o desenvolvimentoregras bet365 basquetenovos antibióticosregras bet365 basquetebaixo custo que não dependamregras bet365 basquetepatentes e que sejam adaptados às necessidadesregras bet365 basquetepaísesregras bet365 basquetedesenvolvimento."

Plano global

Cohn acrescenta que um planoregras bet365 basqueteação global deve ser criado para o "uso racionalregras bet365 basqueteantibióticos" e para que "medicamentosregras bet365 basquetequalidade cheguem a quem precisa deles, mas sem serem usadosregras bet365 basquetedemasia ou vendidos a um preço que os tornem inviáveis".

Nigel Brown, presidente da Sociedaderegras bet365 basqueteMicrobiologia Geral do Reino Unido, diz ser vital que microbiológos e outros pesquisadores trabalhem juntos para desenvolver novas abordagens para lidar com essa resistênciaregras bet365 basquetebactérias.

"Isso inclui novos antibióticos, mas também estudos que levem à criaçãoregras bet365 basqueteformas mais ágeisregras bet365 basquetediagnóstico, que ajudem a entendem como os micróbios se tornam resistentes a medicamentos e sobre como o comportamento humano influencia essa resistência."

No Brasil

Segundo a Agência Nacionalregras bet365 basqueteVigilância Sanitária (Anvisa), medidas vêm sendo tomadas desde 2011 no Brasil para reverter esse quadro.

"Havia no Brasil uma venda indiscriminadaregras bet365 basqueteantibióticos, assim comoregras bet365 basqueteoutros países", diz Maria Eugênia Carvalhaes Cury, do Núcleode Gestão do Sistema Nacionalregras bet365 basqueteNotificação e Investigaçãoregras bet365 basqueteVigilância Sanitária.

"Por ter sido uma grande inovação tecnológica nos anos 1940, responsável por salvar muitas vidas e ampliar a expectativaregras bet365 basquetevida, esse tiporegras bet365 basquetemedicamento não era visto como um vilão, mas como um herói. Mas, por muitos anos, sabia-se pouco sobre a possibilidaderegras bet365 basquetehaver resistência. Isso levou ao uso indiscriminado e suas consequências, o que fez a OMS indicar a restrição do seu uso."

Há três anos, a agência estabeleceu por meioregras bet365 basqueteuma resolução a obrigatoriedaderegras bet365 basqueteapresentaçãoregras bet365 basquetereceita médica na venda deste tiporegras bet365 basquetemedicamento e a retenção do documento, que passou a terregras bet365 basqueteapresentar uma dataregras bet365 basquetevalidade para impedir a venda do antibiótico após esse prazo.

A Anvisa também estabeleceu que,regras bet365 basquetecasosregras bet365 basqueteuso prolongado do medicamento, o paciente não poderia levar para casa toda a quantidade necessáriaregras bet365 basqueteuma só vez. Deveria voltar à farmácia mensalmente para obter o medicamento e, ao fim do prazoregras bet365 basquetevalidade, passar por uma nova consulta.

"Assim, o paciente avalia com o médico a necessidaderegras bet365 basquetecontinuar o tratamento. Não queremos coibir o acesso, mas promover o uso racional", afirma Cury.

A partirregras bet365 basquetejaneiroregras bet365 basquete2013, as farmácias também passaram a ser obrigadas a alimentar uma baseregras bet365 basquetedados única com detalhes da receita e do tratamento, além do nome do médico e do paciente.

"Teremos uma série histórica que nos permitirá avaliar o usoregras bet365 basqueteantibióticos no país e avaliar se a prescrição vem sendo feitaregras bet365 basqueteforma adequada e atacar outras causas do aumento da resistênciaregras bet365 basquetebactérias, como o uso inadequado do medicamento", diz Cury.