Venezuelanas arriscam saúde com injeçõeschapecoense e tombense palpitesilicone nas nádegas:chapecoense e tombense palpite
- Author, Irene Caselli
- Role, Da BBC News,chapecoense e tombense palpiteCaracas
chapecoense e tombense palpite A modachapecoense e tombense palpitenádegas grandes na Venezuela está levando algumas mulheres a extremos como o usochapecoense e tombense palpiteinjeçõeschapecoense e tombense palpitesilicone na região do corpo, uma prática proibida no país e que coloca a saúdechapecoense e tombense palpiterisco.
Denny, uma advogadachapecoense e tombense palpite35 anos que prefere não dar o sobrenome, é uma destas mulheres, Ela contou à BBC que acordou um dia com um inchaço do tamanhochapecoense e tombense palpiteuma bolachapecoense e tombense palpitefutebol na região lombar.
Ela não conseguia andar ou se inclinar, a dor era muito intensa.
Antes mesmochapecoense e tombense palpiteconsultar um médico, a venezuelana sabia que o inchaço deveria ser um efeito colateral do silicone líquido injetadochapecoense e tombense palpitesuas nádegas. O líquido se moveu para as costas e estava pressionandochapecoense e tombense palpitecoluna.
"Foi um choque terrível. Eu não conseguia andar. Foi assim que minha agonia começou", disse.
Injeções nas nádegas são um dos muitos procedimentos cosméticos aos quais as venezuelanas se submetem para corresponder aos modeloschapecoense e tombense palpitebeleza vigentes no país.
Mas estas injeções foram proibidas pelo governochapecoense e tombense palpite2012, seis anos depoischapecoense e tombense palpiteDenny ter passado pelo procedimento.
Apesar da proibição, as injeções continuam. Até 30% das mulheres entre 18 e 50 anos escolhem este procedimento, segundo a Associaçãochapecoense e tombense palpiteCirurgiões Plásticos Venezuelanos.
Homens também costumam injetar este tipochapecoense e tombense palpitesilicone nos músculos peitorais, mas os números são bem menores.
Sem barreiras
As injeções são feitas com siliconechapecoense e tombense palpitebiopolímero. A aplicação direta na massa muscular torna este silicone líquido muito mais perigoso do que os implantes comuns, nos quais o silicone está contidochapecoense e tombense palpiteuma espéciechapecoense e tombense palpitebolsa.
A atração deste tipochapecoense e tombense palpiteimplante é o fatochapecoense e tombense palpiteele ser mais barato do que as cirurgias convencionais. Uma injeção pode custar cercachapecoense e tombense palpite2 mil bolívares (pouco maischapecoense e tombense palpiteR$ 700) e o procedimento todo não leva mais do que 20 minutos.
Mas, os riscos são muito altos.
"O silicone pode migrar para outras áreas do corpo, pois não tem nenhuma barreira. O corpo também pode dar uma resposta imunológica ao material estranho, criando muitos problemas", disse Daniel Slobodianick, cirurgião plástico venezuelano.
Os pacientes podem sofrer reações alérgicas e fadiga crônica. Se o líquido migrar para outras áreas do corpo também poderá causar dores intensas nas juntas.
O médico acrescenta que os sintomas poderão aparecer apenas anos depois das injeções.
No casochapecoense e tombense palpiteDenny, o silicone se moveu para cima, para as costas, o que resultouchapecoense e tombense palpiteuma pressão dolorosa na coluna e dificultou movimento como, por exemplo, caminhar. Mas,chapecoense e tombense palpitecerta forma, ela teve sorte.
Os números não são precisos, mas a Associaçãochapecoense e tombense palpiteCirurgiões Plásticos da Venezuela estima que pelo menos uma dúziachapecoense e tombense palpitemulheres morrem a cada ano devido a estas injeções.
Daniel Slobodianick é um dos apenas dois cirurgiões do país especializados na remoção do tecido afetado pelas injeções.
O médico afirma que tem uma longa filachapecoense e tombense palpiteespera e Denny, por exemplo, teve que esperar por um ano até conseguir uma vaga.
No entanto, muitas não conseguem pagar pela cirurgia, que custa 60 mil bolívares (maischapecoense e tombense palpiteR$ 21 mil).
Problema nas costas
Horas antes da cirurgia, Denny explica à BBC que não quer divulgar o sobrenome pois alguns familiares não sabem a razãochapecoense e tombense palpiteela ter ficado doente.
Eles acreditam que a advogada tem algum problema nas costas, algo que ela também acreditou durante anos, antes do aparecimento do caroço.
Denny afirma que não teria tomado a injeção se soubesse dos riscos e descreveu a pressão que a levou a fazer o procedimento.
"Houve um boom. No escritório todas as mulheres tinham nádegas lindas. A gota d'água foi quando uma colega com quem trabalhava chegou com nádegas lindas, pareciam dois balões, tão bonitas. Foi ela quem me incentivou", disse.
"Nunca fui obcecada com medidas perfeitas, mas me deixei levar pela ideiachapecoense e tombense palpiteque mulheres venezuelanas deveriam parecer bonecas Barbie", acrescentou.
Concursochapecoense e tombense palpiteMiss
A Venezuela já venceu sete vezes o concursochapecoense e tombense palpiteMiss Universo, dando ao país a reputaçãochapecoense e tombense palpitefábricachapecoense e tombense palpiterainhas da beleza.
Carolina Vazquez Hernandez, consultora especialistachapecoense e tombense palpitequestões femininas, diz que a pressão da sociedade é muito intensa no país, maior do quechapecoense e tombense palpiteoutros países.
"Nós, mulheres venezuelanas, não temos uma identidade clarachapecoense e tombense palpitenossas raízes. Por causa desta nossa faltachapecoense e tombense palpiteidentidade, nossa autoestima é muito fraca e somos capazeschapecoense e tombense palpitenos submeter a qualquer coisa que desenvolva nossa autoestima", disse.
Astridchapecoense e tombense palpitela Rosa concorda. Ela é uma das ativistas líderes da associação Não ao Biopolímero (organização sem fins lucrativos que dá apoio a vítimas destas injeções).
Ela mesma passou pelo procedimento quando seu parceiro estava para deixá-la.
"Pensei que uma pessoa iria amar outra por causa da aparência", disse.
Logo depois ela começou a se sentir mal. Médicos disseram que o sistema imunológicochapecoense e tombense palpiteAstrid tinha sido afetado e ela foi diagnosticada com leucemia.
A proibição do uso destas injeções no país ocorreuchapecoense e tombense palpiteparte graças às ações da associação. Mas para Astridchapecoense e tombense palpitela Rosa ainda não é o bastante.
Ajuda
Astrid afirma que ainda recebe telefonemas semanaischapecoense e tombense palpitemulheres que receberam as injeções, mesmo depois da proibição.
"Não é uma questãochapecoense e tombense palpitegênero ou classe social. Mulheres e homens fazem isto, há políticos, atores, que já fizeram. Onde esta a ajuda para nós?", disse.
O governo proibiu as injeções por causa dos riscos à saúde. E as companhiaschapecoense e tombense palpiteseguro não cobrem os cursoschapecoense e tombense palpitetratamento para cuidar dos danos causados pelas injeções, pois estas companhias não reconhecem os efeitos colaterais das injeções como uma doença.
Para tentar enfrentar este problema, Astrid afirma que a organização coleta dinheiro para ajudar a pagar pelas cirurgias reparadoras.
Denny, porchapecoense e tombense palpitevez, conseguiu pagar pela cirurgia com as economias que tinha, mas no momento ela não pensa no dinheiro.
Deitadachapecoense e tombense palpitebruços depois da cirurgia, ela sabe que serão necessárias três semanas até que ela se recupere totalmente. E a cicatriz vai ficar para sempre.
Denny também sabe que o silicone ainda pode afetarchapecoense e tombense palpitesaúde no futuro.
No entanto, a advogada espera quechapecoense e tombense palpiteexperiência sirva como um alerta para outras venezuelanas.