Tim Vickery: A mesma globalização que atrapalha pode salvar o futebol brasileiro:corinthians e avai palpite

Neymar jogando pelo Barcelona / Crédito da foto: Reuters

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Legenda da foto, Melhor jogador do Brasil na atualidade, Neymar foi vendido para o Barcelona aos 21 anos
Lionel Messi comemora gol pelo Barcelona / Crédito da foto: AP

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Legenda da foto, Na globalização do futebol, torcedores brasileiros viraram fãs do Barcelona,corinthians e avai palpiteLionel Messi

É fascinante ver como a relação dos torcedores brasileiros com o futebol europeu mudou nos últimos 20 anos, desde que eu passei a morar no Brasil. Quando eu cheguei, logo depois da Copa do Mundocorinthians e avai palpite1994, era relativamente comum ver camisetas do Barcelona e do Deportivo La Coruña nas ruas do Riocorinthians e avai palpiteJaneiro. Mas elas não eram necessariamente usadas por pessoas que realmente torciam por esses clubes. Era apenas a declaraçãocorinthians e avai palpiteuma identificação pessoal com Romário e Bebeto - a duplacorinthians e avai palpiteataque que foi tão importante na conquista do Mundial -, que jogavam por esses times.

Agora, claro, existe uma preponderânciacorinthians e avai palpitetodos os tiposcorinthians e avai palpitecamisas europeias. Algumas delas são simplesmente "moda". Mas também é inegável que laços foram criados entre torcedores brasileiros e clubescorinthians e avai palpitefutebol europeus. Nos diascorinthians e avai palpitehoje, existem inúmeras pessoas que desenvolveram uma paixão por um time do outro lado do Atlântico, independentementecorinthians e avai palpiteum grande jogador brasileiro atuar nele ou não.

Em um lugar não muito longecorinthians e avai palpiteonde eu moro, um velho senhor administra uma escolinhacorinthians e avai palpitefutebol. Cercacorinthians e avai palpite15 anos atrás, as criançascorinthians e avai palpitelá falavam com brilho nos olhos sobre o sonho que elas tinhamcorinthians e avai palpitejogar pelo Flamengo ou pelo Vasco. As criançascorinthians e avai palpitehoje sonham com Real Madrid e Barcelona. Elas podem não saber apontar onde está a Espanha no mapa, mas elas têm a noçãocorinthians e avai palpiteque esses times e outros gigantes da Europa são os melhores clubes do mundo. É onde eles querem estar, já que eles são partecorinthians e avai palpiteuma geração globalizada.

É evidente que esse processo contém alguns aspectos preocupantes. Globalização significa concentração. Abrir o planeta todo para uma competição global leva ao triunfocorinthians e avai palpiteum gigante. Nos termos do futebol, isso significa o surgimentocorinthians e avai palpite"supertimes". Isso é um motivocorinthians e avai palpitepreocupação até na Europa – as lacunas que se abrem entre eles, os gigantes, e o resto dos times ameaçam a viabilidade dos campeonatos nacionais. Para o resto do mundo, então, isso pode ser extremamente nocivo. Há lugares na África e na Ásia onde jogos locais às vezes precisam ser marcados respeitando o calendário do Campeonato Inglês. Se um jogo local coincide com um jogo na Inglaterra, todos os torcedores ficarãocorinthians e avai palpitecasa para assistir aos craquescorinthians e avai palpitelá, como Luis Suárez, do Liverpool, Sergio Aguero, do Manchester City, Oscar, do Chelsea, e Rooney, do Manchester United. Pode se tornar muito difícil sustentar um campeonato local dessa forma, como uma eterna "segunda melhor opção" para algo que está acontecendo a milharescorinthians e avai palpitequilômetroscorinthians e avai palpitedistância.

Brasileiro Oscar comemora gol no Chelsea / Crédito da foto: Getty

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Legenda da foto, Oscar foi outro craque brasileiro que saiu cedo do país para jogar na Europa

Felizmente, isso não acontece tanto na América do Sul. É verdade, os públicos nos estádios brasileiros são frequentemente frustrantes – quando o Brasil foi confirmado como sede da Copa do Mundo, uma inspeção da Fifa reforçou que um dos objetivos do torneio seria aumentar o númerocorinthians e avai palpitetorcedorescorinthians e avai palpitejogos domésticos. Mas há inúmeros fatores para explicar isso. A grande maioria dos torcedores não estão se distanciando porque eles prefeririam ficarcorinthians e avai palpitecasa assistindo aos jogos da Europa. No mercado brasileiro, o grande chamadorcorinthians e avai palpiteaudiência continua sendo o futebol nacional – ainda que os números para os campeonatos estaduais estejamcorinthians e avai palpiteconstante queda.

Mas aqui existe uma virada feliz para o processocorinthians e avai palpiteglobalização. Um dos grandes problemas que o futebol brasileiro tem que enfrentar, discutido aquicorinthians e avai palpiteuma coluna anterior, é o calendário arcaico, confuso e mal organizado. Da forma como eles são disputados, os campeonatos estaduais não têm despertado o interessecorinthians e avai palpitenenhum clube, seja ele grande ou pequeno. Esse defeito foi claramente detectado pelos jogadores. Nos meus 20 anos morando no Brasil, eu não consigo me lembrar do desenvolvimentocorinthians e avai palpitealgo tão positivo no futebol brasileiro quanto o movimento Bom Senso F.C. Uma organizaçãocorinthians e avai palpitejogadores para estimular um debate sobre a forma como o futebol local é organizado. Mesmo que não se concorde com todas as propostas deles, o fatocorinthians e avai palpiteestarem tentando forçar um debate sobre o tema é um passo significativo para uma evolução.

Muito disso veio da iniciativacorinthians e avai palpitejogadores mais velhos, que tiveram experiência no futebol europeu. Ninguém precisou contar para eles. Eles próprios viram que é possível fazer as coisascorinthians e avai palpiteuma forma diferente, que um futebol melhor organizado é um objetivo atingível.

A exposição ao futebol europeu mostra que alguns dos jogadores mais experientes do Brasil compreendem muito melhor a indústria da qual fazem parte do que as pessoas responsáveis por administrá-la. A globalização pode ter levado os melhores talentoscorinthians e avai palpitecamposcorinthians e avai palpitefutebol brasileiros. Mas também trouxe o oxigêniocorinthians e avai palpitenovas ideias.