Por que os EUA reconhecem referendosweet candy slotKosovo mas não o da Crimeia:sweet candy slot

Jovens comemoram independência do Kosovo (AP)

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Legenda da foto, Independência do Kosovo,sweet candy slot2008, não foi reconhecida pela Rússia

Mas agora Moscou defende a autodeterminação do Kosovo e,sweet candy slotquebra, critica o Ocidente por ter um duplo padrão: não apoiar o processo na Crimeia, embora o tenha feitosweet candy slotKosovo.

Os Estados Unidos rejeitam a comparação. Em um documento intitulado "O Caso do Kosovo", publicado no site do Departamentosweet candy slotEstado, afirma que "o Kosovo é um caso especial que não deve ser visto como um precedente para outras situações".

Comemoração do sexto aniversário do Kosovo (Reuters)

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Legenda da foto, A independência do Kosovo é celebrada com bandeiras dos EUA e Grã-Bretanha

Cartas políticas

A Rússia usa o exemplosweet candy slotKosovo porque isso lhe permite dar duas cartadas políticas: defender suas próprias posições e ao mesmo tempo criticar o Ocidente pela independência que dividiu profundamente a Europa.

Moscou cita agora o parecer consultivo da Corte Internacionalsweet candy slotJustiça (CIJ), principal braço judicial das Nações Unidas, quesweet candy slot2010 decidiu que a declaração unilateralsweet candy slotindependênciasweet candy slotKosovo não violou o direito internacional.

Embora o governo russo tenha argumentado na época que essa decisão não representava uma base legal para reconhecer a independência do Kosovo, se referiu a ela agora para justificar a declaração da Crimeia.

No entanto, apesarsweet candy slota CIJ ter dito que a independência do Kosovo não era ilegal, tampouco afirmou explicitamente que era legal, por isso alguns analistas acham que a decisão não seria um precedente para o caso da Crimeia.

Moscou também se referiu aos Balcãs para criticar os Estados Unidos porsweet candy slot"interpretação unilateral implacávelsweet candy sloteventos", como disse o porta-voz do Ministério do Exterior russo, Alexander Lukashevich.

"Os Estados Unidos não têm e não podem ter o direito moralsweet candy slotpregar sobre o respeito ao direito internacional e à soberaniasweet candy slotoutras nações", disse ele no iníciosweet candy slotmarço.

"Que tal os bombardeios contra a ex-Iugoslávia ou a invasão no Iraque usando uma justificativa falsa?", acrescentou o porta-voz.

Caso Especial

A intervenção militar da Otan no Kosovo sempre foi um tema controverso. Embora tenha sido realizada sob razões humanitárias, não contou com um mandato do Conselhosweet candy slotSegurança da ONU, já que não tinha apoio da Rússia.

A Rússia considera problemático que os Estados Unidos tratem Kosovo como uma exceção quando se falasweet candy slotseparatismo.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse há duas semanas que "se o Kosovo é um caso especial, então Crimeia é também um caso especial."

O secretáriosweet candy slotEstado americano, John Kerry, rebatou, dizendo que "o Kosovo não é um modelo para nada".

"As Nações Unidas aprovaram uma resolução (em Kosovo). Foi claramente autorizada pelo direito internacional, com objetivosweet candy slotproteger (a população)", acrescentou Kerry.

"Na Crimeia, não havia ninguém que precisavasweet candy slotproteção no diasweet candy slotque o númerosweet candy slotsoldados aumentou, exceto, talvez, as forças ucranianas, que foram ameaçados (pelas tropas russas) e tiveram que deixar suas armas".

Referendo na Criméia (AFP)

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Legenda da foto, Após referendo, Criméia foi anexada à Rússia

Para os Estados Unidos, a diferença principal é que o Kosovo foi administrado pelas Nações Unidas,sweet candy slot1999 atésweet candy slotindependênciasweet candy slot2008.

O Departamentosweet candy slotEstado americano afirma que "a seqüência e a natureza dos eventos que levaram à independência do Kosovo foram sem precedentes."

"Kosovo foi um processo gerido internacionalmente e foi sancionado pelas Nações Unidas por meio da resolução 1.244, que exigia consulta ao povo do Kosovo sobre o seu estatuto político", disse à BBC David Phillips, autorsweet candy slotLibertando Kosovo: Diplomacia coercitiva e Intervenção dos Estados Unidos.

"Não há nada nem remotamente parecido com os recentes acontecimentos na Crimeia", acrescenta o analista.

Christopher Hill, enviado especial dos Estados Unidos para o Kosovo nos anossweet candy slotque a Otan interveio, observa que a situação naquele caso "tinha a ver com uma questãosweet candy slotautodeterminação".

"A principal diferença entre o Kosovo e a Crimeia é que o primeiro caso não se tratousweet candy slotum país vizinho instigando um referendo para mudar o mapa", disse ele à BBC.

Seja como for, pelo menos um fato os dois casos têmsweet candy slotcomum: as potências os usam como justificativa segundosweet candy slotprópria conveniência.