Crise na Ucrânia mergulha futebolsite lampionsbetcaos e gera temoressite lampionsbetconfrontossite lampionsbetestádios:site lampionsbet
"Na Ucrânia, há uma influência política nos times, porque todas as equipes pertencem a donos milionários aqui. São eles que financiam as equipes. E eles têm relações com políticos", disse.
Presidente foragido
A derrubada do presidente do país, Viktor Yanukovych, que fugiu do país, acabou obrigando algunssite lampionsbetseus principais aliados a fazer o mesmo, entre eles o oligarca Sergey Kurchenko, magnata do setorsite lampionsbetgás.
Kurchenko é o dono do Metalist Kharkiv (cidade do lado russo da Ucrânia), um dos times mais fortes do país atualmente - clube dos brasileiros Marlos, ex-São Paulo, Cleiton Xavier, ex-Palmeiras, e Diego Souza, ex-Vasco e Palmeiras. Com a fuga dele, a fontesite lampionsbetdinheiro secou.
As contas bancárias milionárias do mandatário foram congeladas desde a quedasite lampionsbetYanukovych e, com isso, a situação financeira do time mudou. "O Metalist foi comprado por Sergey no ano passado e ele era muito próximo do ex-presidente. Com os dois foragidos, ficou complicado para o time se manter", explicou Alex Merino.
Os jogadores chegaram a ficar com os salários atrasados, mas, com a negociaçãosite lampionsbetalguns atletas na última janelasite lampionsbettransferências, o clube conseguiu quitar parte dos vencimentos. O futuro das finanças do Metalist, no entanto, ainda é incerto, já que o paradeirosite lampionsbetKurchenko é desconhecido.
Tabela confusa
O grande reflexo da crise política no futebol foi o adiamentosite lampionsbetduas semanas do retorno do Campeonato Ucraniano após a paradasite lampionsbetinverno. O torneio deveria ter sido retomadosite lampionsbet28site lampionsbetfevereiro, mas a bola só voltou a rolar na Ucrânia na semana passada, com duas rodadas precisando ser adiadas.
Um dos jogos adiados foi o grande clássico do país, entre Dynamo Kiev e Shakhtar Donetsk, que opõe justamente os dois lados da crise política: a capital Kiev, que é pró-Ucrânia, e a cidadesite lampionsbetDonetsk, no extremo leste do país, regiãosite lampionsbetque grande parte da população ésite lampionsbetetnia russa - a exemplo do que ocorre na Crimeia, que foi às urnas para decidir por uma separação da Ucrânia.
E, por conta dos confrontos políticos, ainda não se sabe para quando o jogo será remarcado.
"Acho que estão esperando para marcar para ver se acalma a situação. Eles têm medosite lampionsbetos torcedores do Shakhtar virem para cá e haver confronto", contou o zagueiro do Dynamo Kiev, Danilo Silva, à BBC Brasil.
O campeonato mal voltou à ativa e outro impasse já precisa ser resolvido. Com a anexação da Crimeia à Rússia, os times da região - Sevastopol e Tavriya Simferopol – vão seguir jogando o Campeonato Ucraniano ou vão aderir às novas fronteiras e disputar o Campeonato Russo?
Para definir essa questão, o presidente da Federação Ucranianasite lampionsbetFutebol, Anatoliy Konkov, vai se reunir com a Uefa (Federação Europeiasite lampionsbetFutebol) e com a Fifa.
Futebol e Política
Os momentos mais tensos dos protestos contra o presidente Yanukovych ocorreram quando o futebol do país estava "de férias". E, após a pausasite lampionsbetinverno, os times se reúnem geralmente fora do território ucraniano para fazer a pré-temporada longe do frio.
Foi o que aconteceu com Danilo Silva, do Dynamo Kiev (único jogador brasileiro do time), que, apesarsite lampionsbetter se assustado com a dimensão que os protestos ganharam na capital, esteve a maior parte do tempo longe deles. Mas, ainda assim, ele passou alguns apuros na cidade.
"Quando a situação ficou mais tensa, no ápice, com muitas mortes, eu acabei ficando uns dias no Centrosite lampionsbetTreinamento do Dynamo, que é mais afastado. Foi até orientação do clube por precaução", disse.
"Passei dois ou três dias dormindo no CT, aí viajamos para a Espanha para jogar a Europa League e, quando voltamos, estava mais calmo. Aí minha esposa voltou para a Ucrânia também."
Assim como Danilo Silva, outro brasileiro que viusite lampionsbetrotina ser afetada pela crise ucraniana foi o meia-atacante Bernard, que se transferiu do Atlético-MG para o Shakhtar Donetsk (clube com 11 brasileiros no elenco) no ano passado.
Quando esteve com a seleção brasileira para o amistoso contra a África do Sulsite lampionsbetJohanesburgo, o jogador chegou a falar com os jornalistas sobre o assunto e até confessou ter um planosite lampionsbetfuga traçado caso as coisas piorassem.
"Está tudo mundo tenso, mas tomamos as providências necessárias. Temos passagem para deixar o país se for preciso e deixamos o nosso nome na embaixada, caso seja necessário deixar o paíssite lampionsbetforma urgente. A gente não sabe o que esperar", disse.
Rivalidadesite lampionsbetlado
A principal rivalidade do futebol ucraniano existe entre torcedores do Dynamo Kiev e do Shakhtar Donetsk. O primeiro é donosite lampionsbet13 títulos nacionais, enquanto o segundo tem 8 e está se aproximando cada vez mais do rival após os recentes investimentos do bilionário do ramosite lampionsbetmineração, Rinat Akhmetov, outro aliado do governosite lampionsbetViktor Yanukovych.
A rivalidade fica estampada nas arquibancadas quando as duas equipes se enfrentam, como relatou o zagueiro Betão, ex-Corinthians e que jogou por quatro anos no Dynamo.
"Além do futebol, tinha rivalidade política também. Na Ucrânia, eles têm um costumesite lampionsbeto torcedor visitante se juntar ao torcedor mandante nos jogos para cantar o nome da cidade onde o jogo está acontecendo. Mas isso nunca acontece quando Shakhtar e Dynamo se enfrentam."
Apesar da rivalidade entre as torcidassite lampionsbettodo o país, durante os grandes protestos na capital ucraniana, ela foi deixadasite lampionsbetlado. Os torcedores organizados (chamados "ultra")site lampionsbetalguns dos times, se uniram no paíssite lampionsbetfavor dos manifestantes para defendê-los dos confrontos violentos com a polícia.
E agora, depois do período intensosite lampionsbetmanifestações, uma ondasite lampionsbetnacionalismo tomou conta do país. Na retomada do Campeonato Ucraniano, o hino nacional, que nunca toca antes das partidas, foi entoado com entusiasmo pelos torcedores do Dynamo Kiev, que ainda fizeram um mosaico com a bandeira ucraniana no estádio Olímpico.