Temperaturas extremas pressionam produção energética no mundo:bonus 188bet
- Author, Paula Adamo Idoeta
- Role, Da BBC Brasilbonus 188betSão Paulo
bonus 188bet A tendência já verificada por cientistasbonus 188betque extremos climáticos se tornem mais comuns, fazendo com que sejam registradas com frequência temperaturas muito mais altas ou muito mais baixas do que a média, tem pressionado a produçãobonus 188betenergia no mundo.
Um relatório do Painel Intergovernamentalbonus 188betMudanças Climáticas (IPCC, ligado à ONU) havia indicado, no semestre passado, que as mudanças nos padrões climáticos devem levar não apenas a temperaturas mais altas, como também a mais secas e enchentes. Estudos sugerem também que alteraçõesbonus 188betventosbonus 188betgrande altitude, provocados pelas mudanças climáticas, favoreçam ondasbonus 188betfrio extremo.
Em países como Brasil, Argentina, Austrália, Estados Unidos e Canadá, operadorasbonus 188betenergia têm identificado mudanças nos padrõesbonus 188betconsumo, com novos picos,bonus 188betgrande parte causadas pela necessidadebonus 188betresfriar ou aquecer ambientes.
Ainda que não haja dados globaisbonus 188betconsumo relacionados à temporadabonus 188betforte calor e frio, a Agência Internacionalbonus 188betEnergia aponta a forte correlação entre as temperaturas externas e o uso energético - e explica que o consumo extra muitas vezes tem anulado "os efeitosbonus 188betmedidas tomadas para melhorar a eficiência energética".
No caso brasileiro, o verão extremamente quente e seco provocou recordes históricosbonus 188betdemandabonus 188betenergiabonus 188betdiasbonus 188betjaneiro e fevereiro, segundo dados da ONS (Operadora Nacional do Sistema Elétrico).
Nesta quarta-feira, a operadora informou que o consumobonus 188betenergiabonus 188betfevereiro subiu 7,8%bonus 188betrelação ao mesmo mêsbonus 188bet2013.
Foram batidos consecutivos recordesbonus 188betusobonus 188betenergia, culminando com o pico históricobonus 188betdemandabonus 188bet85.708 megawatts às 15h41bonus 188bet5bonus 188betfevereiro. "A causa se deve à continuidade das altas temperaturas e ao índicebonus 188betdesconforto térmico na horabonus 188betmaior insolação", constata boletim da operadora.
Além disso, o calor e a mudança nos padrõesbonus 188betconsumo alterou os horáriosbonus 188betpico brasileiros – tradicionalmente eram por voltabonus 188bet18h às 20h, mas passaram a ocorrer entre 14h30 às 15h30, puxadosbonus 188betboa parte pelo usobonus 188betar-condicionadobonus 188betresidências, escritórios e espaços comerciais.
"Um dos principais fatores é que aumentou muito a possebonus 188betaparelhosbonus 188betar-condicionado, (puxada pelo) aumentobonus 188betrenda e a nova classe média. Além disso, quando faz mais calor, é preciso mais energia para conseguir resfriar o ambiente", diz à BBC Brasil Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresabonus 188betPesquisa Energética, vinculada ao Ministériobonus 188betMinasbonus 188betEnergia.
"Antigamente, o horáriobonus 188betponta tinha o chuveiro elétrico como vilão. Agora, o ar tem ficado ligado durante boa parte do dia."
Estiagem
O problema maior atual, no entanto, não é o aumento consumobonus 188betenergia no Brasil, opina Nivaldebonus 188betCastro, coordenador do Grupobonus 188betEstudos do Setorbonus 188betEnergia Elétrica (Gesel) da UFRJ.
"O problema é a seca, num período (de verão)bonus 188betque deveríamos ter tido chuvas", diz Castro à BBC Brasil,bonus 188betreferência à faltabonus 188betchuvas no Sudeste brasileiro entre janeiro e fevereiro. "Como nossa matriz energética é 90%bonus 188bethidrelétricas (ou seja, dependente da água da chuva), estamos perdendo reservatórios com as altas temperaturas e a faltabonus 188betchuvas."
Ele cita medições indicando que, nos primeiros 15 diasbonus 188betfevereiro, choveu apenas um terço da média esperada para essa época do ano. No mês, as chuvas no Sudeste/Centro-Oeste tiveram o segundo pior volume do históricobonus 188betdados, desde que passaram a ser registrados.
Castro e Tolmasquim explicam que uma mudança importante é que o país não tem mais construído hidrelétricas com reservatóriosbonus 188betágua (por motivos ambientais e porque o potencial dessas represas se esgotou). Na ausênciabonus 188betuma reserva, a chuva é ainda mais essencial para manter elevados os índices das hidrelétricas. E, na ausênciabonus 188betchuvas, o país tem tido que recorrer com mais frequência às usinas térmicas, que são mais poluentes.
Problema global
Os inconvenientes pelas altas temperaturas se repetiram na Austrália no início do ano, onde a alta demanda por energia elétrica provocou apagões pontuaisbonus 188betalgumas regiões; e na Argentina, onde o jornal La Nación informou,bonus 188bet1ºbonus 188betfevereiro, que o calor também provocou diasbonus 188betrecordebonus 188betconsumo energético.
Já na América do Norte, o problema recente foi o frio extremo do início do ano, causado pelo fenômeno do vórtice polar (massasbonus 188betar do ártico na formabonus 188betciclones) e por persistentes ondas frias.
"As temperaturas ao leste das Montanhas Rochosas estão significativamente mais frias neste invernobonus 188betcomparação com o ano passado e a média anteriorbonus 188betdez anos, colocando pressão crescente sobre o consumo e sobre o preçobonus 188betcombustível para aquecer ambientes", diz relatóriobonus 188betfevereiro da Administraçãobonus 188betInformações Energéticas dos EUA.
Efeito semelhante foi sentido no leste do Canadá.
Relatóriobonus 188betfevereiro da Organização Meteorológica Internacional, ligada à ONU, lista "uma sériebonus 188betcondições climáticas extremas nas primeiras semanasbonus 188bet2014, dando continuidade a um padrão vistobonus 188betdezembrobonus 188bet2013".