Governo nega que ondacalor tenha causado apagão que afetou 3 milhões:
'Apagãomédio porte'
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (EmpresaPesquisa Energética), destacou que o sistema se comportou como deveria, fazendo o desligamento temporáriodiferentes pontos do país, e evitando assim um apagãouma região inteira, como no ano passado, quando o Nordeste ficou às escuras.
"Conseguiram evitar um efeito dominó,apagar uma região inteira", afirmou, destacando que o sistema vem passando por uma série"provas".
"Eu diria que nosso sistema está passando por provas. Tivemos o pior janeiro das últimas décadas, e no ano passado o Nordeste também teve um momento ruim. Estamos aí, estamos passando por elas", disse.
Para Márcio Zimmermann, secretário-executivo do MinistérioMinas e Energia (MME), o sistema foi planejado para trabalharsituaçõessobrecarga maiores até do que a atual.
No entanto, o vice-ministro admitiu que o país viveu nesta terça-feira um "apagãomédio porte".
Na segunda-feira, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a situação dos reservatórioságua, que no Sudeste estão no nível mais baixo desde 1953, não é preocupante e que não há "nenhum riscodesabastecimento".
Outra preocupação levantada por analistas é o usousinas termelétricas para compensar a baixa produção das hidrelétricasperíodosseca, o que deve levar a um repassecustos ao consumidor. O governo nega que haverá reajustes.