Parlamento destitui presidente da Ucrânia e convoca eleições para maio:apostaparaganhar

Yulia Tymoshenko

Crédito, Reuters

Legenda da foto, A opositora Yulia Tymoshenko foi libertada e convocou manifestantes a seguir protestando

apostaparaganhar Deputados ucranianos votaram neste sábado para derrubar o presidente Yanukovych e realizar eleições presidenciais antecipadasapostaparaganhar25apostaparaganharmaio - conforme exigiam os líderes da oposição.

A votação para "remover Viktor Yanukovych do cargoapostaparaganharpresidente da Ucrânia" foi aprovada por 328 deputados. A porta-vozapostaparaganharYanukovych disse que ele não aceita a decisão.

A votação aconteceu apenas uma hora depoisapostaparaganharYanukovych afirmar,apostaparaganharum discurso transmitido pela televisão, que não iria renunciar.

A oposição está efetivamente no controle da capital Kiev e do parlamento. Os manifestantes entraram neste sábadoapostaparaganharedifícios oficiais e residenciais do presidente, sem sofrer resistência.

Yanukovych deixou Kiev rumo à cidade orientalapostaparaganharKharkiv, perto da fronteira com a Rússia.

Também na tardeapostaparaganharsábado, a líder da oposição Yulia Tymoshenko, ex-primeira-ministra da Ucrânia e importante ator político do país, foi liberadaapostaparaganharum hospitalapostaparaganharKharkiv, onde ela estava sendo mantida presa.

Ela foi levada para Kiev, e discursou dianteapostaparaganharuma multidãoapostaparaganharmilharesapostaparaganharpessoas na Praça da Independência, palco dos mais duros confrontos registrados até o momento na atual crise ucraniana.

"Vocês são heróis, o melhor da Ucrânia", afirmou Tymoschenko à multidão. "Até que terminem seu trabalho e cumpram todo o caminho, ninguém tem o direitoapostaparaganharir embora."

Ela foi sentenciada a sete anosapostaparaganharprisãoapostaparaganhar2011 por abusoapostaparaganharpoder. Seus defensores alegam que a medida foi uma formaapostaparaganharYanukovych afastarapostaparaganharadversária mais proeminente. Sua libertação foi aprovada pelo parlamento ontem.

'Golpe'

Yanukovych

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O presidente Yanukovych disse neste sábado na TV que está sendo vítimaapostaparaganharum golpe

O presidente ucraniano disse na TV, logo após às 16h na hora local (11hapostaparaganharBrasília), que os eventos que ocorrem hojeapostaparaganharKiev são um "golpe". Ele afirmou ser o presidente legitimamente eleito e que ele não deixaria a Ucrânia, nem renunciaria.

Um acordo foi alcançado entre Yanukovych e líderes da oposição na sexta-feira, mas muitos manifestantes continuaram a exigir aapostaparaganhardemissão e a antecipação das eleições para 25apostaparaganharmaio - e nãoapostaparaganharrealização até o finalapostaparaganhardezembro, como previsto o pacto.

Um grupoapostaparaganharmanifestantesapostaparaganharextrema direita ameaçou agir se o presidente não renunciasse. Na quinta-feira, a polícia abriu fogo contra manifestantes que vêm ocupando Praça da Independência, no centroapostaparaganharKiev. O Ministério da Saúde disse que 77 pessoas - entre manifestantes e policiais - foram mortos desde terça-feira, na pior ondaapostaparaganharviolência desde que os protestos começaramapostaparaganharnovembro.

No total, o númeroapostaparaganharmortes chega a 88, segundo dados oficiais.

Acordo

O pacto político foi assinado na sexta-feira pelo presidente Viktor Yanukovych e líderes da oposição após mediaçãoapostaparaganharchanceleresapostaparaganharpaíses da União Europeia.

O acordo estabelece que um governoapostaparaganharcoalizão será formado e eleições, realizadas até o final do ano, mas líderes da oposição querem que o pleito ocorra antes.

O pacto foi recebido com ceticismo por alguns dos milharesapostaparaganharmanifestantes que permanecem na praça. Os líderes da oposição que assinaram foram vaiados e chamadosapostaparaganhartraidores.

Divulgado pelo ministro alemão, o acordo prevê que:

  • A Constituiçãoapostaparaganhar2004 seja reestabelecida dentroapostaparaganhar48 horas, e que um governoapostaparaganharunidade nacional seja formado dentroapostaparaganhardez dias;
  • Uma reforma constitucional para balancear os poderes do presidente, do governo e do parlamento se ja iniciada imediatamente e finalizada até setembro;
  • Uma eleição presidencial seja realizada após a nova Constituição ser adotada, com o limite até dezembroapostaparaganhar2014, e novas leis eleitorais serão aprovadas;
  • Uma investigação sobre os recentes atosapostaparaganharviolência seja conduzidaapostaparaganharconjunto por autoridades, a oposição e o Conselho Europeu;
  • As autoridades não possam impôr um estadoapostaparaganharemergência no país, e ambos os lados, autoridades e oposição, evitem o usoapostaparaganharviolência;
  • Armas ilegais sejam entregues aos órgãos do Ministério do Interior.

Repercussão

O ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, tuitou que o acordo era um "bom compromisso para a Ucrânia", que abriria o caminho "para a reforma e para a Europa".

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia concordaram que o acordo precisa ser rapidamente implementado, disseram autoridades.

ManifestantesapostaparaganharKiev

Crédito, AFP

Legenda da foto, Manifestantes dirigiam pela Praça da Liberdade, neste sábado,apostaparaganharum tanque militar

A Casa Branca elogiou "os corajosos líderes da oposição que reconheceram a necessidadeapostaparaganharcompromisso". Os EUA permanecem preparados para impor sanções ao governo ucraniano se a violência continuar, disseapostaparaganharum comunicado.

Em uma ligação na sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, disse ao presidente americano, Barack Obama, que a Rússia quer ser parte do processoapostaparaganharimplementação do acordo, relatou um porta-voz do DepartamentoapostaparaganharEstado dos EUA.

Pouco depoisapostaparaganharo pacto ser assinado, o parlamento da Ucrânia aprovou a restauração da Constituiçãoapostaparaganhar2004, com apenas um voto contrário entre os 387 deputados presentes. O Parlamento também aprovou uma anistia para os manifestantes acusadosapostaparaganharenvolvimento na violência.

Os protestos começaram no finalapostaparaganharnovembro, quando Yanukovych decidiu recusar um acordo que aprofundaria os laços do país com a União Europeia (UE) e era negociado havia três anos. Em troca, o presidente preferiu se aproximar da Rússia.