Protestos também abalam o interior da Venezuela:f12 bet 2024
- Author, Daniel Pardo
- Role, BBC Mundo, Caracas
f12 bet 2024 A Venezuela vive, há nove dias, os protestos mais gravesf12 bet 2024uma década e a ondaf12 bet 2024violência se expande por todo o país.
Durante uma semana, foram registrados prejuízos, denúnciasf12 bet 2024maus tratos e confrontos entre manifestantes contra e a favor do governo.
A maior parte das notícias falaf12 bet 2024Caracas, onde estão os políticos e as sedes dos principais meiosf12 bet 2024comunicação.Mas o resto do país também vive uma situação difícil.
Desde a quarta-feira passada, dia 12f12 bet 2024fevereiro, cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
O Ministério do Interior diz que cercaf12 bet 2024200 pessoas foram detidas na última semanaf12 bet 2024todo o país, mas que só 13 estão presas por acusações como portef12 bet 2024armas e danos a propriedades. Na capital e no interior.
A ondaf12 bet 2024protestos começou, na verdade, foraf12 bet 2024Caracas: manifestaçõesf12 bet 2024estudantes do estadof12 bet 2024Táchira, no oeste do país, foram o estopim da atual ondaf12 bet 2024manifestações.
Um dia depois, estudantes protestavam por todo o país contra a insegurança.
No dia 12f12 bet 2024fevereiro aconteceu a maior das manifestações na capital, já com o apoiof12 bet 2024políticos da oposição - entre eles Leopoldo López, que agora está detido.
Desde então, a situação - que também é causada por uma profunda crisef12 bet 2024insegurança e pela crise econômica que se acentua no interior - se agravou.
A BBC Mundo falou com moradores das diferentes regiões do país por telefone e conta como estão as coisas para alémf12 bet 2024Caracas.
Uma vida diferente
A cidadef12 bet 2024Valencia, a duas horasf12 bet 2024Caracas no noroeste do país, foi cenáriof12 bet 2024um dos conflitos mais graves.
Ali aconteceram os supostos maus tratosf12 bet 2024oficiais da Guarda Nacional a jovens detidos, que disseram diante dos tribunais terem sido torturados. Uma jovem disse ter sido violentada com um fusil.
Andreína Álvarez, uma vendedoraf12 bet 2024móveisf12 bet 202430 anosf12 bet 2024Valencia, diz que enfrenta a situação com a ajuda do Zello, um aplicativof12 bet 2024smarphones que permite fazer denúncias e se comunicar com outros usuários, como se o telefone fosse um walkie-talkie.
"Mas às vezes eu desligo (o aplicativo) porque fico desesperada", diz.
Segundo Álvarez, seus filhos não vão à escola há uma semana, porque o local é próximof12 bet 2024um dos focosf12 bet 2024violência na cidade, a rotatóriaf12 bet 2024Guaparo. "E a escola não tem janelas, então as crianças ficam respirando o gás lacrimogêneo."
Na quarta-feira passadaf12 bet 2024Valencia, oito pessoas foram feridas a bala após os protestos, entre elas uma ex-Miss, Génesis Carmona, que faleceu nesta quarta-feiraf12 bet 2024consequênciaf12 bet 2024um tiro na cabeça.
Prejuizos
Rodolfo Colmenares, na cidadef12 bet 2024Barquisimetro, no oeste, diz que o númerof12 bet 2024clientesf12 bet 2024seu lava-rápido baixou pelo menos 40% nos último dias.
"Além disso, tenho que sair cedo pra não me arriscar, nem ficar presof12 bet 2024alguma rua fechada."
Na terça-feira, segundo ele, cinco veículos particulares foram queimados. Árvores e bancosf12 bet 2024uma praça pública foram destroçados.
No mesmo dia, funcionários do governo falaramf12 bet 2024um incêndio no edifício da CANTV, a empresaf12 bet 2024comunicações do Estado.
Cercaf12 bet 202430 mil telespectadores foram afetados e "grupos fascistas" foram acusados.
'Infiltrados'
A cidadef12 bet 2024Puerto Ordaz, no sudeste do país, também é focof12 bet 2024protestos.
Na terça-feira, tiroteios foram registrados e pelo menos cinco pessoas ficaram feridas na cidade, no estadof12 bet 2024Bolívar.
Viviana Irureta, uma corretoraf12 bet 2024segurosf12 bet 202428 anos, conta que viu durante um dos protestos um caminhão distribuindo camisetas brancas "a pessoas que estavam vestidasf12 bet 2024vermelho".
"Deram (as camisetas) a chavistas, para que eles fossem confundidos com estudantes e provocassem violência", afirmou.
"Também chegaram motociclistas escoltados por policiais para roubar as pessoas."
Uma das denúncias mais recorrentes durante os protestos - documentadaf12 bet 2024vídeos e fotos - foi a participação dos chamados "coletivos", grupos armadosf12 bet 2024civis ligados ao governo, que se infiltrariam nas manifestações para sabotá-las.
Os relatos, no entanto, ainda são puderam ser confirmadosf12 bet 2024maneira independente.
Na noite da quarta-feira, o presidente Nicolás Maduro falouf12 bet 2024cinco operários simpatizantes do regime que foram gravemente feridosf12 bet 2024confrontos com opositoresf12 bet 2024Puerto Ordaz.
Em quase todas as partes do país há regiões onde quase não acontecem protestos ou eles são nulos, sobretudo nos redutos chavistas.
Mas no estado do Amazonas, que é governado pela oposição, "as coisas estão calmas", segundo Marianella Rojas, gerentef12 bet 2024uma pousadaf12 bet 2024Puerto Ayacucho.
"Aqui somos mais tranquilos, masf12 bet 2024todos os dias houve concentraçõesf12 bet 2024uns 50 ou 60 estudantes", disse.
Mesmo que os protestos não estejam acontecendof12 bet 2024todas as cidades, as ruas da Venezuela são tomadasf12 bet 2024alguma forma pelo alvoroço que deixa o paísf12 bet 2024suspenso.