Parasitamma apostasgato é achadomma apostasbaleia no Ártico:mma apostas

Baleia Beluga | Crédito: AFP

Crédito, AFP

Legenda da foto, Aquecimento global explicaria a transmissão, dizem cientistas
  • Author, Jonathan Amos
  • Role, Correspondentemma apostasCiência da BBC News

mma apostas O parasitamma apostasgatos Toxoplasma gondii mma apostas , que pode causar cegueiramma apostasseres humanos, foi achadomma apostasuma baleia beluga na costa oeste do Ártico.

A descoberta foi feita por cientistas da Universidademma apostasBritish Columbia, no Canadá, que emitiram um alerta à comunidade local Inuit para não comer a carne desse tipomma apostasmamífero.

Segundo os pesquisadores, trata-semma apostasuma evidênciamma apostascomo o aquecimento global do Ártico vem possibilitando uma maior circulaçãomma apostaspatógenos.

No passado, o clima da região agia como uma espéciemma apostas"obstáculo" aos agentes infecciosos.

"O gelo é uma barreira ecológica importante que influencia na forma como os patógenos podem ser transmitidos na natureza", afirmou Michael Grigg, parasitologista molecular que liderou a equipe responsável pela descoberta.

"O que nós temos descoberto com as mudanças ocorridas no Ártico é que novos agentes patógenos vêm surgindo, causando doenças na região que nunca haviam sido vistas anteriormente", acrescentou.

Grigg, que faz parte da Unidademma apostasPesquisasmma apostasMamíferos Marinhos da Universidademma apostasBritish Columbia, fez as declarações durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AASS, na siglamma apostasinglês).

O Toxoplasma gondii tem forte presença nas baixas latitudes e muitas pessoas contraem o parasita sem desenvolver problemasmma apostassaúde.

No entanto, o organismo pode apresentar riscos para mulheres grávidas e indíviduos com sistema imunológico fraco.

Aquecimento global

Os cientistas ainda não sabem, no entanto, como os parasitas foram parar na baleia beluga.

Eles suspeitam que os gatos trazidos para o Ártico como animais domésticos poderiam estar infectados com o organismo.

Na hipótese sustentada pelos pesquisadores, as fezes desses felinos teriam entradomma apostascontato com a água dos rios que desembocam no oceano.

Com a elevação das temperaturas no Ártico, acreditam eles, a água permanecemma apostasestado líquido por mais tempo, facilitando, assim, o contato do parasita com outros animais.

"O estágiomma apostastransmissão do parasito é uma estruturamma apostasformamma apostasovo", afirmou Grigg.

"A única formamma apostaseliminá-lo é fervê-lo ou congelá-lo. Por isso, quanto mais tempo as temperaturas ficarem acimamma apostaszero grau Celsius, maior é o riscomma apostasexposição ao parasita. Com o aquecimento global, esse risco aumenta", acrescentou.

Em 2012, a equipe liderada por Grigg revelou que uma nova cepamma apostasoutro parasita, o Sarcocystis, foi responsável pela mortemma apostasmaismma apostas400 focas cinzas no Atlântico Norte. O patógeno havia sido observado anteriormente apenas no Ártico.

Para Sue Moore, oceanógrafa da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, órgão do governo americano para assuntos ligados à meteorologia, oceanos, atmosfera e clima, o monitoramento dos mamíferos marinhos é a melhor formamma apostasobservar as mudanças no Ártico.

"Eles (mamíferos marinhos) são o que chamomma apostas"sentinelas da mudança"", afirmou.

"Eles estão no topo da cadeia alimentar e dependem do ecossistemamma apostasque vivem. Deles, podemos ter, assim, uma visão 'de cima para baixo' do que está acontecendo", explicou ela.

"Os mamíferos marinhos refletem as mudanças que estão ocorrendo no ecossistema. Se um deles pararmma apostascomer determinado alimento e passar a comer outro, então é porque algomma apostasimportante aconteceu".