Copa 2014: O dilemagreen betsser sede:green bets

Felipão instrui jogadores durante amistoso (Arquivo/AP)

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Legenda da foto, Felipão chamou psicóloga para traçar perfilgreen betsjogadores

No caso do Brasil, as memórias do troféu perdidogreen bets1950 ainda assombram o imagináriogreen betsquem viveu na época aquela decepção. O golgreen betsGhiggia na vitória por 2 a 1 que deu o título ao Uruguai silenciou as quase 200 mil pessoas que estavam no Maracanã e criou o fantasma do "Maracanazo". E o medogreen betsque aquela cena se repitagreen bets2014 assusta até mesmo o maior jogadorgreen betsfutebolgreen betstodos os tempos, Pelé.

"Tem uma coisa que eu já falei algumas vezes, mas não sai da memória. Na Copagreen bets1950, vi meu pai chorando com os amigos dele, porque o Brasil tinha perdido. Então eu não quero que os meus filhos me vejam chorando", disse o tricampeão mundial ainda no sorteio dos grupos da Copa do Mundo,green betsdezembro passado.

E justamente para evitar qualquer possibilidadegreen betsfracasso, o técnico Luiz Felipe Scolari já montou uma estratégia para aliviar a pressão sobre os seus jogadores e afastargreen betsvez o fantasma do "Maracanazo".

Assim comogreen bets2002, quando comandou a seleção que conquistou o pentacampeonato na Copa do Japão e da Coreia, Felipão acionou a psicóloga Regina Brandão para ajudá-lo a administrar o emocional dos atletas. O trabalho dela é mapear o perfilgreen betscada jogador e traçar a melhor estratégia para que eles possam lidar com a pressão.

Em entrevista ao New York Times, Regina Brandão explicou que criou um questionário amplo para os atletas pedindo para que eles classificassemgreen betsuma escala numérica, como são afetados por determinados eventos (positiva ou negativamente). A partir do resultado dele, ela irá avaliar o perfilgreen betscada jogador e poderá começar um trabalhogreen betsconjunto com Felipão para auxiliá-los na parte emocional.

'Brasileiros não sabem lidar com favoritismo'

Experiente no trabalho motivacional com atletas, a psicóloga da seleção brasileira femininagreen betshandebol, Alessandra Dutra, explica que o brasileiro tem mais dificuldade para lidar com a pressão do que atletasgreen betsoutras nacionalidades.

'Para o brasileiro, pesa muito, ao invésgreen betstrazer força', diz psicóloga

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Legenda da foto, 'Para o brasileiro, pesa muito, ao invésgreen betstrazer força', diz psicóloga

Alessandra trabalha com a equipe femininagreen betshandebol desde 2009 e passou por duas grandes frustrações nela: as eliminações nas quartasgreen betsfinal tanto no Mundialgreen bets2011, disputado no Brasil, quanto na Olimpíadagreen bets2012. Para vencer as decepções e fazer as meninas saírem do "quase", ela iniciou um trabalhogreen bets"blindagem" nas atletas, que culminou no inédito título mundial do ano passado.

Em entrevista à BBC Brasil, ela conta que é preciso desenvolver nos esportistas brasileiros uma certa frieza, para que eles possam "se blindar"green betssituaçõesgreen betsforte pressão por resultados, como a que a seleção brasileiragreen betsfutebol enfrentará neste ano.

"Atleta brasileiro não sabe lidar com favoritismo. Para o brasileiro, pesa muito, ao invésgreen betstrazer força, traz responsabilidade e pressão maior", disse Alessandra.

"Isso ativa mais a ansiedadegreen betscorresponder a expectativa do país. A responsabilidadegreen betsresponder a essa torcida é uma coisa que o brasileiro precisa modificar para trazer esse favoritismo a favor dele", prosseguiu.

Seguindo o exemplo do que fez com a seleção femininagreen betshandebol, Alessandra Dutra acredita que o segredo para a seleçãogreen betsFelipão é construir essa blindagem por meiogreen betsmuita concentração e foco.

"Tem que fazer com que esse grupo se dirija para aproveitar o que a torcida vai trazergreen betsmelhor, e não transformar numa pressão negativa. O favoritismo tira muito a concentração."

A lição do rival

Bicampeãgreen bets1978 e 1986, a Argentina ainda não alcançou o Brasilgreen betsnúmerogreen betstítulos mundiais, mas já tem na história das Copas um feito ainda não atingido pela seleção canarinho: a conquista da taçagreen betscasa.

Foi há 36 anos, quando sediavam o torneio, que os "hermanos" venceram o mundial pela primeira vez. Um dos heróis do título foi justamente um jovemgreen bets23 anos, Mario Kempes, que marcou dois gols na vitória por 3 a 1 sobre a Holanda na prorrogação do jogo que garantiu a conquista da Copagreen bets1978 para os argentinos.

Em entrevista à BBC, Kempes conta que o segredo para superar tamanha pressão é simples: ignorar tudo o que está fora das quatro linhas. "Você entragreen betscampo, vê a torcida, o estádio lotado, mas uma vez que o árbitro apita, aí você você não vê mais nada do que está fora, começa a ver somente o que acontece dentro do retângulo", diz.

"É muita concentração, pode pode ser 90 minutos ou 120 com a prorrogação, mas, você tem que dar 100%."

Ainda mais jovem do que Kempesgreen bets1978, Neymar terá a responsabilidadegreen betsliderar o Brasil rumo ao hexagreen bets2014 com 22 anos. Mas o craque do Barcelona parece já ter aprendido a dica do rival argentino.

"Acho que tratandogreen betsCopa do Mundo, qualquer pressão ficagreen betslado porque é um sonho que você tem desde criança. Por ser um sonho, a pressão focagreen betsfora", disse Neymar, durante a entrega do prêmio Bolagreen betsOuro da Fifa no mês passado.

Na mesma ocasião, o atacante brasileiro chegou a dizer que gostariagreen betsjogar uma possível final 13green betsjulho, no Maracanã, contra a Argentina. Do outro lado, Mario Kempes também não escondeugreen betsvontadegreen betsver uma das maiores rivalidades do futebol mundial disputando o título neste ano.

"Existe uma grande rivalidade entre Brasil e Argentina e seria uma grande final. Não digo que seria linda, mas com certeza traria bastante emoção. Creio que o amor próprio da Argentina e o bom jogo do Brasil fariam uma grande final."