Custos fazem empresários desistiremgovernor poker 1reciclar cocogovernor poker 1São Paulo:governor poker 1

Coco sendo vendidogovernor poker 1São Paulo
Legenda da foto, Cada cascagovernor poker 1coco gera ao menos 1,75 kggovernor poker 1resíduo
  • Author, Paula Adamo Idoeta
  • Role, Da BBC Brasilgovernor poker 1São Paulo

governor poker 1 O potencial do setorgovernor poker 1reciclagemgovernor poker 1coco animou dois empresários a tentar se aventurargovernor poker 1projetos do tipogovernor poker 1São Paulo. Mas, segundo eles, os altos custos envolvidos fizeram com que as iniciativas – as únicas identificadas pela BBC Brasil na maior cidade do país – não fossem adiante.

Sógovernor poker 1coco verde (de onde é extraída a água), chegaram no Ceagesp (Companhiagovernor poker 1Entrepostos e Armazéns Geraisgovernor poker 1São Paulo) 1,7 milhõesgovernor poker 1unidadesgovernor poker 1dezembrogovernor poker 12013. Cada uma delas gera ao menos 1,75 kggovernor poker 1resíduo.

André Bussab é diretor da empresa Biococo, que processa e recicla cascasgovernor poker 1coco produzidas no Ceará. Alguns anos atrás,governor poker 1empresa tentou retomar um projetogovernor poker 1reaproveitamento das cascasgovernor poker 1coco consumidas no Parque do Ibirapuera, um dos mais movimentadosgovernor poker 1São Paulo.

O projeto começougovernor poker 12007, quando a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente implementou pontosgovernor poker 1coleta para os milharesgovernor poker 1cocos consumidos semanalmente no parque, com o objetivogovernor poker 1reaproveitá-los para produzir substratos agrícolas.

Mas Bussab explica que o projeto se tornou excessivamente caro para atrair o interessegovernor poker 1empresas. "Havia muita burocracia quanto aos horáriosgovernor poker 1coleta, o projeto perdeu o patrocínio (de um banco), o frete é caro. Deixougovernor poker 1se pagar. Achei que ia conseguir resolver esses problemas, mas não deu."

Fátine Chamon passou por experiência semelhante com o mesmo projeto. Comgovernor poker 1empresa Pós-Coco, (cuja fábrica hoje está desativada), ela também chegou a fazer o transportegovernor poker 1cascas no Ibirapueragovernor poker 12010, mas desistiu.

"Ficou muito caro transportar as cascas e ter um local paragovernor poker 1secagemgovernor poker 1São Paulo", diz ela à BBC Brasil. "Achei que faltou interesse políticogovernor poker 1resolver o problema."

Hoje, vendedoresgovernor poker 1coco do Ibirapuera dizem que as cascasgovernor poker 1coco coletadas vão para aterros. A BBC Brasil consultou as secretarias paulistanas do Verde egovernor poker 1Serviços, bem como a Amlurb (Autoridade Municipalgovernor poker 1Limpeza Urbana),governor poker 1buscagovernor poker 1iniciativasgovernor poker 1coleta e reciclagem do coco. Nenhuma foi identificada.

Coco sendo vendidogovernor poker 1São Paulo
Legenda da foto, Consumogovernor poker 1cidades e praias é mais disperso, dificultando coleta

A Secretaria do Verde só informou que "os vendedores (do Ibirapuera) coletam e descartam a frutagovernor poker 1caçambas específicas", desde a implementação,governor poker 12011,governor poker 1uma medida que limita a venda da águagovernor poker 1coco a copos e garrafas descartáveis, por motivosgovernor poker 1higiene.

'Grande problema'

A experiência paulistana exemplifica as dificuldadesgovernor poker 1reciclar o cocogovernor poker 1ambientes urbanos ou litorâneos.

Muitas indústriasgovernor poker 1coco reciclam internamente os resíduosgovernor poker 1sua produção, reaproveitando grande parte do material para adubar seu próprio plantio. Mas "o resíduo do coco vira um grande problema (quando chega às) cidades e às praias", explica Fernando Abreu, pesquisador da Emprabagovernor poker 1Fortaleza, onde investiga usos para o coco reciclado.

A casca começa a servir para compostagem após cercagovernor poker 1seis meses e, segundo alguns especialistas, pode levar até oito anos para se decompor totalmente. Alémgovernor poker 1causar cheiro forte, o resíduo torna-se focogovernor poker 1mosquito. Mas como o consumo é disperso e o material é pesado,governor poker 1coleta muitas vezes vira uma dorgovernor poker 1cabeça para prefeituras.

No Rio, a Comlurb (Companhia Municipalgovernor poker 1Limpeza Urbana) informa que foi criado um grupogovernor poker 1trabalho entre as secretarias municipais para "elaborar a política e operacionalização da destinaçãogovernor poker 1cascasgovernor poker 1coco".

Segundo o órgão, garis já utilizam carrinhos ecológicos produzidosgovernor poker 1fibragovernor poker 1coco. "O projeto prevê a produçãogovernor poker 1cercagovernor poker 11,5 mil carrinhos para limpezagovernor poker 12014."

Gestão

Em Fortaleza (CE), a prefeitura planeja a retomadagovernor poker 1um projetogovernor poker 1coleta e reciclagem que começou no final dos anos 1990, mas está parado há cercagovernor poker 1três anos.

Para Albert Gradvohl, coordenadorgovernor poker 1resíduos sólidos da Secretaria Municipalgovernor poker 1Conservação e Serviços Públicos, o mais difícil não é a coletagovernor poker 1si, mas sim a gestão dos projetosgovernor poker 1reciclagem.

"Nas praias, o consumo é geralmente próximo a barracas, que se responsabilizam por jogar no lixogovernor poker 1um contêiner sógovernor poker 1cocos", diz. "O problema é que a reciclagem temgovernor poker 1ser viável economicamente. Antes, a coisa era muito amadora do pontogovernor poker 1vistagovernor poker 1gestão, então parou completamente."

Ainda neste semestre, segundo Gradvohl, o projeto será reiniciado, para produzir briquettes - blocosgovernor poker 1material inflamável que podem ser usados por indústrias na geraçãogovernor poker 1energia - a partir da reciclagemgovernor poker 1700 toneladasgovernor poker 1coco por mês e da podagovernor poker 1plantas.

"Estamos articulando parcerias com as indústrias, fazendo a manutenção dos equipamentos (da plantagovernor poker 1reciclagem já existente) e dando treinamento às cooperativasgovernor poker 1coleta", afirma.

São Vicente, no litoralgovernor poker 1São Paulo, também tem desde 2011 um projetogovernor poker 1reciclagemgovernor poker 1parceria com uma cooperativagovernor poker 1catadores, que fica com a renda obtida com a venda do material reciclado.

"O coco recebido é processado e transformadogovernor poker 1fibra e substrato. Todos os dias um caminhão faz a coletagovernor poker 1coco verdegovernor poker 1alguns pontos da cidade", diz a prefeitura. "Os cooperados pretendem ampliar essa atividade para a confecçãogovernor poker 1vasos e plataformasgovernor poker 1paisagismo."

Para Francisco Porto, presidente do Sindcoco, o chamado "custo Brasil" é alto e há pouco incentivo no Brasil para produtos reciclados nacionais derivados do coco (como mantas das fibras, que servem para compor estofadogovernor poker 1veículos).