Custos fazem empresários desistirembonus vaidebetreciclar cocobonus vaidebetSão Paulo:bonus vaidebet
Mas Bussab explica que o projeto se tornou excessivamente caro para atrair o interessebonus vaidebetempresas. "Havia muita burocracia quanto aos horáriosbonus vaidebetcoleta, o projeto perdeu o patrocínio (de um banco), o frete é caro. Deixoubonus vaidebetse pagar. Achei que ia conseguir resolver esses problemas, mas não deu."
Fátine Chamon passou por experiência semelhante com o mesmo projeto. Combonus vaidebetempresa Pós-Coco, (cuja fábrica hoje está desativada), ela também chegou a fazer o transportebonus vaidebetcascas no Ibirapuerabonus vaidebet2010, mas desistiu.
"Ficou muito caro transportar as cascas e ter um local parabonus vaidebetsecagembonus vaidebetSão Paulo", diz ela à BBC Brasil. "Achei que faltou interesse políticobonus vaidebetresolver o problema."
Hoje, vendedoresbonus vaidebetcoco do Ibirapuera dizem que as cascasbonus vaidebetcoco coletadas vão para aterros. A BBC Brasil consultou as secretarias paulistanas do Verde ebonus vaidebetServiços, bem como a Amlurb (Autoridade Municipalbonus vaidebetLimpeza Urbana),bonus vaidebetbuscabonus vaidebetiniciativasbonus vaidebetcoleta e reciclagem do coco. Nenhuma foi identificada.
A Secretaria do Verde só informou que "os vendedores (do Ibirapuera) coletam e descartam a frutabonus vaidebetcaçambas específicas", desde a implementação,bonus vaidebet2011,bonus vaidebetuma medida que limita a venda da águabonus vaidebetcoco a copos e garrafas descartáveis, por motivosbonus vaidebethigiene.
'Grande problema'
A experiência paulistana exemplifica as dificuldadesbonus vaidebetreciclar o cocobonus vaidebetambientes urbanos ou litorâneos.
Muitas indústriasbonus vaidebetcoco reciclam internamente os resíduosbonus vaidebetsua produção, reaproveitando grande parte do material para adubar seu próprio plantio. Mas "o resíduo do coco vira um grande problema (quando chega às) cidades e às praias", explica Fernando Abreu, pesquisador da Emprababonus vaidebetFortaleza, onde investiga usos para o coco reciclado.
A casca começa a servir para compostagem após cercabonus vaidebetseis meses e, segundo alguns especialistas, pode levar até oito anos para se decompor totalmente. Alémbonus vaidebetcausar cheiro forte, o resíduo torna-se focobonus vaidebetmosquito. Mas como o consumo é disperso e o material é pesado,bonus vaidebetcoleta muitas vezes vira uma dorbonus vaidebetcabeça para prefeituras.
No Rio, a Comlurb (Companhia Municipalbonus vaidebetLimpeza Urbana) informa que foi criado um grupobonus vaidebettrabalho entre as secretarias municipais para "elaborar a política e operacionalização da destinaçãobonus vaidebetcascasbonus vaidebetcoco".
Segundo o órgão, garis já utilizam carrinhos ecológicos produzidosbonus vaidebetfibrabonus vaidebetcoco. "O projeto prevê a produçãobonus vaidebetcercabonus vaidebet1,5 mil carrinhos para limpezabonus vaidebet2014."
Gestão
Em Fortaleza (CE), a prefeitura planeja a retomadabonus vaidebetum projetobonus vaidebetcoleta e reciclagem que começou no final dos anos 1990, mas está parado há cercabonus vaidebettrês anos.
Para Albert Gradvohl, coordenadorbonus vaidebetresíduos sólidos da Secretaria Municipalbonus vaidebetConservação e Serviços Públicos, o mais difícil não é a coletabonus vaidebetsi, mas sim a gestão dos projetosbonus vaidebetreciclagem.
"Nas praias, o consumo é geralmente próximo a barracas, que se responsabilizam por jogar no lixobonus vaidebetum contêiner sóbonus vaidebetcocos", diz. "O problema é que a reciclagem tembonus vaidebetser viável economicamente. Antes, a coisa era muito amadora do pontobonus vaidebetvistabonus vaidebetgestão, então parou completamente."
Ainda neste semestre, segundo Gradvohl, o projeto será reiniciado, para produzir briquettes - blocosbonus vaidebetmaterial inflamável que podem ser usados por indústrias na geraçãobonus vaidebetenergia - a partir da reciclagembonus vaidebet700 toneladasbonus vaidebetcoco por mês e da podabonus vaidebetplantas.
"Estamos articulando parcerias com as indústrias, fazendo a manutenção dos equipamentos (da plantabonus vaidebetreciclagem já existente) e dando treinamento às cooperativasbonus vaidebetcoleta", afirma.
São Vicente, no litoralbonus vaidebetSão Paulo, também tem desde 2011 um projetobonus vaidebetreciclagembonus vaidebetparceria com uma cooperativabonus vaidebetcatadores, que fica com a renda obtida com a venda do material reciclado.
"O coco recebido é processado e transformadobonus vaidebetfibra e substrato. Todos os dias um caminhão faz a coletabonus vaidebetcoco verdebonus vaidebetalguns pontos da cidade", diz a prefeitura. "Os cooperados pretendem ampliar essa atividade para a confecçãobonus vaidebetvasos e plataformasbonus vaidebetpaisagismo."
Para Francisco Porto, presidente do Sindcoco, o chamado "custo Brasil" é alto e há pouco incentivo no Brasil para produtos reciclados nacionais derivados do coco (como mantas das fibras, que servem para compor estofadobonus vaidebetveículos).