Genética ajuda a definir se somos pessoas diurnas ou noturnas:100 bets apostas

Bebê dormindo ao lado100 bets apostasseu gêmeo, desperto (BBC)
Legenda da foto, Entender nosso relógio biológico nos ajuda a viver melhor

100 bets apostas Nossos genes ajudam a determinar se somos pessoas diurnas ou noturnas, dizem especialistas.

Algumas pessoas pulam da cama cedo sem grandes dificuldades; outras precisam100 bets apostasmais100 bets apostasum alarme para garantir que não vão se atrasar ao trabalho.

Uns ficam acordados durante a madrugada, mas há quem não abra mão100 bets apostasdormir cedo.

Somos divididos entre cotovias e corujas - e isso é definido pela genética, explica o neurogeneticista Louis Ptacek, da Universidade da Califórnia.

"Independentemente100 bets apostasquerermos ou não, nossos pais é que ditam a hora100 bets apostasdormir - com base nos genes que nos transmitiram", diz ele.

Produtividade

Os cientistas descobriram a importância100 bets apostasse entender o "cronotipo"100 bets apostascada pessoa, ou seja, a hora do dia100 bets apostasque ela é mais produtiva - algo que pode ajudá-la a viver melhor no mundo moderno.

Rick Neubig, professor100 bets apostasfarmácia100 bets apostasMichigan (EUA), é uma pessoa diurna.

"Pessoas com quem troco e-mails na Europa sempre reparam que eu mando as mensagens bem cedo", diz ele. "Outra coisa100 bets apostasque gosto muito, e que combina com manhãs, é observar pássaros. É muito mais fácil para mim do que para outras pessoas acordar100 bets apostasmadrugada para vê-los."

E essa facilidade é hereditária. Neubig conta que100 bets apostasmãe costumava acordá-lo às 4h da manhã para as férias familiares. E, hoje,100 bets apostasfilha costuma se exercitar logo cedo.

Traços genéticos

Ptacek está estudando famílias100 bets apostashábitos matutinos que tenham a síndrome Familiar100 bets apostasFase Avançada100 bets apostasSono.

"É um traço genético forte", diz o médico, que identificou um gene mutante que faz uma proteína diferente - e que afetou o ritmo do relógio biológico100 bets apostasanimais estudados100 bets apostaslaboratório.

O especialista também acompanha famílias100 bets apostas"corujas", que têm a síndrome100 bets apostasfase "atrasada". Ele acha que isso se deve a uma diferente mutação no mesmo gene.

Nosso relógio interno é formado por milhares100 bets apostascélulas nervosas no núcleo supraquiasmático - uma estrutura localizada no hipotálamo (que controla diversas funções corporais, da liberação100 bets apostashormônios à regulação da temperatura corporal), na base do cérebro.

Esse relógio é reiniciado diariamente pela luz.

Seria lógico concluir que os relógios biológicos100 bets apostastodas as pessoas seguiriam ritmos parecidos, mas isso não acontece.

"Se o seu relógio for rápido, você será propenso a gostar100 bets apostasfazer as coisas logo cedo, e vice-versa", diz Derk-Jan Dijk, professor do Centro100 bets apostasPesquisas do Sono da Universidade100 bets apostasSurrey (Grã-Bretanha).

Adaptação social

E nossos relógios também mudam ao longo da vida. Quem tem filhos pequenos sabe que eles costumam acordar cedo, assim como idosos.

Mas, qualquer que seja nossa velocidade biológica, somos forçados a adaptá-la à sociedade e ao "horário comercial", das 9h às 17h.

Isso costuma ser particularmente difícil para adolescentes, que100 bets apostasgeral não gostam100 bets apostasacordar cedo.

O professor Till Roenneberg, da Universidade Ludwig-Maximilians, analisou os padrões100 bets apostassono dessa faixa etária.

"Podemos demonstrar que a famosa demora dos adolescentes (em acordar) é algo real", diz ele. "Eles adquirem esse hábito ao longo da infância e puberdade e chegam a isso aos 19 anos e meio, para mulheres, e 21 anos, para homens."

Com um banco100 bets apostasdados do sono100 bets apostasmais100 bets apostas200 mil participantes, o grupo100 bets apostasRoenneberg espera fazer "um mapa do sono do mundo".

Jet lag social

Por conta100 bets apostasdados como esses, Mary Carskadon, professora100 bets apostaspsiquiatria na Universidade Brown, nos EUA, faz campanha para que as escolas comecem as aulas mais tarde.

"Nem sempre as notas melhoram (por conta disso), mas um dos aspectos mais sérios da privação100 bets apostassono é a questão da depressão, da tristeza e da falta100 bets apostasmotivação dos jovens", argumenta. "O humor melhora quando as aulas começam mais tarde."

Mas não são muitas as escolas que costumam aderir a essa iniciativa, já que a maioria das pessoas tem100 bets apostasse acostumar ao horário comercial - mesmo que isso seja cansativo.

Roenneberg tem um jeito curioso100 bets apostasdescrever e medir a privação100 bets apostassono a que muitos estão submetidos por seus horários100 bets apostasestudo ou100 bets apostastrabalho: é o "jet lag" social.

"Em média, as pessoas acumulam uma ou duas horas100 bets apostas"jet lag" social, ainda que alguns - sobretudo jovens - acordem 5 horas mais cedo (para ir à escola do que acordariam num dia livre)", explica.

Acumular o "jet lag" social é o equivalente a fazer um voo longo toda semana. Mas há formas100 bets apostasdriblá-lo, diz o especialista.

"Deveríamos mudar horários100 bets apostastrabalho e torná-los mais individualizados, para que se adequem a nossos cronotipos. Se isso não for possível, devemos ser mais estratégicos quanto à exposição à luz - por exemplo, indo ao trabalho não100 bets apostasum veículo coberto, mas100 bets apostasbicicleta."