Entenda a crise política na Turquia:palpitesde hoje
palpitesde hoje O governo da Turquia exonerou nesta terça-feira 350 policiais, no último episódio da crise que abala o gabinete do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, colocandopalpitesde hojeriscopalpitesde hojeliderança após 11 anos no poder.
As demissões parecem ser uma formapalpitesde hojeretaliar a prisão, no mês passado, dos filhospalpitesde hojetrêspalpitesde hojeseus ministrospalpitesde hojeuma operação contra corrupção que foi o estopimpalpitesde hojeuma grave disputa política no país.
Para muitos analistas, a investigação que culminou nas prisões é fruto da rivalidade entre o partidopalpitesde hojeinfluência islâmicapalpitesde hojeErdogan, o AKP, e o grupo do líder islâmico Fethullah Gulen, que mantem postos chave na polícia e no Judiciário.
O mais proeminente líder turcopalpitesde hojedécadas, Erdogan condenou o que chamoupalpitesde hoje“conspiração suja” contra o seu governo.
A crise ocorre depois da ondapalpitesde hojeprotestos contra o primeiro-ministro no ano passado e pode interromper os planospalpitesde hojeErdogan, que planeja ser candidato a presidente este ano.
Como começou?
Em dezembropalpitesde hoje2013, uma operação contra corrupção culminou na prisãopalpitesde hojedezenaspalpitesde hojepessoas, entre elas os filhospalpitesde hojetrês ministros e Erdogan e figuras chave do setor financeiro e imobiliário.
As acusações incluem o contrabandopalpitesde hojeouro para o Irã e o suborno para conseguir funções públicas.
Quatro ministros pediram demissão. Um deles, o titular do Ministério do Ambiente, Erdogan Bayraktar, disse que o próprio primeiro-ministro deveria deixar o cargo, dizendo que ele sabia dos projetos imobiliáriospalpitesde hojequestão.
O filhopalpitesde hojeBayraktar já foi liberado, mas os filhos dos outros dois ministros continuam detidos.
Como Erdogan respondeu?
Erdogan diz que se tratapalpitesde hojeuma conspiração contra o seu governo, com elementos estrangeiros.
Um dia após as prisões, cinco chefes da polícia foram afastados. A aparente retaliação agora inlcui a exoneraçãopalpitesde hojemais 350 policiais.
Erdogan também se voltou contra o Judiciário. Em uma reviravolta, ele disse que pode apoiar um novo julgamentopalpitesde hojecentenaspalpitesde hojeoficiais das Forças Armadas, acadêmicos e jornalistas condenados por conspirar contra o seu governo.
Muitos dos promotores desses casos são os que agora estão por trás das atuais investigações.
E o que Fettullah Gullen tem a ver com isso?
Tanto a polícia quanto a promotoria, nestes casos, são suspeitospalpitesde hojeserem gulenistas – seguidores do clérigo.
Gulen chegou a morar nos Estados Unidospalpitesde hojeum exílio voluntário quando foi acusado na Justiçapalpitesde hojetentar sabotar o Estado secular turco.
Acredita-se que o movimento do qual ele faz parte, o Hizmet, tenha milhõespalpitesde hojeseguidores, administre escolas, centrospalpitesde hojeestudo e organizações da mídia e tenha um valor estimadopalpitesde hojebilhõespalpitesde hojedólares. Também se acredita que o membros do Hizmet tenham se infiltrado no partidopalpitesde hojeErdogan, o AKP.
O movimento até agora colaborou para três vitórias eleitoras do AKP. Parte dapalpitesde hojecolaboração informal envolve promotores gulenistas que perseguem militares – uma estratégia da campanha do AKP para enfraquecer o poderoso controle que os militares têm na política do país.
No entanto, os dois lados vêm se distanciando ultimamente. O governo anunciou o fechamento das escolas onde gulenistas oferecem educação suplementar. Analistas afirmam que essa investigação sobre corrupção como uma retaliação.
Como fica o Exército nesse cenário?
Um aliado do premiê indicou que o escândalopalpitesde hojecorrupção pode ser uma tentativapalpitesde hojeincentivar um golpepalpitesde hojeEstado. O Exército tirou do poder quatro governos civis entre 1960 e 1997, mas afirma que não tem intençãopalpitesde hojese envolverpalpitesde hojedebates políticos dessa vez.
Tradicionalmente, os militares se veem como guardiões dos valores seculares da Turquia moderna. Mas eles vêm sendo significamente enfraquecidos por reformas e por investigações como essas, que para muitos críticos acabam sendo uma maneirapalpitesde hojeprender oponentes do governo.
Ninguém está sugerindo que o Exército está prestes a retomar o poder que tinha anteriormente, diz o jornalista da BBC James Reynolds. Mas se militares condenados voltarem a ser julgados, o Exército pode se beneficiar dessa disputapalpitesde hojepoder entre o AKP e os gulenistas.
Qual o impacto político?
O ano passado foi o mais complicado até agora para Erdogan. Em meadospalpitesde hoje2013, os protestospalpitesde hojeIstambul acusaram o premiêpalpitesde hojeautoritarismo epalpitesde hojetentar impôr valores islâmicos conservadores no país. Quando ele endureceu as ações contra os manifestantes e a polícia usou a violência, ele foi criticado por aliados externos que já haviam elogiado suas credencias democráticas.
Os últimos escândalos podem minar o apoio ao AKP nas próximas eleições locais,palpitesde hojemarço. E podem prejudicar a expectativapalpitesde hojeErdoganpalpitesde hojese tornar o primeiro presidente eleito diretamente, no fim do ano.
Qual o impacto no cenário internacional?
O escândalo da corrupção e a maneira com que órgãos estatais foram retratados como marionetes dos poderoso no país tem prejudicado a imagem do país e a crença no Estadopalpitesde hojedireito na Turquia.
Isso vem fornecendo munição para os críticos do governo turco e envergonhando os que veem a Turquia como uma bem-sucedida democracia islâmica com um futuro promissor na União Europeia.
A moeda turca atingiu uma baixa recorde, ameaçando investimentos internacionais que vinham sustentando o recente crescimento econômico do país.