Garotosreal bet afiliadoprogramareal bet afiliadoLondres lutam para 'profissionalizar' atividade:real bet afiliado

Josh Brandon (BBC)
Legenda da foto, Josh, ganhador do prêmioreal bet afiliadomelhor profissional masculinoreal bet afiliadosexo do ano, quer ser 'o melhor do mundo'

Mas logo após chegar, ele começou a trabalhar na indústria do sexo. Hoje, cobra por hora e oferece descontos a clientes leais: quem paga por nove horas ganha a décimareal bet afiliadograça.

"Tenho um esquemareal bet afiliadoreservas muito profissional e sou muito discreto", disse.

A casa (e localreal bet afiliadotrabalho)real bet afiliadoBrandon fica no Soho, o bairro gayreal bet afiliadoLondres, colado ao West End - onde se concentram teatros, cinemas e museus.

O aluguel altíssimo é, para ele, um investimento.

"Todo mundo conhece essa área e o fluxoreal bet afiliadoturistas é constante", disse.

"Recebo muitos americanos e árabes. Conheci clientes que estavamreal bet afiliadovisita a Londres e que agora contratam meus serviçosreal bet afiliadoseus países. Acaboreal bet afiliadovoltarreal bet afiliadoMunique, fui atender a um comerciantereal bet afiliadoarmas. O máximo que já ganheireal bet afiliadoum mês foram US$ 49 mil (R$ 115mil) . Quando você trabalha tão duro, o dinheiro pode ser bom".

Tommy, do Brasil

Russell Reeks administra a seçãoreal bet afiliadoanúncios classificados da revista gay QX. Ele disse que Londres se tornou um polo internacional para homens atuando na indústria do sexo.

"Hojereal bet afiliadodia, todas as nacionalidades do mundo estão representadas nas nossas páginas", disse. "Há homens que vêm aqui ao escritório direto do aeroporto, com malas e tudo. Alguns nem falam inglês, mas querem que o anúncio seja providenciado antesreal bet afiliadoqualquer outra coisa, antes atéreal bet afiliadoacharem um lugar para ficar".

O brasileiro Tommy é um dos anunciantes. Ele ainda está aprendendo a falar inglês mas isso não o impedereal bet afiliadoganhar dinheiro.

"Trabalharreal bet afiliadobar não era bom - muito trabalho e pouco dinheiro", disse o brasileiro. "Eu tinha um amigo do Brasil que já estava trabalhando como acompanhante aquireal bet afiliadoLondres e disse que eu devia tentar".

"Eu coloquei o anúncio e meu telefone não parou maisreal bet afiliadotocar. Já vi dois clientes hoje e tenho mais dois hoje à noite. Cobro US$ 230 (R$ 544) por hora, então você pode fazer a conta. Se eu trabalho o fimreal bet afiliadosemana inteiro, nem preciso trabalhar durante a semana".

"Meu primeiro dia foi difícil porque um cliente me pediu para ter uma relação sexual sem proteção. Tivereal bet afiliadodizer não. Levo minha segurança muito a sério", diz Tommy.

Segundo Michael Underwood, enfermeiroreal bet afiliadouma clínicareal bet afiliadosaúde sexual londrina, o profissional que vende sexoreal bet afiliadogeral cuidareal bet afiliadosua saúde.

"Temos uma clínica especial para profissionais da indústria do sexo", explicou. "Com frequência constatamos que eles usam camisinha quando trabalham. Em Londres, houve um aumento nas infecções pelo vírus HIV mas,real bet afiliadomaneira geral, isso não está acontecendo entre os acompanhantes. Se levam seu trabalho a sério, não vão ficar brincando com a saúde", explicou Underwood.

o francês Nico
Legenda da foto, Nico começou a fazer dinheiro com sexo aos 16 anos

Nico, da França

A imagem que se tem do profissional do sexo como vítima e da indústria da prostituição como atividade associada a doenças e vício é algo que pessoas como Brandon tentam transformar. Mas essa ideia reflete, no entanto, a realidade vivida por muitos.

Nico tem 40 anos e começou a vender sexo aos 16. Ele se mudoureal bet afiliadosua cidade natal na região da Normandia, na França, para Paris. De lá, seguiu para Londres, onde pretendia trabalhar como vendedorreal bet afiliadolojas.

Durante um período, trabalhou vendendo roupasreal bet afiliadomarcareal bet afiliadouma loja no bairro chiquereal bet afiliadoKnightsbridge. Mas a experiência não durou muito.

"Comecei a fazer sexo por dinheiro porque era um adolescente muito nervoso. Não conseguia lidar com a vida normal. Não tinha qualquer apoio da família, foi minha única opção. Passei a usar drogas para esquecer o que estava fazendo com meu corpo. Eu tinha 16 e meus clientes eram, na maioria, homens velhos. As drogas me ajudavam a me desligar."

Nico disse que ainda usa drogas como crack, por exemplo.

"Quando não tenho dinheiro para pagar pela droga, me prostituo. A principal diferença entre Paris e Londres são as drogas. Em Londres, você pode conseguir qualquer coisa. Tem sempre alguém querendo pagar por sexo e um traficante querendo pegar seu dinheiro. Talvez um dia eu consiga parar, mas não agora".

Estigma

E se a experiênciareal bet afiliadoNico - rejeitado pela família, viciadoreal bet afiliadodrogas - parece confirmar os estereótipos normalmente associados à prostituição, o depoimentoreal bet afiliadoBrandon sugere que as coisas nem sempre são assim.

"Usar drogas é antiprofissional," disse. "Elas não se encaixam na minha marca nem nos meus objetivos".

Rejeição por parte da família também não precisa ser a norma, disse.

"Quando ganhei o prêmioreal bet afiliadoMale Sex Worker of the Year (prêmio anual para profissionais homens atuando na indústria do sexo), mandei um torpedo para o meu pai. Ele respondeu: "Tenho orgulhoreal bet afiliadovocê, filho".

O paireal bet afiliadoBrandon, que trabalha para uma companhiareal bet afiliadotrens no Paísreal bet afiliadoGales, disse que aceita a profissão do filho mas não faz alarde sobre o assunto. "Sei o que ele faz e não saio por aí falando sobre o assunto. Não comento com os amigos. Digo a ele para tomar cuidado, mas o que mais você pode fazer?"

Para Del Campbell, representantereal bet afiliadouma ONG que faz campanha sobre assuntos relacionados a HIV e AIDS - o Terence Higgins Trust - está havendo uma mudança na forma como a sociedade encara o trabalho na indústria do sexo.

"Existe menos estigma associado a homens que se prostituem", disse Campbell. "É comum que mulheres sejam vistas como vítimas, mas para alguns homens, trabalhar como garotosreal bet afiliadoprograma é hoje um trabalho normal. Você pode mencionar que é acompanhante durante um jantar e,real bet afiliadocertos círculos, ninguém vai se chocar".

Ele reconhece, no entanto, que algum estigma ainda existe. "Depende muito do indivíduo", explicou. "De vezreal bet afiliadoquando encontro alguns acompanhantes que dizem precisar escapar da vergonhareal bet afiliadofazer sexo por dinheiro. Sentem muita culpa por mentirem para suas famílias. Muitos dos estrangeiros dizem para a família que estão trabalhadoreal bet afiliadoum restaurante oureal bet afiliadouma loja".

"Você temreal bet afiliadodizer a esses homens que esse trabalho provavelmente não é para eles. Mas você também encontra pessoas que, verdadeiramente, pensam que essa é uma profissão como qualquer outra. Nós deveríamos apoiá-los. Estigma nunca ajuda".