Quando o Brasil vai voltar a crescer com vigor?:cbet lažybos

Aeroporto do Galeão, Riocbet lažybosJaneiro. AP
Legenda da foto, Concessãocbet lažybosaeroportos e rodovias à iniciativa privada devem empurrar o crescimento

Para ambos economistas, a economia brasileira se viu limitada pela carênciacbet lažybossua própria infraestrutura. Portos, aeroportos, estradas e ferrovias sucateadas se tornaram os vilões do chamado "custo Brasil".

Investimento

Mas o fatocbet lažyboso Brasil ainda ser um país "em construção" pode ser a chave para a retomada do crescimento.

"Estou convencido que umcbet lažybosnossos maiores problemas pode ser nossa melhor oportunidade para crescimento. Estamos tão atrasados que precisamoscbet lažybosinvestimentos gigantescoscbet lažybosinfraestrutura", diz Ricupero.

Ele defende que parte dessa missão deve ser confiada à iniciativa privada e ao capital estrangeiro. A recente concessãocbet lažybosestradas e aeroportos pelo governo federal poderia marcar o início da retomada desse crescimento.

"Em dois ou três anos, as concessões já serão sentidas. Só a melhoria da infraestrutura pode fazer crescer o PIB brasileirocbet lažybosmais 1% ao ano", disse.

Schwartzman faz uma previsão parecida e também defende que maiores investimentoscbet lažybosinfraestrutura, "melhorando a logística e reduzindo perdas", a fimcbet lažybosdar um empurrão no PIB.

"Dado o ritmo das concessões, efeitos, se houver, só deverão aparecer mais para o finalcbet lažybos2015 e começocbet lažybos2016", diz Schwartzman.

Um dia antes da divulgação dos resultados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dissecbet lažyboseventocbet lažybosSão Paulo que o investimento deve ser o principal indutor da economia e que o país tem condiçõescbet lažyboscrescercbet lažybostornocbet lažybos4% ao ano na próxima década.

"É preciso investir mais tambémcbet lažybosconstrução civil ecbet lažybossetores estratégicos da indústria e da agricultura", disse.

O grande desafio do país é justamente aumentar seu nívelcbet lažybosinvestimento, que atualmente está abaixocbet lažybos22% do PIB, patamar considerado ideal para um crescimento sustentável da economia. Nos últimos anos, boa parte desse crescimento foi puxado pelo aumento do consumo, parte das políticas anticíclicas para conter a crise.

Mas a recente rodadacbet lažybosestímulo às compras, como os incentivos fiscais à indústria automobilística, não geraram o mesmo resultado registradocbet lažybos2009. Pior que isso, acabaram pressionando a inflação, segundo a análise da maioria dos especialistas.

Privatizações

"O governo atual perdeu muito tempo para transferir alguns setores para a iniciativa privada devido a constrangimentos ideológicos", diz Ricupero,cbet lažybosreferência à resistência histórica das bases do PT às privatizações.

"Isso (as privatizações) vai começar a destravar a economia. A curto prazo é a grande única grande alavanca para acelerar o crescimento", diz Ricupero.

Schwartzman chama atenção para a necessidadecbet lažybosreformas, como a tributária e a trabalhista, "mas, mesmo se ocorressem, o que está longecbet lažybosser óbvio, seus efeitos demorariam a se materializar", diz, ressaltando a necessidadecbet lažybosinvestimentoscbet lažybosinfraestrutura.

Para engrenar, o Brasil também precisa aumentar a produtividade do trabalhador, diz Schwartzman. E para isso, é necessário melhorar os índicescbet lažyboseducação.

"Passa a ser fundamental, portanto, acelerar o crescimento do produto por trabalhador, cujo ritmo parece ser algocbet lažybostornocbet lažybos1 a 1,5% ao ano", diz Schwartzman.

Considerando que o aumento da populaçãocbet lažybosidade ativa tem sidocbet lažyboscercacbet lažybos1% ao ano, segundo o economista, "o produto não pode se expandircbet lažybosforma sustentável mais do que 2 a 2,5% ao ano", considerando a somatória da produtividade do trabalhador e a do crescimento populacional.

Ricupero diz que, alémcbet lažybosinvestir na infraestrutura, o governo precisa equilibrar as contas públicas. Neste ano, a expectativa dos agentes econômicos écbet lažybosque o governo não atinja a meta do superavit primário.

"O governo precisa controlar mais os gastos. Precisa ser mais eficiente. E precisa fazer mais esforçoscbet lažybospoliciar as transferências sociais. Algumas merecem aplauso, como o Bolsa Família, que beneficia milhõescbet lažybosfamílias e pesa pouco. Já outras são decorrentescbet lažybosuma legislação extremamente generosa. Eu cito por exemplo o seguro-desemprego, que quase explodiu, apesarcbet lažybosvivermos um momentocbet lažybosquase pleno-emprego, o que é uma contradição", diz.