Site com relatosapostas esportivas pixbetvítimasapostas esportivas pixbetestupro atrai mais mil depoimentosapostas esportivas pixbetum mês:apostas esportivas pixbet
- Author, Daniela Fernandes
- Role, De Paris para a BBC Brasil
apostas esportivas pixbet Um site francêsapostas esportivas pixbetque pessoas relatam ter sido vítimasapostas esportivas pixbetestupros cometidos por familiares ou amigos ganhou grande repercussão na França e já recebeu maisapostas esportivas pixbetmil depoimentos apenas um mês após seu lançamento.
No site Je Connais un Violeur ("Eu conheço um estuprador",apostas esportivas pixbettradução livre), os depoimentos das vítimas são anônimos e os agressores não podem ser identificados.
"O objetivo é mostrar que os estupradores não são apenas marginais ou loucos que atacamapostas esportivas pixbetruelas sombrias ou estacionamentos escuros. Isso corresponde a uma minoria. Na maior parte dos casos, os estupradores são parentes, namorados ou amigos", disse à BBC Brasil Pauline (que não quis divulgar o sobrenome), criadora do site.
Segundo o site, que se baseiaapostas esportivas pixbetestatísticasapostas esportivas pixbetassociações ligadas ao tema, como Unidos Contra o Estupro,apostas esportivas pixbet80% dos casos a vítima conhece o estuprador. E um terço das agressões sexuais é cometido por maridos ou parceiros regulares.
"Não existe um perfil típico do estuprador. Ele pode ser qualquer um eapostas esportivas pixbetqualquer meio social: um homem casado, um irmão, um bom amigo ou um vizinho", afirma Pauline.
"É dentroapostas esportivas pixbetcasa que ocorre a maioria dos estupros", diz.
No site, há também vítimas masculinas, como um homem que afirma ter sofrido abusos sexuais na infância cometidos por uma babá.
Pauline, que integra a direção da ONG Ouse o Feminismo, diz ter ficado surpresa com o grande númeroapostas esportivas pixbetrelatos recebidos logo após a criação do site, no finalapostas esportivas pixbetagosto.
"Eu sei que o estupro é algo bem mais comum do que se imagina, mas é um assunto tabu e normalmente as vítimas violentadas por pessoas conhecidas preferem não falar a respeito ou têm dificuldades para reconhecer que tenham sofrido uma agressão", afirma.
"Algumas pessoas até duvidam que tenham sido estupradas pelo fatoapostas esportivas pixbetnão terem sido ameaçadas com uma arma", diz Pauline.
Ação judicial
Segundo ela, vários depoimentos feitos no site sãoapostas esportivas pixbetpessoas que contaram pela primeira vez ter sofrido um estupro. "Outras comentaram com algumas pessoas, que não acreditaram ou minimizaram o problema", afirma.
Foi o que ocorreu com a francesa Fanny,apostas esportivas pixbet27 anos, que contou à BBC Brasil ter sido estuprada aos 16 anos por dois amigos e novamente aos 22 anos por um namorado.
"Na época, não falei abertamente sobre as agressões porque me sentia culpada. Cada vez que comentava o assunto, as pessoas desdramatizavam o ocorrido. O site me deu a chanceapostas esportivas pixbetser mais livre para falar a respeito e percebi que meu caso não é isolado", afirma Fanny.
"Eu me dizia para pararapostas esportivas pixbetficar triste e aceitar o que aconteceu. Mas percebi, ao ver histórias parecidas com a minha, que é importante reconhecer que foi um estupro".
"Hoje constato que deveria ter tomado uma atitude", diz Fanny, que após relatadoapostas esportivas pixbethistória diz que iráapostas esportivas pixbetbreve entrar com uma ação na Justiça contra seus agressores.
Desmistificação
Émilie,apostas esportivas pixbet26 anos, também contou no site a agressão sexual que sofreu há sete anos, cometida por um antigo namorado.
"O site é um canalapostas esportivas pixbetcomunicação importante para pessoas que, como eu, demoram para admitir que sofreram um estupro. Eu mesma minimizei o ocorrido na época. Foi um choque e não sabia como agir", afirmou à BBC Brasil.
"Comentei o assunto com algumas pessoas, mas não tive apoio. Me sentia culpada", conta.
"O site desmistifica o estupro e mostra que os estupradores não são apenas psicopatas ou bandidos. As pessoas podem se identificar com as experiências relatadas", afirma Émilie.
Ela diz não se sentir psicologicamente capazapostas esportivas pixbetenfrentar um processo contra seu agressor.
"Tenho receioapostas esportivas pixbetperder a ação. Além disso, foi há sete anos, não há provas, será a minha palavra contra a dele", diz.
"Mas para mim já é importante o fatoapostas esportivas pixbetpoder falar a respeito", afirma.
Os depoimentos publicados no site não contêm os detalhes das cenas dos estupros. Detalhes das ações dos agressores também não são mencionados.
"Isso é para evitar que os relatos alimentem fantasiasapostas esportivas pixbetpervertidos sexuais", diz Pauline.