O que já se sabe sobre suposto ataque químico na Síria:lampionsbet cnpj
lampionsbet cnpj Imagens chocantes divulgadas nos últimos dias mostram o que ativistas da oposição na Síria dizem ser os resultadoslampionsbet cnpjataques com armas químicas nos arredoreslampionsbet cnpjDamasco.
O Exército sírio nega ter usado gás venenoso e diz que as alegações são "falsas e completamente infundadas".
Até o momento, não foi possível verificar as informaçõeslampionsbet cnpjforma independente, mas a BBC reúne abaixo o que se sabe até agora sobre o ocorrido.
O que aconteceu?
Na tentativalampionsbet cnpjexpulsar forças rebeldeslampionsbet cnpjuma área próxima ao leste da capital Damasco, as forças do governo iniciaram um intenso bombardeio na manhãlampionsbet cnpj21lampionsbet cnpjagosto.
Gruposlampionsbet cnpjoposição dizem que, durante esse ataque, foguetes com agentes tóxicos foram lançadoslampionsbet cnpjáreas civis na regiãolampionsbet cnpjGhouta.
Eles dizem que maislampionsbet cnpj300 pessoas morreram, muitas delas mulheres e crianças. Organizações independentes, como os Médicos Sem Fronteiras (MSF), divulgaram números semelhantes. Mas alguns ativistas da oposição dizem que as mortes podem ser ainda mais numerosas.
Segundo os ativistas, foram registradas vítimas nas áreaslampionsbet cnpjIrbin, Duma e Muadhamiya, a oeste, entre outros lugares.
O Exército sírio nega as alegações e diz que elas são uma "tentativa desesperada" dos rebeldeslampionsbet cnpjencobrir suas derrotas na região e partelampionsbet cnpjuma "propaganda sujalampionsbet cnpjguerra".
O que os vídeos parecem mostrar?
As imagens divulgadas na internet, que não foram verificadas, mostram adultos e crianças aparentemente sofrendolampionsbet cnpjsequelaslampionsbet cnpjum ataque com armas químicas.
Os médicos aparecem tratando pessoas muito doentes, sem nenhuma lesão externa à vista. Alguns pacientes parecem estar sonolentos ou inconscientes.
Dezenaslampionsbet cnpjcorpos, incluindo oslampionsbet cnpjcrianças pequenas e bebês, são vistoslampionsbet cnpjfileiras no chãolampionsbet cnpjuma clínica.
Correspondentes dizem que a situação das vítimas do mais recente ataque parece muito pior do que os supostos ataques químicos registrados anteriormente na Síria.
O que os sintomas aparentes sugerem?
Analistas dizem que a ausêncialampionsbet cnpjlesões externas podem ser um sinallampionsbet cnpjagentes químicos.
"Alguns dos sintomas, como a boca aberta e os olhares congelados, são muito semelhantes aos que vimoslampionsbet cnpjHalabja (no Iraque), onde milhareslampionsbet cnpjpessoas foram mortas por agentes que atacam o sistema nervoso", afirma Hamishlampionsbet cnpjBretton-Gordon, ex-comandante das forças britânicas contra terrorismo químico e biológico.
"Outras imagens no vídeo, como aslampionsbet cnpjpessoas com tremores e com as pupilas diminuídas, mostram características do contato com algum tipolampionsbet cnpjagente químico."
Especialistas também dizem que um grande númerolampionsbet cnpjpacientes parece ter morridolampionsbet cnpjum curto espaçolampionsbet cnpjtempo, sugerindo o usolampionsbet cnpjum agente químico.
"Um gás mostarda, que foi usado extensivamente durante a guerra Irã-Iraque, tende a matar pessoaslampionsbet cnpjdias,lampionsbet cnpjvezlampionsbet cnpjhoras e minutos. Por isso, um agente que ataca o sistema nervoso poderia muito bem ter sido usado", avalia Bretton-Gordon.
Alexander Kekule, professor do Institutolampionsbet cnpjMicrobiologia Médica da Universidadelampionsbet cnpjHalle, na Alemanha, concorda que um agente químico parece ter sido usado e acrescenta que não havia sinaislampionsbet cnpjagentes que criam bolhas (que teriam causado queimaduras na pele).
Vítimas que sobreviveram também pareciam estar sofrendolampionsbet cnpjgraves dificuldades respiratórias.
Jean Pascal Zanders, analistalampionsbet cnpjarmas químicas e biológicas, diz que havia "evidências convincenteslampionsbet cnpjintoxicação por asfixia", devido ao "tom rosado-azulado" dos rostoslampionsbet cnpjalguns dos mortos.
No dia 24lampionsbet cnpjagosto, o grupo Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que, na manhãlampionsbet cnpjquarta-feira, três hospitais na regiãolampionsbet cnpjDamasco trataram cercalampionsbet cnpj3,6 mil pacientes com "sintomas neurotóxicos" e que 355 morreram.
A organização acrescentou que sintomas como convulsões, pupilas diminuídas e problemas respiratórios sugerem o usolampionsbet cnpjarmas químicas, mas que não podia "confirmar cientificamente" se isso realmente aconteceu.
Que perguntas permanecem?
Especialistas têm expressado ressalvas sobre o que exatamente o vídeo mostra e que armas poderiam ter sido usadas.
"Não estou totalmente convencido, porque as pessoas que estão ajudando estão sem roupaslampionsbet cnpjproteção e sem máscaras", diz Paula Vanninen, diretora do VERIFIN, o Instituto Finlandêslampionsbet cnpjVerificação da Convenção sobre Armas Químicas. "Em um caso real, eles também seriam contaminados e apresentariam sintomas."
Zanders também tem dúvidas. "Não vi ninguém aplicando antídotos para agentes que atacam o sistema nervoso", escreveulampionsbet cnpjseu blog. "Nem os médicos e as pessoas que estão ajudando parecem sofrerlampionsbet cnpjexposição secundária enquanto tratam das vítimas."
O pesquisador Alexander Kekule diz que os sintomas não se encaixam com o usolampionsbet cnpjarmas químicas típicas, já que as vítimas não parecem estar sofrendolampionsbet cnpjdor ou irritação dos olhos, nariz e boca.
"No vídeo, alguns pacientes são brevemente descontaminados com água e detergente. A água é derramada sobre o peito, mas (pelo menos no vídeo) não sobre a face e os olhos."
As imagens do vídeo poderiam ser falsas?
O ministrolampionsbet cnpjInformação da Síria, Imran al-Zu'bi, disse ao canallampionsbet cnpjtelevisão do Hezbollah, grupo militante muçulmano xiita do Líbano, que "as imagens foram fabricadas e que a campanha foi planejada com antecedência".
Mas analistas estrangeiros disseram à BBC que isso é improvável, devido à escala e aos detalhes das imagens.
Kekule diz que a ideialampionsbet cnpjque as imagens seriam "uma encenação política" não pode ser totalmente excluída, mas "neste caso, seria uma encenação muito boa".
Segundo Bretton-Gordon, seria também particularmente difícil para os conspiradores fazer várias crianças parecerem mortas durante um longo períodolampionsbet cnpjtempo.
A maioria dos especialistas concorda que "algo terrível aconteceu", como escreveu Zanders. Exatamente o que esse "algo" significa, no entanto, pode levar algum tempo para ser descoberto.
Quem seria capazlampionsbet cnpjtal ataque?
O governo sírio admitiu ter estoqueslampionsbet cnpjarmas químicas, mas diz que nunca as usaria "dentro da Síria".
O Ministériolampionsbet cnpjInformação sírio disse que ataques, como os relatados na quarta-feira também não seriam possíveis por causa da presençalampionsbet cnpjforças do próprio governo na área supostamente afetada.
A Rússia afirma que há indícioslampionsbet cnpjque o ataque foi obra da oposição. Mas os Estados Unidos e a Grã-Betanha dizem não acreditar que os rebeldes têm acesso a armas químicas.
Por que agora?
Inspetores da ONU chegaram à Síria no dia 18lampionsbet cnpjagosto para investigar três locais onde armas químicas foram supostamente usadas, incluindo a cidadelampionsbet cnpjKhan al-Assal, no norte do país, onde cercalampionsbet cnpj26 pessoas foram mortaslampionsbet cnpjmarço.
Eles já receberam permissão para visitar os locais ao redorlampionsbet cnpjDamasco, onde ataques com armas químicas teriam ocorrido no dia 21lampionsbet cnpjagosto.
Correspondentes dizem que é difícil acreditar que o governo sírio, que conseguiu recentemente retomar áreas ocupadas pelos rebeldes, realizaria um ataque com armas químicas enquanto inspetores estão presentes no país.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o momento dos ataques "nos faz pensar que estamos mais uma vez lidando com uma provocação premeditada" por parte dos rebeldes.
No entanto, um ataque das forças rebeldeslampionsbet cnpjuma área controlada pelos próprios oposicionistas parece improvável para muitos observadores.
Como as reivindicações podem ser verificadas?
Espera-se agora que os inspetores da ONU sejam capazeslampionsbet cnpjdeterminar conclusivamente se armas químicas foram usadas perto da capital.
O Conselholampionsbet cnpjSegurança da ONU realizou uma reuniãolampionsbet cnpjemergência no dia 21lampionsbet cnpjagosto. Após o encontro, um porta-voz disse que há "um sentimento gerallampionsbet cnpjque deve haver clareza sobre o que aconteceu".