Contrários à penachat galera betmorte, fabricanteschat galera betmedicamentos fazem 'greve' e adiam execuções:chat galera bet

Câmera da morte no Texas | Foto: Getty
Legenda da foto, 'Câmera da morte' no Texas, onde as injeções letais são aplicadas
  • Author, Alessandra Corrêa
  • Role, De Nova York para a BBC Brasil

chat galera bet Diversos Estados americanos que adotam a penachat galera betmorte estão enfrentando dificuldades para levar adiante as execuções devido à falta das drogas usadas nas injeções letais.

No Arkansas, o governador Mike Beebe anunciouchat galera betjunho que iria suspender o agendamentochat galera betnovas execuções.

Alvochat galera betuma disputa legal sobrechat galera betnova leichat galera betexecuções, o Estado está com o estoque das drogas no fim e enfrenta a oposição do fabricante, que cancelou o contrato com o governo após descobrir que seus medicamentos – Lorazepam e Fenobarbital – seriam usadoschat galera betinjeções letais.

Problemas semelhantes atingem Estados como Ohio, Missouri, Geórgia, Califórnia e Texas – o campeãochat galera betexecuções nos EUA.

A injeção letal é o método usado pelos 32 Estados americanos onde há penachat galera betmorte.

A maioria recorre a um coquetel composto por um anestésico (Pentobarbital ou Tiopental), um agente bloqueador muscular (Brometochat galera betPancurônio) e Cloretochat galera betPotássio, que provoca parada cardíaca. Onze Estados utilizam apenas uma droga,chat galera betdoses letais.

No entanto, a pressãochat galera betlaboratórios echat galera betgrupos europeus contra o uso das drogaschat galera betexecuções tem tornado cada vez mais difícilchat galera betobtenção.

O fabricante do Tiopental suspendeu o fornecimento depoischat galera betpressões por partechat galera betfuncionários e autoridades na Itália, onde fica uma das fábricas. O mesmo ocorreu com o fabricante do Pentobarbital, na Dinamarca.

Alternativas

Com seus estoques chegando ao fim e sem a possibilidadechat galera betfornecimento, os Estados estão tendochat galera betrecorrer a alternativas.

Na semana passada, a Suprema Corte do Missouri anunciou que o Estado será o primeiro a usar o Propofol – anestésico que causou a morte do cantor Michael Jackson.

Ohio e Texas anunciaram que seus estoqueschat galera betPentobarbital expiram setembro e que estãochat galera betbuscachat galera betsoluções. Outros Estados, como a Geórgia, decidiram recorrer a farmáciaschat galera betmanipulação.

Essas alternativas, porém, são alvochat galera betcríticas, especialmente por nunca terem sido testadaschat galera betexecuções.

"Não sabemos se vão funcionar, se vão causar efeitos colaterais, como convulsões", disse à BBC Brasil o diretor-executivo do Death Penalty Information Center (Centrochat galera betInformações sobre a Penachat galera betMorte), Richard Dieter.

"É um experimento com humanos", afirma.

O diretor jurídico da organização pró-penachat galera betmorte Criminal Justice Legal Foundation, Kent Scheidegger, diz que há outras alternativas, como a importaçãochat galera betpaíses asiáticos que adotam a penachat galera betmorte.

"Não há faltachat galera betdrogas. O que há é uma conspiração por partechat galera betempresas europeias", disse Scheidegger à BBC Brasil.

"A penachat galera betmorte é uma opção dos EUA. Não é da conta dos europeus", afirma.

Execuções

Pesquisas revelam que 63% dos americanos são favoráveis à penachat galera betmorte. Há 20 anos, esse percentual erachat galera betcercachat galera bet80%, segundo o instituto Gallup.

Desde 1976, quando a penachat galera betmorte voltou a ser adotada, após um intervalochat galera betquatro anoschat galera betque esteve suspensa pela Suprema Corte, 1.343 pessoas foram executadas nos EUA.

O número atingiu seu ápicechat galera bet1999, quando 98 pessoas foram executadas. Desde então, a tendência tem sidochat galera betqueda. No ano passado foram 43 execuções, mesmo númerochat galera bet2011. Neste ano, já foram 23, e a expectativa échat galera betque o total fiquechat galera bettornochat galera bet30.

O númerochat galera betcondenações à morte também vem caindo. Nos anos 1990, a média erachat galera bet300 sentenças por ano. Hoje, échat galera bet75.

Mesmo assim, ainda há 3.125 pessoas no corredor da morte nos EUA, no qual o tempo médiochat galera betpermanência échat galera bet15 anos até a execução.

Segundo a Anistia Internacional, os EUA estão entre os cinco países que mais executam prisioneiros, atráschat galera betChina, Irã, Iraque e Arábia Saudita.

Problemas

Para Dieter, a faltachat galera betdrogas pode ser mais um fator a contribuir para a redução nos números,chat galera betum momentochat galera betque o métodochat galera betinjeção letal apresenta diversos problemas que acabam impedindo que os Estados levem adiante as execuções.

"Cada vez que um Estado faz uma mudança no processo, precisachat galera betaprovação na Justiça, justificar o motivochat galera bettrocarchat galera betdroga, qual a dosagem apropriada, como a pessoa que administra será treinada, etc. Isso causa muita lentidão", afirma.

Dieter cita exemplos como o da Califórnia, que não tem execuções há sete anos, apesarchat galera betadotar a penachat galera betmorte, echat galera betMaryland, que após seis anos sem execuções acabou tornando-se o 18º Estado americano a abolir a pena capital,chat galera betmaio.

Nos últimos seis anos, também aboliram a pena Connecticut, Illinois, Nova Jersey, Nova York e Novo México.

"Tomaram essa decisão porque a penachat galera betmorte não estava funcionando. É um processo caro e ineficaz", afirma Dieter.

Ele também acha pouco provável que algum Estado retorne aos métodos anteriores, como a cadeira elétrica ou câmaraschat galera betgás, abolidos exatamente por serem considerados mais brutais e, portanto, mais sujeitos a protestos.

Para Scheidegger, a faltachat galera betdrogas não deve ter impacto sobre a penachat galera betmorte nos EUA.

"Essa questão será solucionada nos próximos anos", aposta. "A penachat galera betmorte ainda é apoiada por uma sólida maioria neste país."