Egito: 'O ambiente era desumano, havia cadáveres por todos os lados':casino top 10
A socorrista viu muitas coisas durante a recente crise no Egito, o que ela contoucasino top 10depoimento à BBC, sendo uma das poucas a presenciar os acontecimentoscasino top 10quarta-feira.
"(Em ocasiões anteriores) estivemos na praça Tahir ou na área (do bairro de) Mohamed Mahmud, onde havia muitos mortos e e feridos, porém nunca como o que vimos ontem (quarta)", relembra a socorrista, que está baseada no Cairo,casino top 10entrevista por telefone à BBC.
Os dez voluntários que chegaram se dividiramcasino top 10dois grupos. A eles coube a tarefacasino top 10trabalhar na área da mesquitacasino top 10Rabaa Al Adawiya, local onde havia um dos alojamentos desmantelados pelas forçascasino top 10segurança e que se tornou foco dos mais violento enfrentamento.
Chegaram à 1h da tarde (hora local)casino top 10Rabaa Al Adawiya e mantiveram-se, desde então, nas ruas.
"Tínhamos pacientes a cada minuto. Explodiam bombas e se ouviam disparos. Tivemos que sair dali (da rua) e nos deslocamos par um local mais seguro. Uma escola foi aberta para que pudéssemos atender. De imediato, cada umcasino top 10nós começou a atender a cinco ou seis feridoscasino top 10uma vez", relembra Bahgat a BBC.
Daícasino top 10diante a situação somente se deteriorou. "O ambiente era completamente desumano, havia cadáveres por todas as partes", conta a voluntária.
Em apenas duas horas que ficaram na escola, Bahgat calcula que atendeucasino top 10tornocasino top 10100 pessoas, todos homens adultos, a maioria entre 20 e 30 anos.
A retirada dos apoiadores do presidente deposto Morsi na quarta-feira deixou maiscasino top 10600 mortos e milharescasino top 10feridos.
"O mais terrível é não ser capazcasino top 10ajudar as pessoas, quando se é inútil. E ontem (quarta-feira) foi o pior diacasino top 10que me lembro. As ambulâncias não podiam chegar onde estávamos e os doentes não podiam ser levados ao hospital", contou Salma.
Ela confirmou quatro mortes durante o atendimento.
"Eu estava fazendo respiração cardiopulmonar numa vítima, porém no final tinha que (parar) e decidir salvar outras pessoas. Como socorrista você tem prioridades ecasino top 10casos como este escolhemos os que têm possibilidadescasino top 10sobreviver", explica.
Depoiscasino top 10passadas duas horascasino top 10atendimento na escola, o grupo voltou às ruas para atender os feridos por outras quatro horas. Pouco antes das 18h (hora local) o governo egípcio decretou estadocasino top 10emergência.
'Se pensasse demais, não estaria aqui'
Dentre os feridos que atendeu, umcasino top 10especial ficou gravado na memóriacasino top 10Salma: um rapazcasino top 10aparentemente 25 anos, com o ombro destruído por um disparo.
"Era um médico que tinha ido ali somente para ajudar a gente e terminou ferido. Não queria ir ao hospital, queria ir vercasino top 10esposa. Nós, como membros da Cruz Vermelha, não podemos levar os pacientes para suas casas, assim tivemos que pedir a outras pessoas que o fizessem", relembra a socorrista.
Tal como seu colega, Bahgat está exposta constantemente ao riscocasino top 10receber um disparo perdidocasino top 10meio aos enfrentamentos entre manifestantes e a polícia egípcia.
"Estou totalmente consciente, mas não penso muito nisso. Se pensasse demais, não estaria aqui."
No entanto ela está. A dentistacasino top 1029 anos segue ajudando as pessoas nas ruas, assim como quando entrou para o timecasino top 10voluntários,casino top 102011.