Egito vive tensão com novos protestos e temorpixbetbrasilrepressão com munição real:pixbetbrasil
pixbetbrasil A cidade do Cairo, capital do Egito, é palcopixbetbrasilnovos protestospixbetbrasilsimpatizantes do presidente deposto Mohammed Morsi, que convocaram a "Sexta-feira da Ira".
O país está sob estadopixbetbrasilemergência, decretado após a repressão violenta aos acampamentospixbetbrasilmanifestantes ligados ao grupo políticopixbetbrasilMorsi, a Irmandade Muçulmana, e que deixou ao menos 638 pessoas mortas na quarta-feira.
Os manifestantes pediam a volta do presidente Mohammed Morsi, deposto pelo Exércitopixbetbrasiljulho.
Imagens ao vivopixbetbrasilemissoras egípcias mostram multidões protestando nas ruas do Cairo e disparospixbetbrasilgás lacrimogêneo; repórteres da BBC na praça Ramsés, centro da cidade, relatam que o clima é tenso e afirmam ter visto pessoas mortas.
E as manifestações ocorrem tambémpixbetbrasiloutras partes do país, sendo que já foram registradas quatro mortes na cidadepixbetbrasilIsmailia, no canalpixbetbrasilSuez.
O governo interino do país autorizou a polícia a usar balaspixbetbrasilverdade para atuarpixbetbrasilautodefesa contra manifestantes, aumentando o climapixbetbrasiltensão.
A repressão promovida pelas autoridades egípcias foi alvopixbetbrasilduras críticas por partepixbetbrasillíderes mundiais.
'Moderação máxima'
Após uma reuniãopixbetbrasilemergência, convocada a pedidopixbetbrasilGrã-Bretanha, França, Austrália e Turquia, o ConselhopixbetbrasilSegurança da ONU pediu na noitepixbetbrasilquinta-feira para que todos os partidos no Egito atuem com "moderação máxima".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu que o Egito seguiu por um "caminho mais perigoso".
"Nós lamentamos a violência contra civis", disse.
Já a Presidência interina do Egito afirmou que a reprimendapixbetbrasilObama "não está baseadapixbetbrasilfatos".
Obama cancelou exercícios militares conjuntos com o Egito, previstos para o mês que vem, numa primeira reaçãopixbetbrasiltermos práticos à violênciapixbetbrasilquarta-feira - mas não suspendeu nem reduziu a ajuda financeira que Washington destina anualmente ao Cairo.
"Ante os desdobramentos sangrentos no Egito, ficou claro aos governos ao redor do mundo que exército do Egito ignorou a pressão feita nas últimas semanas para evitar mortespixbetbrasilmassa no país", disse o analistapixbetbrasilassuntos internacionais da BBC James Robbins.
"O cancelamentopixbetbrasilexercícios militares conjuntos é um gesto simbólico, mas não causará muitos danos ao generais no Cairo. Obama não cancelou a ajuda anualpixbetbrasilUS$ 1,3 bilhão que os EUA oferecem ao Egito, a maior parte da qual, para as Forças Armadas. A avaliação épixbetbrasilque isso poderia comprometer a já relutante parceria do Egito com Israel e o frágil processopixbetbrasilpaz discutido no Oriente Médio", explica.
Navi Pillay, alta comissáriapixbetbrasildireitos humanos da ONU, pediu uma investigação independente para apurar os fatos no Egito.
"O númeropixbetbrasilmortos ou feridos, mesmopixbetbrasilacordo com as contas do governo, apontam para o uso excessivo - ou mesmo extremo - da força contra os manifestantes", disse Pillay.
Protestos
A quarta-feira foi o dia mais sangrento no país desde a revolução pró-democracia, que culminou com a quedapixbetbrasilHosni Mubarak, dois anos atrás.
Segundo a Irmandade Mulçumana, grupo político que apoia Morsi, o númeropixbetbrasilmortos já passapixbetbrasil2 mil.
Dezenaspixbetbrasilvítimas não foram contabilizadas, e algumas estão completamente carbonizadas, segundo apurou a BBC.
A reportagem esteve na mesquitapixbetbrasilEman, próxima a um dos principais pontospixbetbrasilprotesto no Cairo, e viu ali 202 corpos - muitos dos quais não oficialmente contados.
O governo do Egito justificou a ação das forçaspixbetbrasilsegurança alegando que elas estavam autorizadas a dispararpixbetbrasildefesa própria - argumento que nesta quinta-feira foi repetido por diplomatas egípcios ao redor do mundo para explicar os desdobramentos no país.
Em anúncio transmitido pela TV, o premiê interino Hazem Beblawi defendeu a operação, dizendo que ela foi necessária para restaurar a segurança no país.