De olho na Copa, importadores britânicos miram no vinho brasileiro :aposta pelo celular

vinhedo na Serra Gaúcha | Divulgação - Wines of Brazil
Legenda da foto, Brasil quer aumentaraposta pelo celular50% exportaçõesaposta pelo celularvinhos para a Grã-Bretanha

A Copestick Murray espera produzir ao menos 300 mil garrafasaposta pelo celularespumante moscato branco e rosé, que serão vendidas nas principais redesaposta pelo celularsupermercados do país, como Waitrose, Sainsbury’s e Tesco.

"A melhora na qualidade do vinho nos últimos anos, combinada à oportunidadeaposta pelo celularnegócios com a Copa e as Olimpíadas, colocou o vinho brasileiro na nossa listaaposta pelo celularprioridades", acrescentou Archer.

A gigante britânica do setoraposta pelo celulardepartamentos Marks & Spencer também anunciou que vai adicionar a partiraposta pelo celularfevereiro três rótulos aos dois atuais da vinícola gaúcha Seival Estate. Em maio, a importadora Bibendum fechou com a vinícola Miolo, também do Rio Grande do Sul, uma parceria para seraposta pelo celulardistribuidora exclusiva na Grã-Bretanha.

E a redeaposta pelo celularsupermercados Waitrose, a primeira a estocar vinho brasileiro no país, lançará no início do ano que vem quatro vinhosaposta pelo celulartrês vinícolas brasileiras que ficarão à venda por pelo menos um ano.

Maior importador mundial

Com compras anuaisaposta pelo celularmaisaposta pelo celular1 bilhãoaposta pelo celulargarrafas, a Grã-Bretanha é o maior importadoraposta pelo celularvinho no mundo, segundo dados da Vinexpo, a maior feira do setor, realizadaaposta pelo celularParis a cada dois anos.

O país é o terceiro maior importadoraposta pelo celularvinhos brasileiros, atrás da China e da Holanda.

vinhedo na Serra Gaúcha | Divulgação - Wines of Brazil
Legenda da foto, Para brasileiro detentoraposta pelo celulartítuloaposta pelo celularMaster of Wine, bebida do Brasil precisaaposta pelo celular'mais consistência'

Apesaraposta pelo celularresponder atualmente por valores relativamente baixos, as exportações para a Grã-Bretanha tendem a crescer, entusiasmando os produtores nacionais.

O projeto Wines of Brazil – uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileiraaposta pelo celularPromoçãoaposta pelo celularExportações (Apex) - esperaaposta pelo celular2013 que as exportações para a Grã-Bretanha superemaposta pelo celular50% as do ano passado, quando foram vendidos 94,6 mil litros, o equivalente a US$ 400 mil.

Segundo Andreia Gentilini, diretora da Wines of Brazil, Grã-Bretanha e Estados Unidos são os principais alvos da agência, que foi criada há dez anos para promover o vinho brasileiro no exterior.

"Desde janeiro estamos negociando vendas com seis compradores britânicos, que estãoaposta pelo celularolho nos eventos esportivos do Brasil para expandir suas oportunidadeaposta pelo celularnegócios", diz ela à BBC Brasil.

Falta consistência

Mas na avaliaçãoaposta pelo celularDirceu Vianna Junior, único brasileiro a carregar o títuloaposta pelo celularMaster of Wine – qualificação máxima da indústriaaposta pelo celularvinhos -, o setor vinícola do país "caminha no caminho certo, mas ainda careceaposta pelo celularconsistência".

"A gamaaposta pelo celulartodos os produtores varia muito entre vinhos bons e ruins. Precisamos ter ao menos dez produtoresaposta pelo celularque todos os vinhos sejamaposta pelo celularqualidade e hoje só temos uns cinco", avalia Dirceu.

O brasileiro, que é diretoraposta pelo celularvinhos da importadora e distribuidora Coe Vintners,aposta pelo celularLondres, diz ainda que o preço é outro desafio para o vinho brasileiro competir no exterior.

"Aqui (Londres) paga-se entre £ 8 e £10 (R$ 28 e R$ 36) por um vinho brasileiro, ao passo que encontramos garrafas da Espanha e da França que são melhores e mais baratas", diz ele, acrescentando que o valor do vinho brasileiro no exterior reflete custos com impostos, mãoaposta pelo celularobra e técnicasaposta pelo celularprodução.

"Os vinhedos ficam localizados principalmenteaposta pelo celularencostas, o que torna o cultivo mais caro do queaposta pelo celularplanície, onde podemos usar máquinas", explica.

Saltoaposta pelo celularqualidade

o jornalista Steven Spurrier | Divulgação

O jornalista britânico especializadoaposta pelo celularvinhos Steven Spurrier concorda que há obstáculos às ambições do Brasil para popularizar seu vinho no exterior, mas afirma que desde que começou a visitar as vinícolas brasileiras, há 12 anos, percebeu um "salto tremendo" na qualidade da bebida.

"Os produtores estão entendendo melhor seu terroir (solo propício à plantaçãoaposta pelo celularuvas) e cuidando mais das vinícolas", diz Spurrier à BBC Brasil, que avalia que o vinho brasileiro se assemelha mais ao europeuaposta pelo celularestilo do que o chileno ou o argentino.

"Nas vinícolas do sul do Brasil, o clima é mais parecido com o da Europa do que no Chile. A diferençaaposta pelo celulartemperatura entre dia e noite refresca os vinhos, resultandoaposta pelo celularuma bebida mais equilibrada, com teor alcoólico levemente menor", diz o especialista.

Isso, segundo ele, aumenta as chancesaposta pelo celularaceitação da bebida brasileira no mercado britânico, que é mais receptivo aos vinhosaposta pelo celularmercados emergentes do que França, Itália e Espanha, os três maiores produtores mundiais.

Spurrier prepara uma reportagem sobre a produçãoaposta pelo celularvinhos no Brasil para a ediçãoaposta pelo celularoutubro da revista Decanter, uma das maiores do setor, publicada mensalmenteaposta pelo celular90 países.

"Os brasileiros são os new kids on the block (a novidade do momento,aposta pelo celulartradução livre)", brinca Spurrier, queaposta pelo celular1976 organizou o Julgamentoaposta pelo celularParis, uma competiçãoaposta pelo celularvinhos que ficou famosa ao revelar a superioridadeaposta pelo celularalguns vinhos californianos perante os franceses, algo impensável na época, que ajudou a popularizar o vinho do Estado americano.