Brasil deveria focar menosprognósticos premier betmédicos e maisprognósticos premier betenfermeiras, diz especialista:prognósticos premier bet

Campanha anti-tabagismo - Foto: Marcello Camargo /ABr
Legenda da foto, Especialistas dizem que outros países têm problemas similares aos do Brasil
  • Author, Carolina Montenegro
  • Role, Da BBC Brasilprognósticos premier betGenebra

prognósticos premier bet O Ministério da Saúde brasileiro está focando excessivamente na faltaprognósticos premier betmédicos e deveria seguir o exemploprognósticos premier betpaíses que investiram na formaçãoprognósticos premier betagentes comunitários e enfermeiras como formaprognósticos premier betpreencher gargalos no atendimento à população.

Essa é a opiniãoprognósticos premier betIlona Kickbusch, diretora do Programaprognósticos premier betSaúde Global do Instituto Universitárioprognósticos premier betAltos Estudos Internacionais (IHEID, na siglaprognósticos premier betfrancês),prognósticos premier betGenebra.

A especialista vê o Sistema Únicoprognósticos premier betSaúde (SUS) como "modelo internacional quando o assunto é cobertura universalprognósticos premier betsaúde", mas prevê a necessidadeprognósticos premier betum novo plano nacionalprognósticos premier betsaúde que desenvolva um sistema "mais horizontal, menos focadosprognósticos premier betmédicos, mais participativo, que use tecnologiasprognósticos premier betmaneiras inovadoras e seja mais voltado para prevenção".

"O governo federal precisa agora traçar um plano envolvendo a sociedade civil, as autoridades locais, as associaçõesprognósticos premier betprofissionaisprognósticos premier betsaúde. Assim como aconteceu uma iniciativa histórica para a criação do SUS, é momentoprognósticos premier betuma forte mudança nacional, não bastam atos simbólicos" disse ela à BBC Brasil.

Para Kickbusch, o programa Mais Médicos, que visa levar profissionais para regiões necessitadas e prevê a contrataçãoprognósticos premier betaté 12 mil médicos — que eventualmente poderão ser estrangeiros — tem foco exacerbado nos médicos.

"A questão não é apenas sobre médicos, mas sobre agentesprognósticos premier betsaúde comunitários, enfermeiras e outros profissionaisprognósticos premier betsaúde. Até porque grande parte dos problemasprognósticos premier betsaúde do Brasil hoje são doenças crônicas, para as quais o tratamento ou prevenção não necessariamente necessitamprognósticos premier betum médico", disse.

Experiência escandinava

Ela cita como exemplo a experiência dos países escandinavos, que nos últimos dez anos têm investido crescentemente na ampliação do quadroprognósticos premier betprofissionaisprognósticos premier betsaúde comunitária.

Segundo a especialista, é raro que médicos estejam dispostos a servirprognósticos premier betáreas remotas ou rurais. Estimativas da OMS mostram que a ofertaprognósticos premier betmédicosprognósticos premier betáreas urbanas éprognósticos premier betoito a dez vezes maior que nas zonas rurais.

A ideiaprognósticos premier betobrigar médicos e estudantesprognósticos premier betmedicina a trabalharprognósticos premier betáreas remotas, que está sendo contemplada no Brasil com um projetoprognósticos premier betandamento no Congresso, encontrou resistênciaprognósticos premier betoutros países, como conta Jesse Bump, professor do Departamentoprognósticos premier betSaúde Internacional da Universidadeprognósticos premier betGeorgetown,prognósticos premier betWashington.

"É difícil ter esquemas ou políticas que obriguem os médicos a trabalharprognósticos premier betáreas rurais ou remotas. Alguns países tentaram isso, o Egito foi um deles, mas é muito difícil porque as pessoas têm direitoprognósticos premier betliberdadeprognósticos premier betmovimento, é um assunto delicado".

Países como África do Sul optaram por trazer médicos cubanos ao país, por não conseguirem incentivar médicos a se estabelecerprognósticos premier betáreas rurais.

"Houve muita reclamação das associaçõesprognósticos premier betmédicos sul-africanos,prognósticos premier betque isso iria prejudicar o mercado nacional. Os mesmos argumentos que se ouve hoje no Brasil", diz Bump.

Para o Brasil, na opiniãoprognósticos premier betBump, a eventual opção pela contrataçãoprognósticos premier betmédicos cubanos seria apenas uma solução "para mitigar a situação, por dois ou três anos".

"No longo prazo, é preferível o investimentoprognósticos premier betprofissionais locais. É preciso um plano nacional que preveja a saída dos profissionais cubanos e o que acontecerá depois. A medida dá uma janelaprognósticos premier bettrês a cinco anos para o governo estabelecer uma estratégia nacional que deve incluir a dimensão educacional", complementa Kickbush.

Clínica geral x especialização

A preferência dos profissionais pela especialização — mais rentável —prognósticos premier betdetrimento do atendimento como clínico geral tem sido um problema para o Ministério da Saúde, mas também causa doresprognósticos premier betcabeçaprognósticos premier betoutros países.

Kickbush diz que "ninguém quer ser clínico geral, isso acontece aqui na Suíça, no Quênia, no Brasil,prognósticos premier bettodo lugar". "A profissãoprognósticos premier betmédico hoje valoriza as especializações, há poucos clínicos gerais e eles não são valorizados".

Ela propõe soluções como as implementadas na China, que prevê incentivos para o trabalhoprognósticos premier betáreas rurais.