Imigrantes rumo aos EUA ficam no México e criam desafio para o país:roleta brabet
- Author, Alberto Nájar
- Role, Da BBC Mundo, na Cidade do México
roleta brabet Como muitos imigrantes latino-americanos, Ángel Daniel Martínez e Joel decidiram abandonar seu país natal, Honduras,roleta brabetbuscaroleta brabetuma vida melhor nos Estados Unidos. Mas, ao chegarem ao México, ouviram falar dos sequestros e agressões frequentemente sofridos por quem tenta cruzar a fronteira.
Por isso, decidiram permanecerroleta brabetterritório mexicano. Agora, esperamroleta brabetHuehuetoca, um povoado vizinho à capital do país, Cidade do México, a oportunidaderoleta brabetencontrar um emprego.
Eles mantêm o otimismo, disse Joel à BBC Mundo. "Nós queremos ficar aqui, não pelos papéis (vistos). Queria encontrar um trabalho e conhecer o México", acrescentou.
Eles não são os únicos. Há vários meses, cresce a quantidaderoleta brabetimigrantes da América Central que,roleta brabetvezroleta brabetcruzar a fronteira com os EUA, decidem viver no país.
Até agora, não há estatísticas oficiais sobre o tema, embora organizações civis e autoridades reconheçam que a maioria permanece no Méxicoroleta brabetforma irregular.
Estimativas do Centroroleta brabetEstudos Migratórios do Instituto Nacionalroleta brabetMigração (INM) indicam que a cada ano 120 mil imigrantes centro-americanos entram no México pela fronteira sul do país.
Mas apenas uma parte decide se regularizar. Em 2012, por exemplo, o INM entregou menosroleta brabet10 mil documentos migratórios a centro-americanos.
Guadalajara
A presençaroleta brabettais imigrantes começa a ser notadaroleta brabetcomunidades onde poucas vezes estes haviam chegado ouroleta brabetcidades nas quais estavam apenasroleta brabetpassagem.
É o casoroleta brabetGuadalajara, capital da provínciaroleta brabetJalisco (oeste). Há vários meses, organizações civis fazem um levantamento das dezenasroleta brabethondurenhos e guatemaltecos que dormem nas ruas da cidade.
Eles costumam chegar ao Méxicoroleta brabettrem e ficam,roleta brabetvezroleta brabetcruzar a fronteira com os Estados Unidos. Muitos são abrigadosroleta brabetalbergues, explicou o diretor do Centroroleta brabetAtenção e Desenvolvimento Integral para Pessoasroleta brabetsituaçãoroleta brabetIndigência (CADIPSI), Jorge Ramón López Ramírez.
"Cada vez há mais imigrantes. Não é um fluxo excessivo, mas o número vem aumentando consideravelmente", disse ele à BBC Mundo.
Cercaroleta brabet20% das pessoas que são atendidas pelo CADIPSI sãoroleta brabetHonduras, Guatemala ou El Salvador.
São,roleta brabetmédia, cercaroleta brabet100 novos imigrantes por mês, número que não existia há alguns anos.
Guadalajara tornou-se parteroleta brabetuma das novas rotas migratórias para os centro-americanos que querem cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Por causa da violência na região noroeste do México – controlada por cartéisroleta brabetnarcotraficantes, como o dos Zetas -, muitos atravessam essa região a bordoroleta brabettrens antesroleta brabetrumarem ao norte, onde tentam a sorte na fronteira com os Estados Unidos.
O problema é que essa linharoleta brabettrem cruza áreas desérticas, onde as temperaturas podem alcançar 50° C.
Por essa razão, alguns desses imigrantes acabam permanecendoroleta brabetpovoados e cidadesroleta brabetJalisco, Nayarit, Sinaloa ou Baja California, onde buscam emprego.
Reforma migratória e xenofobia
A recente mudança no fenômenoroleta brabetpessoas que cruzam o México sem vistos preocupa organizações não governamentais, especialmentese a reforma migratóriaroleta brabetdebate nos EUA acabar por fechar a fronteira sul do país.
Caso a reforma seja aprovada, muitos imigrantesroleta brabettrânsito se veriam obrigados a permanecer no México, o que pode gerar novos problemas, disse à BBC Mundo Jorge Andrade, do Colectivo Ustedes Somos Nosotros, grupo formado por professores e estudantes mexicanos que debate temas migratórios.
"Há uma crescente xenofobia nos povoados; esses imigrantes são estigmatizados porque muitos mexicanos já não têm oportunidades", explicou.
Os imigrantes centro-americanos competem por empregos, ou,roleta brabetoutros casos, provocam descontentamento na comunidade porque os albergues onde são abrigados contam com serviços que a população local vem pedindo, sem sucesso, aos governantes.
Nos últimos meses, tem crescido o númeroroleta brabetagressões sofridas pelos imigrantes e também pelos ativistas que os ajudam. Para especialistas, o problema pode crescer caso mais imigrantes cheguem ao país.
Eles, entretanto, não sabem dizer se o México passará por um fenômeno semelhante ao dos Estados Unidos, onde os imigrantes latino-americanos são frequentemente hostilizados.
Segundo analistas, o problema é que o tema está ausente do debate público e isso pode criar um "pesadelo".
"É uma situação que ainda não foi analisada por completo", advertiu Jorge Andrade. "Não sei quais são as medidas que o governo está tomando porque o México sempre foi um paísroleta brabettrânsito migratório. Agora, estamos nos transformandoroleta brabetum paísroleta brabetdestinoroleta brabetimigrantes."