Um crescimento econômico menor e melhor?:betanopt
Antesbetanopt2000, as economias emergentes cresceram 3,6%, mas este percentual mais do que dobrou ao longo da década seguinte. Essas economias tornaram-se mais integradas globalmente e muitos tiveram superávit comercial com EUA e Europa, o que aumentou significativamente as taxasbetanoptcrescimento.
No caso do Brasil, por exemplo, o crescimento médio anual foibetanopt3,3% entre 2000 e 2009, mais que o dobro observado nos anos 90 (1,5%,betanoptmédia), e desempenho que vem sendo repetido entre 2010 e 2013, com expansãobetanoptserviços e estabilidade e queda no segmento industrial.
Bolha da dívida
Mas desde que a crise financeira global começou, parte deste crescimento tem sido alimentado pela dívidabetanoptvezbetanoptexportações. O BancobetanoptCompensações Internacionais estima que a dívida cresceu US$ 33 trilhõesbetanoptdólaresbetanopttodo o mundo desde 2007. Isso é igual à metade da produção anual da economia mundial.
Esta não é a fonte mais sustentávelbetanoptcrescimento, como o Ocidente aprendeu.
Então, quando o crescimento desacelerabetanoptlugares como a China, onde o crédito tem se expandido muito rapidamente, isso não é necessariamente ruim. O desafio é administrar a desaceleração. Já isso não é simples.
O que é evidente é que o comércio é menos um motorbetanoptcrescimento agora para esses países, já que europeus e americanos consomem com moderação.
Isso significa que, para países com grande deficitbetanoptconta corrente (indicador que inclui os fluxosbetanoptdinheiro bem comobetanoptcomércio), como Turquia e México, pode ser mais difícil financiar esses deficit. Significa, também, que ter um mercado interno considerável será ainda mais importante.
Classe média
É por isso que empresas como a Burberry são um indicadorbetanoptonde a demanda está agora. A lojabetanoptroupas britânica chegou a 2 bilhõesbetanoptlibras (R$ 6,8 bilhões)betanoptreceitas pela primeira vez, impulsionada pelo crescimentobetanoptvendasbetanoptdois dígitos na China e outras partes da Ásia.
Apesarbetanoptempresas como Burberry servirem aos mais ricos no mercado consumidor, não deixambetanoptser um indicador do crescimento da nova classe média. Por exemplo, apesarbetanoptas exportações chinesas terem caídobetanoptjunhobetanoptforma mais forte desde que a crise global começou, ebetanoptas importações também registrarem um inesperado declínio, as importaçõesbetanoptbensbetanoptconsumo (categoria na qual a Burberry se enquadra) subiram 8%betanoptrelação a um ano atrás.
Em outras palavras, houve queda na importaçãobetanoptmatérias-primas e bens intermediários. Mas os bens para consumo doméstico aumentaram.
Tal demanda é encontrada principalmentebetanoptgrandes mercados emergentes como China e Índia, com suas populaçõesbetanoptmaisbetanoptbilhõesbetanoptpessoas, mas também na Indonésia e no Brasil, combetanoptpopulaçãobetanoptpouco maisbetanopt200 milhões.
Crise bancária
Claro, a chave é se a classe média está tomando demais emprestado para consumir. Sabe-se que isso pode acabarbetanoptcatástrofe.
Como muitos desses paísesbetanoptdesenvolvimento ainda não são totalmente "bancarizados" - com muitos indivíduos sem conta - e dependembetanoptdinheiro vivo, o problema da dívida é mais corporativo que pessoal. Por exemplo, o crédito concedido pelos bancos privados ébetanoptapenas 25% do PIB na Indonésia, 47% na Índia e 52% no Brasil.
Mas ainda vale a pena se preocupar com a crise bancária, que certamente atrapalha o crescimento.
Se as economias emergentes crescerem 6% como previsto pelo FMI, o mesmo Fundo estima que a economia global estará crescendo a um ritmobetanopt4% até o final do próximo ano, enquanto as economias avançadas poderiam chegar a 2%.
Seria um bom ritmo, mas mais lento do que nos diasbetanoptglória da décadabetanopt2000. E a um ritmo mais sustentável, que teria mais chancebetanoptdurar.