Para analistas, 'espionagem' abala, mas não põefreebetsrisco relação Brasil-EUA:freebets
"O problema é que pode haver algum confrontofreebetsprioridades entre os dois países, já que esse não é um assuntofreebetsprioridade para os Estados Unidos. Tudo vai depender das conversas entre os governos nos próximos dias."
Para o diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, Paulo Sotero, ainda é cedo para avaliar o efeito das alegações, já que Brasil e Estados Unidos ainda estão na fasefreebetstrocar esclarecimentos.
"É óbvio, porém, que a curto prazo, os fatos alegados introduzem um tópico claramente negativo numa agenda ainda rala efreebetsbuscafreebetsengajamentos positivos", diz Sotero.
"Entendimentos ou acordos que envolvam compartilhamentofreebetsinformações, como por exemplo a inclusãofreebetsbrasileiros num programa piloto do Global Entry, oferecida por Washington, ficam obviamente mais difíceis, se é que eram viáveis."
'Contaminação'
O próprio Itamaraty diz que não trabalha com a hipótesefreebets"contaminação"freebetsoutros temas da agenda bilateral pelas denúncias. Enquanto as explicações requisitadas junto ao governo americano não forem recebidas e analisadas, uma fonte disse que o Ministério disse que não vai fazer conjecturas sobre o tema.
Na segunda-feira,freebetsBelo Horizonte, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, elogiou o que descreveu como "disposição para o diálogo" por parte do governo americano.
O embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, se encontrou com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo correspondentes, Shannon criticou as reportagens de O Globo por "apresentar uma imagem do nosso programa (de monitoramento das comunicações) que não é correta".
Mais tarde, Paulo Bernardo disse que Shannon havia negado que os Estados Unidos tenham monitorado ligações e dadosfreebetsinternet no Brasil.
"Ele negou que haja esse monitoramento aqui no Brasil, disse que nunca teve essa centralfreebetsdados aqui e também que não tem nenhum tipofreebetsconvênio com empesas brasileiras para coletar dadosfreebetsterritório brasileiro", disse o ministro,freebetsdeclarações reproduzidas na Agência Brasil.
Para o ministro, não há razão para que as denúncias azedem as relações entre Brasil e Estados Unidos. "Nós vamos trabalhar com muita prudência e tranquilidade".
"Acho que não tem motivo para isso. Por outro lado, temos que ser firmes e exigir transparência. Somos países amigos, mas isso não elimina a necessidadefreebetsexigirmos explicações."
Não faça o que eu faço
As declarações oficiais até agora confirmam a suspeitafreebetsanalistas, para quem o escândalo levará o Brasil a subir o tom contra os Estados Unidos nas instâncias relevantes, mas evitando se confundir com países como a Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Cuba, que ofereceram asilo ao homem que revelou o programa secreto, o ex-agente da CIA Edward Snowden.
"O Brasil sempre caminhou sobre a linha fina entre ser um aliado dos Estados Unidos e pressionar os Estados Unidos e a Europafreebetsinstâncias internacionais. E sob o governo do PT, conseguiu reafirmar afreebetsautonomia sem ir tão longe quanto os países da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas)", disse à BBC Brasil um especialistafreebetstemas brasileiros da American University,freebetsWashington, Matthew Taylor.
"Acredito que isso vai continuar. Muito dessa negociação ocorrerá a portas fechadas e o Brasil deve fazer reprimendas nas instâncias internacionais. Isto (o escândalo) abala a luafreebetsmel, mas não levará a uma separação", compara.
Taylor observa a "ironia"freebetsBrasil e Estados Unidos integrarem um diálogo global sobre transparência governamental e diz que as revelações sobre o alcance da espionagem americana – não apenas no Brasil, mas no mundo – é um "golpe para o prestígio americano" nesse campo.
"Nos últimos três ou quatro anos, o vazamentofreebetsinformações por parte do site WikiLeaks, e agora Snowden, passa a impressãofreebetsque o comportamento dos Estados Unidos não estáfreebetsacordo com o que prega", diz o especialista.
"Para a opinião pública brasileira, ficará a sensaçãofreebetsque os Estados Unidos pedem mais democracia e transparência no mundo, e no entanto, veja como se comportam!"
Legislação global
Após as denúncias, o Itamaraty prometeu levar o caso à União InternacionalfreebetsTelecomunicações (UIT), um órgão da ONU cujo objetivo é promover e aconselhar as práticas internacionais para o setor.
Em nota, o Ministério disse que pretende lançar normas internacionais que "protejam a privacidade dos cidadãos" e ao mesmo tempo "preservem a soberaniafreebetstodos os países".
Atualmente, a organização responsável por estabelecer as regras para o uso da internet é o ICANN, com sede nos Estados Unidos. A entidade controla, por exemplo, os nomesfreebetsdomínios e distribui os númerosfreebetsProtocolosfreebetsInternet (IPs).
Tentativasfreebetsdemocratizar o seu funcionamento não afastaram as acusaçõesfreebetsque o órgão permanece sob influência majoritária do governo americano.
"(Este caso) provavelmente levará a novas discussões sobre como tornar a internet uma plataforma realmente internacional,freebetsoposição a uma plataforma controlada por alguns países desenvolvidos", disse Matthew Taylor.