‘Copa das manifestações’ deixa legado misto para o Brasil:pixbet clássica
- Author, Rogério Wassermann e Caio Quero
- Role, Da BBC Brasil no Riopixbet clássicaJaneiro
pixbet clássica Desacreditada até poucas semanas atrás, a seleção brasileira bateu a campeã mundial Espanha por 3 a 0 na final da Copa das Confederações, disputada na noite deste domingo no estádio do Maracanã, no Riopixbet clássicaJaneiro, para ganhar pela quarta vez o torneio – a terceira seguida.
O "renascimento" da seleção brasileira, que terminou com uma invencibilidadepixbet clássica19 meses da Espanha, é uma das marcas deixadas pela competição, que serve como um teste da preparação do Brasil para sediar a Copa do Mundo do ano que vem.
Do ladopixbet clássicafora dos estádios, o que marcou o torneio foram as manifestações populares que vêm tomando as ruas do país há maispixbet clássicaduas semanas. A competição chegou a ser apelidada por alguns comentaristaspixbet clássica"Copa das manifestações".
Neste domingo, duas manifestações nas proximidades do estádio reuniram entre 4 mil e 5 mil pessoas cada uma para protestar contra os gastos públicos para a construção dos estádios e contra as remoçõespixbet clássicamoradores afetados pelas obras para a Copa do Mundo e da Olimpíadapixbet clássica2016, que acontecerá no Riopixbet clássicaJaneiro.
Apesar das expectativas, os dois protestos reuniram menos pessoas do que a manifestação do dia 20pixbet clássicajunho, quando cercapixbet clássica300 mil manifestantes marcharam pelas ruas do centro da cidade após a partida entre Espanha e Taiti no Maracanã.
Pouco antes do início do jogo deste domingo, integrantespixbet clássicaum grupo que participava da segunda marcha atiraram objetos na direção dos policiais que bloqueavam o acesso ao entorno do Maracanã.
A polícia respondeu com bombaspixbet clássicaefeito moral, gás lacrimogêneo, balaspixbet clássicaborracha e gáspixbet clássicapimenta. Cenaspixbet clássicacorre-corre e tensão tomaram o entorno do Maracanã, e os manifestantes foram obrigados a se dispersar enquanto a polícia avançava.
Gás no estádio
O gás lacrimogêneo disparado pela polícia para conter o pequeno grupopixbet clássicamanifestantes que tentava se aproximar do estádio pôde ser sentido dentro do Maracanãpixbet clássicapelo menos duas ocasiões.
Pouco antes do início da partida, quando era executado o hino do Brasil, alguns torcedores sentados nas fileiraspixbet clássicacima do anel superior do estádio tiveram que colocar suas camisetas sobre as bocas e os narizes para evitar o efeito do gás. Funcionários e voluntários retiravam as pessoas do corredorpixbet clássicacirculação atrás das cadeiras, área mais afetada.
Meia hora depois, o gás voltou a ser sentido no mesmo local, desta vez com menos intensidade. Funcionários das portarias do estádio próximas à área afetada relataram ter sentido os efeitos do gás com grande intensidade. Uma assensorista do elevador localizado na lateral do Maracanã disse ter sido forçada a deixar seu posto após a cabine se encherpixbet clássicafumaça.
Taiguara Souza, membro da Comissãopixbet clássicaDireitos Humanos da OAB do Riopixbet clássicaJaneiro, afirmou que um grupopixbet clássicatrês advogados e outras pessoas foram atingidas por gás lacrimogêneo e spraypixbet clássicapimenta enquanto negociavam com a polícia a saídapixbet clássicaum grupopixbet clássica150 manifestantes que estavam "encurralados"pixbet clássicauma pequena via próximo ao Colégio Militar, que fica perto do Maracanã.
"Parece que a intenção era reprimir e não dispersar", disse o advogado. A Comissãopixbet clássicadireitos humanos da OAB, assim como membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, acompanharam a passeata para tentar coibir eventuais abusos.
De acordo com a Polícia Militar, no entanto, um representante do Núcleopixbet clássicaDefesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública afirmou que o confronto começou quando manifestantes atiraram "bombaspixbet clássicagás e pedras contra os policiais".
A maior parte dos manifestantes acabou se dispersando pela região e diversos bloqueios da polícia foram formadospixbet clássicaavenidas nas proximidades do estádio. Perto da Praça Varnhagen, torcedores que assistiam à partidapixbet clássicaum bar chegaram a ser chamadospixbet clássica"alienados" por um grupo manifestantes.
Pouco depois do início do segundo tempo, um grupo menorpixbet clássicamanifestantes voltou a se concentrar no cruzamento da avenida Maracanã com a avenida São Francisco Xavier, mas não houve grandes confrontos, apenas conflitos isolados.
Ao final do jogo, torcedores que saíam do estádio se deparavam com a forte presença policial e ruas com pedras e cápsulas dos armamentos não letais utilizados nos confrontos. Mesmo assim, a saída da maior parte foi tranquila.
'O campeão voltou'
Dentro do campo, Neymar, Fred, Júlio César e companhia conseguiram reverter o favoritismo espanhol e garantir o título ao Brasil.
A torcida, que mais uma vez cantou o hino brasileiro até o final, mesmo após o término do trecho executado pelo sistemapixbet clássicasom do estádio, apoiou a equipe do início ao fim, gritando "O campeão voltou".
O Brasil começou o torneio na 22ª posição no ranking da Fifa,pixbet clássicapior posição da história, e vinha desacreditado com uma sériepixbet clássicamaus resultadospixbet clássicaamistosos. Até uma semana antes do torneio, o Brasil havia feito seis amistosos no ano, com uma derrota, quatro empates e apenas uma vitória.
A vitóriapixbet clássica3 a 0 sobre a França num amistosopixbet clássicaPorto Alegre, seis dias antes do início da Copa das Confederações, marcou o início da virada. Foi a primeira vitória do Brasil sobre uma seleção campeã do mundo desde dezembropixbet clássica2009.
Na Copa das Confederações, foram cinco vitóriaspixbet clássicacinco jogos, sendo três sobre campeões mundiais ─ Itália, Uruguai e Espanha. A seleção marcou 14 gols no torneio e sofreu apenas 3. Para completar, o atacante Neymar foi eleito o melhor jogador da competição.
A Espanha, líder do ranking da Fifa desde outubropixbet clássica2011, havia vencido quase todos os torneios que disputou desde 2008. O único grande torneio que falta ao país é justamente a Copa das Confederações.
A vitória do Brasil neste domingo aumentou o retrospecto positivo da seleção brasileira sobre a Espanha. Com a final da Copa das Confederações, são nove partidas, com cinco vitórias brasileiras, duas espanholas e dois empates.
Esta foi a segunda vez que as duas equipes se enfrentaram no estádio do Maracanã. Na primeira Copa do Mundo disputada no Brasil,pixbet clássica1950, a partida terminou 6 a 1 para o Brasil.
O fim da Copa das Confederações, no entanto, também deixa no ar diversas questões para os líderes políticos brasileiros, um dos principais alvos dos protestos populares contra os gastos públicos da Copa, ao lado da Fifa.
O torneio começoupixbet clássicaBrasília com uma vaia da plateia presente no estádio Mané Garrincha contra a presidente Dilma Rousseff. Neste domingo, ela preferiu se ausentar, apesar da expectativa dos dirigentes da Fifa sobrepixbet clássicapresença.