Contraste entre estádio e rua marca vitória do Brasilbetano br entrarFortaleza:betano br entrar

Manifestante participabetano br entrarprotesto próximo ao Castelão,betano br entrarFortaleza (foto: AP)
Legenda da foto, Tranquilidade dentro do Castelão contrastou com protestos e tumultos do ladobetano br entrarfora

Entre os 60 mil torcedores dentro do estádio, havia um marbetano br entrarcamisas amarelas do Brasil, algumas poucas centenasbetano br entrarcamisas verdes do México e apenas um punhadobetano br entrarcartazes com apoio às manifestações.

Os organizadores do protesto haviam pedido para que os torcedores levassem para dentro das arenas da Copa das Confederações as manifestações que vêm marcando a competição do ladobetano br entrarfora.

Medo

O protesto popular, concentrado numa das barreiras policiais ao redor do Castelão, a três quilômetrosbetano br entrardistância do estádio, chegou a assustar alguns torcedores. Eles tiveram que atravessar a manifestação e o cordãobetano br entrarisolamento da polícia para chegar à arena, depoisbetano br entrarcaminhar por maisbetano br entrarmeia hora sob o sol escaldantebetano br entrarFortaleza a uma temperaturabetano br entrar30 graus.

"Deu um poucobetano br entrarmedobetano br entrarpassar pelos manifestantes, mas eles foram respeitosos e estavam deixando os torcedores passar", disse à BBC Brasil o vendedor mexicano Juan José Ghibesi,betano br entrar30 anos, que está acompanhando os três jogos da seleçãobetano br entrarseu país na Copa das Confederações.

Ghibesi já havia assistido ao jogo entre México e Itália no domingo, no Riobetano br entrarJaneiro, mas disse que não chegou a ver as manifestações que também ocorreram nas proximidades do Maracanã antes daquela partida. "Não esperava encontrar um protesto desses pela frente", disse.

Vestido com roupas típicas mexicanas, incluindo um sombrero gigante, e carregando uma enorme bandeirabetano br entrarseu país, o comerciante Amancio Vilchis,betano br entrar51 anos, lamentou a realização dos protestos. "Nós viemos aqui nos divertir, mas temos que enfrentar essas dificuldades", comentou.

Apesar disso, ele afirmou que os brasileiros têm sido amáveis com ele e que os problemas maiores têm sidobetano br entrarorganização e faltabetano br entrarinformações. "Estou vendo a mesma desorganização aqui que havia na Copa do Mundo da África do Sul", disse ele, que já havia acompanhado a seleção mexicana no último mundial,betano br entrar2010.

Vilchis disse já ter desistidobetano br entrarseu planobetano br entraracompanhar novamente uma Copa do Mundo, no ano que vem. "Tive muitos problemas, esperei quatro horas no aeroporto do Rio para retirar meus ingressos, perdi meu voo no Rio por faltabetano br entrarinformações e estou achando tudo muito caro. Acho que na Copa do Mundo vai ser ainda pior e tudo estará mais caro ainda", afirmou.

'Miséria'

Torcedores fazem protesto dentro do Castelão
Legenda da foto, Pequeno grupobetano br entrartorcedores faz protesto dentrobetano br entrarestádiobetano br entrarjogo do Brasil

Do lado dos manifestantes, muitos faziam questãobetano br entrarafirmar que os protestos não eram contra a realização da Copa no Brasil, mas contra o usobetano br entrarverbas públicas para as obras relacionadas ao torneio - enquanto muitos serviços públicos sofrem com faltabetano br entrarinvestimentos.

"A gente pode viver sem a Copa, mas não sem saúde e educação. Ninguém aqui é contra a Copa, mas sim contra os gastos públicos para a Copa, que são um desrespeito à população", disse o porteiro José Armando Gomes ,betano br entrar37 anos.

Para o ambulante Gutnir Guimarães,betano br entrar35 anos, a realização da Copa do Mundo no Brasil "só serve para roubarem dinheiro". "Enquanto isso, não temos investimentos no nosso país e o povo vive na miséria nas áreas da saúde e da educação", afirmou.

Entre os torcedores brasileiros, muitos se diziam solidários com os protestos, mas preferiram cumprir com a determinação da Fifa, responsável pela Copa das Confederações e pela Copa do Mundo,betano br entrarnão permitir manifestações políticas dentro dos estádios.

Outros se diziam céticos com as manifestações. "O Brasil não se tornou corrupto por causa da Copa. Já havia corrupção antes e vai haver depois", afirmou o médico Átila Campos,betano br entrar39 anos, enquanto caminhava para o Castelão com a mulher, a também médica Vivian Cristine Campos,betano br entrar36 anos.

Para Átila Campos, a preparação da Copa trouxe também alguns benefícios. "Em cinco meses, a prefeitura alargou e ampliou esta avenida ao lado do estádio. Isso não teria acontecido se não fosse a Copa", disse. Ainda assim, ele observa que é justo que as pessoas “briguem para que, assim como liberaram verbas rapidamente para a Copa, liberem para a saúde, para a educação, para todo o resto”.

Apoio à seleção

Dentro do Castelão, os torcedores novamente enfrentaram os problemas já verificados no jogo anterior do Brasil, como longas filas nas lanchonetes, faltabetano br entrarcomida e bebida e telefonia instável.

Durante o jogo, os torcedores brasileiros manifestaram um grande apoio à seleção brasileira, que correspondeu com uma vitória relativamente tranquila contra a maior pedra no sapato do Brasil na última década.

Desde 2001, as duas seleções haviam se enfrentado 11 vezes, com seis vitórias do México e apenas três do Brasil. Nenhuma outra seleção ganhou tanto do Brasil nesse período.

No sábado, a seleção brasileira volta a campo, desta vezbetano br entrarSalvador, para enfrentar a Itália na última rodada da fasebetano br entrarclassificação da Copa das Confederações.

Mais uma vez, as atenções devem estar divididas entre a atuação da equipe dentrobetano br entrarcampo e os arredores do estádio Fonte Nova, onde são esperados novos protestos.