Brasileiro é preso acusadozonabet303atirar pedraszonabet303soldados israelenses:zonabet303

Majd Hamad (Foto: arquivo pessoal da família Hamad)
Legenda da foto, Majd Hamad, 15 anos, é filhozonabet303brasileirazonabet303Goiás que se mudou para a Cisjordânia há 17 anos

zonabet303 O adolescente Majd Hamad,zonabet30315 anos, filhozonabet303uma brasileira e que vinha sendo procurando pelo Exército israelense sob acusaçãozonabet303jogar pedras contra as tropas, se entregou neste domingozonabet303uma delegaciazonabet303polícia na Cisjordânia.

Acompanhado pela mãe, Najat Hamad, que nasceuzonabet303Goiás, e pelo ministro-conselheiro do escritóriozonabet303Representação do Brasilzonabet303Ramallah, João Marcelo Soares, ele chegou pela manhã ao posto policial Binyamin, pertozonabet303Ramallah.

Após cercazonabet303uma horazonabet303interrogatório, durante o qual as autoridades não permitiram a presença da mãe ou do diplomata, Majd ficou detido no local e,zonabet303lá, deverá ser transferido para a prisãozonabet303Ofer.

De acordo com a mãe, "quando saiu do interrogatório, estava muito nervoso e com olhos vermelhos, mas não me deixaram falar com ele".

O adolescente é acusadozonabet303jogar pedras contra soldados israelenses durante uma manifestação no dia 11zonabet303abril, nas proximidades do vilarejozonabet303Silwad, onde mora.

Najat Hamad, nascida na cidadezonabet303Anápolis, afirma que seu filho não participou da manifestaçãozonabet303questão.

"Naquele dia, eu e meu marido decidimos não deixar Majd sairzonabet303casa, pois a situação estava tensazonabet303Silwad, depois que colonoszonabet303um assentamento próximo espancaram um agricultor palestino", disse a mãe à BBC Brasil.

Segundo o porta-voz do Exército israelense, capitão Barak Raz, "o Exército não prende ninguém à toa. Se foi preso, é sinalzonabet303que há provas contra ele", disse citando a possibilidadezonabet303haver vídeos, fotos ou depoimentos envolvendo o nome do adolescente.

Buscas

De acordo com o relato da mãe, soldados israelenses invadiram a casa da familia às 2 horas da manhã do sábado (13).

"A familia inteira estava dormindo quando ouvimos batidas muito fortes na porta", disse a brasileira. "Minha filhazonabet30313 anos foi abrir e se deparou com um grupozonabet303soldados com fuzis apontados para a cabeça dela."

"Eles entraram rapidamente e começaram a revistar a casa. Reuniram a nossa família na sala e começaram a procurar nos quartos", disse a mãe.

"Eu tinha certezazonabet303que eles estavam procurando meu marido e fiquei muito surpresa quando um dos soldados me disse que vieram prender Majd."

Majd Hamad e o diplomata João Marcelo Soares (Foto: arquivo pessoal da família Hamad)
Legenda da foto, João Marcelo Soares (dir.) acompanhou o adolescente ezonabet303mãe à delegacia na Cisjordânia

"Eu disse a ele que Majd tinha ido dormir na casazonabet303parentes e que ele é muito pequeno, só tem 15 anos", afirmou.

Ao fim da operaçãozonabet303busca, a mãe prometeu aos militares que entregaria seu filho às autoridades israelenses neste domingo.

Fiança

O diplomata brasileiro João Marcelo Soares, que acompanhou a apresentação do adolescente à delegacia, disse à BBC Brasil que "as autoridades israelenses me informaram que os interrogatórios ainda estãozonabet303curso e, ao final, haverá uma decisão sobre o pedidozonabet303libertação sob fiança".

"Caso o pedido seja negado, amanhã (segunda-feira), os menores serão levados a um tribunal militar, que deverá reconsiderar o pedido", acrescentou.

Majd Hamad foi preso juntamente com mais quatro colegas da mesma classe, todoszonabet30315 ou 16 anos.

Sua mãe, Najat Hamad, que mudou-se para a Cisjordânia há 17 anos, disse que "não esperava que aqui prendessem crianças desse jeito".

"O que são pedras diante das metralhadoras e dos veículos blindados do Exército israelense?", perguntou.

O Exército israelense define o lançamentozonabet303pedras como "atentados terroristas que podem matar".

Unicef

Em março, o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) publicou um relatório acusando Israelzonabet303violar os direitoszonabet303crianças e adolescentes palestinos presos.

O relatório afirma que "menoreszonabet303idade palestinos detidos por militares israelenses são sujeitos a maus tratos que violam a lei internacional".

De acordo com o Unicef, a cada ano cercazonabet303700 menores palestinos, entre 12 e 17 anos, são interrogados e detidos pelo Exército, pela polícia e por agenteszonabet303segurançazonabet303Israel.

Segundo o presidente da Associação dos Prisioneiros Palestinos, Kadura Farez, atualmente há cercazonabet303200 menores palestinos presoszonabet303cadeias israelenses.

Farez disse à BBC Brasil que, nas cadeias israelenses, os menores "têm o mesmo tratamento que os adultos, não há prisões especiais para as crianças".