Com reforma do Judiciário, Kirchner quer 'controle total', diz oposição:pokerstars manipulado

Cristina Kirchner com juiz da Suprema Corte (AFP)
Legenda da foto, Oposição acusa Cristina (acima, com juiz do Supremo)pokerstars manipuladobuscar o controle dos três poderes

pokerstars manipulado A proposta da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, para reformar o Judiciário foi duramente criticada pela oposição e especialistaspokerstars manipuladoDireito.

Na última segunda-feira, a presidente anunciou um pacotepokerstars manipuladoseis projetospokerstars manipuladolei para "democratizar a justiça", e na quarta-feira,pokerstars manipuladoprotesto, a oposição não compareceu ao primeiro debate das medidas no Congresso Nacional.

O argumento dos opositores foi opokerstars manipuladoque a reforma será aprovada "como quer o governo", que conta com maioria dos votos no Parlamento.

"O governo não nos ouve, não aceitará uma vírgulapokerstars manipuladomudança nos textos e aprovará essa medida, por seu desejopokerstars manipuladoter o controlepokerstars manipuladotodos os poderes do país", disse o senador Ernesto Sanz, do partido opositor União Cívica Radical (UCR).

As declarações dos opositores,pokerstars manipuladoum dos salões do Congresso, foram transmitidas ao vivo por algumas emissoraspokerstars manipuladotelevisão. Sem a oposição,pokerstars manipuladopoucas horas a bancada governista, reunida na Frente para a Vitória (FPV), apoiou as primeiras medidas que deverão começar a ser votadas na próxima quarta-feira, no plenário, segundo a imprensa local.

"Reforma 'Express'", escreveu o jornal Clarin - crítico do governo - empokerstars manipuladoedição online.

Os projetospokerstars manipuladolei incluem a reforma no chamado Conselho da Magistratura, responsável pela seleção e controle dos juízes, cujos integrantes passariam a ser eleitos por voto popular.

O pacote prevê ainda a criaçãopokerstars manipuladotrês novas câmaraspokerstars manipuladocassação judicial e a imposiçãopokerstars manipuladolimites para recursos, como os que têm sido usados pelo grupo Clarín para reagir à chamada Leipokerstars manipuladoAudiovisual (que restringe a participaçãopokerstars manipuladoempresas no setorpokerstars manipuladomídia).

Democracia e Justiça

O ministro da Justiça, Julio Alak, justificou o pacotepokerstars manipuladoreforma do Judiciário dizendo que ele contribuirá para fortalecer a democracia no país.

"Queremos ter um Judiciário mais eficiente, que resolva os litígios com maior rapidez e as questõespokerstars manipuladoque os cidadãos comuns reclamam diariamente", afirmou o ministro diante das câmeraspokerstars manipuladotelevisão. "A conquista da democracia nunca foi fácilpokerstars manipuladonenhum país da América Latina, incluindo a Argentina".

A ideia foi rejeitada pelo especialistapokerstars manipuladoConstituição Daniel Sabsay. "A reforma não contribui para a democracia. Ao contrário, aumentará o peso do governo nas decisões (da Justiça)", disse, à rádio Mitre.

"Ao criar novas instâncias, o governo estará reduzindo o papel da Suprema Corte, que tem atuado com grande independência. Além disso, o voto popular (que elegerá o novo Conselho da Magistratura) não parece que será transparente, já que os nomes dos candidatos acabará saindopokerstars manipuladouma lista comum com candidatos a legisladores."

Polêmicas

A reforma vem se somar a outros temas que têm gerado divergências entre governo e oposição, a começar pelo debate sobre as contestadas mediçõespokerstars manipuladoíndicespokerstars manipuladoinflação epokerstars manipuladopreços.

O governo passou a multar economistas que divulgam dados paralelos do indicador, e parlamentares da oposição passaram a informar o número mensalmente. O percentual paralelo costuma ser até maispokerstars manipuladoduas vezes maior que o oficial, do INDEC (equivalente ao IBGE).

A polêmicapokerstars manipuladotorno da reforma do Judiciário surge também quando o governo aplica medidas para tentar conter a inflação, como o congelamentopokerstars manipuladopreços dos combustíveis durante seis meses. "Congelaram preços dos alimentos e agora congelam preços dos combustíveis. Já vimos medida assim na Argentina. Só servirão para gerar mais inflação", afirmou o ex-ministro da Economia, Martín Lousteau.