Muitas armas e poucas mortes: por que Noruega e Finlândia estão na contramão dos EUA:365 futebol

O número365 futebolcrianças mortas por armas365 futebolfogo é 36,5 vezes maior nos EUA,365 futebolcomparação com muitos outros países365 futebolalta renda, incluindo Áustria, Austrália, Suécia, Inglaterra e País365 futebolGales,365 futebolacordo com uma análise publicada recentemente pelo New England Journal of Medicine.

Nos últimos anos, pesquisas internacionais também provaram conclusivamente que níveis mais altos365 futebolposse365 futebolarmas estão intimamente associados a taxas mais altas365 futebolviolência armada.

Uma auditoria365 futeboltodos os 50 estados dos EUA feita pelo Center for American Progress, organização365 futebolpesquisa e defesa365 futebolpolíticas públicas365 futeboltendência democrata, encontrou uma estreita correlação entre os estados com as leis365 futebolarmas mais duras e os estados com as menores taxas365 futebolcrimes com armas.

Enquanto isso, uma pesquisa internacional comparou as leis nacionais365 futebolarmas, as taxas365 futebolposse365 futebolarmas365 futebolfogo e as taxas365 futebolviolência armada. Os resultados são impressionantes, como sugere o gráfico abaixo:

Taxas365 futebolcrimes com armas365 futebolfogo

Curiosamente, as sociedades europeias com taxas365 futebolposse365 futebolarma próximas às dos EUA,365 futeboltermos365 futebolproprietários365 futebolarmas para cada 100 pessoas (mas com rifles e espingardas365 futebolcaça,365 futebolvez365 futebolpistolas), como a Finlândia e a Noruega, estão entre as sociedades mais seguras internacionalmente365 futebolrelação à violência armada.

Os pesquisadores falam sobre culturas365 futebolarmas "civilizadas" e "descivilizatórias" — culturas365 futebolque a posse365 futebolarmas está associada a valores tradicionais365 futebolrespeito e responsabilidade, e outras365 futebolque a disponibilidade365 futebolarmas365 futebolgrande parte capacita os criminosos e desequilibrados, aumentando a violência e o caos.

Altos níveis365 futebolcoesão social, baixas taxas365 futebolcriminalidade e altos níveis365 futebolconfiança na polícia e nas instituições sociais internacionalmente parecem reduzir os níveis365 futebolhomicídio por arma365 futebolfogo.

O outro lado desta descoberta, no entanto, é que365 futebolpaíses com alta taxa365 futebolposse365 futebolarmas, como Finlândia, Suécia e Suíça, há taxas significativamente mais altas365 futebolsuicídio usando armas365 futebolfogo.

O Reino Unido e o Japão, com algumas das leis365 futebolarmas mais rígidas do mundo, sempre registram as taxas mais baixas365 futebolhomicídio por arma365 futebolfogo, principalmente365 futebolvirtude365 futebolsua praticamente proibição365 futebolpistolas, a arma preferida dos criminosos.

Em contrapartida, o número365 futebolmortos nos recentes massacres nos EUA foi muito exacerbado pelos autores terem usado rifles365 futebolassalto, com carregadores365 futebolmunição maiores e capacidade365 futeboldisparo rápido.

A sociedade como fator

Como resultado do novo foco internacional na pesquisa365 futebolcontrole365 futebolarmas (houve uma época365 futebolque a única pesquisa acadêmica sobre armas365 futebolfogo ocorria nos EUA, e grande parte dela era financiada, direta e indiretamente, pela Associação Nacional do Rifle, um dos grupos365 futebolinteresse mais influentes da política americana), questões mais amplas ficaram sob os holofotes.

Os pesquisadores começaram a se concentrar menos na arma como uma variável independente e,365 futebolvez disso, começaram a abordar os contextos e as diferentes culturas365 futeboluso365 futebolarmas365 futebolfogo.

Também começaram a reconhecer, como os criminologistas sempre souberam, que a introdução365 futebolnovas leis raramente muda algo por si só — os criminosos infringem as leis.

Os pesquisadores365 futebolarmas agora se concentram cada vez mais365 futebol"regimes365 futebolcontrole365 futebolarmas" mais amplos, que têm um papel importante a desempenhar no aumento ou redução dos níveis365 futebolviolência armada.

Estes regimes incluem sistemas365 futebolpoliciamento e justiça criminal, sistemas365 futebolresponsabilidade política, redes365 futebolsegurança social, oferta educacional abrangente e culturas365 futebolconfiança.

E, como o gráfico acima sugere, embora os EUA sejam vistos como a cultura365 futebolarmas mais excepcional entre as nações democráticas ricas,365 futeboltermos365 futeboltaxas365 futebolmortalidade, eles são ofuscados por muitas outras sociedades mais pobres e mais conflituosas, como a África do Sul, Jamaica e Honduras.

As tentativas nos EUA365 futebolenfrentar os massacres, mas sem restringir a posse365 futebolarmas nos últimos anos, incluem o aumento da vigilância — especialmente365 futebolescolas365 futebolque alunos, pais e professores fazem parte365 futeboluma rede que fica365 futebololho365 futebolcolegas e alunos. Eles procuram sinais365 futebolproblemas e são capazes365 futebolsoar o alarme.

De forma mais ambiciosa, o Violence Project buscou compilar perfis365 futebolevidências, aprendendo com o que já sabemos sobre assassinos violentos e tentando prever até onde seu comportamento, engajamento nas redes sociais e declarações podem acender o alerta.

No entanto, a evidência agora é indiscutível365 futebolque mais armas365 futebolum determinado país se traduz diretamente365 futebolmais violência armada.

É significativo que a reação imediata ao massacre na escola365 futebolUvalde tenha se concentrado365 futebolquestões limitadas à segurança escolar e a um aparente atraso na intervenção policial,365 futebolvez365 futebolnos vários fatores subjacentes que tornam os EUA um lugar comparativamente perigoso para as crianças.

*Peter Squires é professor365 futebolcriminologia e políticas públicas da Universidade365 futebolBrighton, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no site365 futebolnotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).

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