Genocídiobonus boas vindas blazeRuanda: 'Perdoei o assassino do meu marido e nossos filhos se casaram':bonus boas vindas blaze

Em poucas horas, milharesbonus boas vindas blazehutus, doutrinados por décadasbonus boas vindas blazepropaganda que estimulava ódio, iniciaram assassinatos organizados - voltando-se contra seus vizinhos tutsisbonus boas vindas blazetodo o país.

Um deles era Gratien Nyaminani, cuja família vivia perto da casabonus boas vindas blazeBernadettebonus boas vindas blazeMushaka, no oestebonus boas vindas blazeRuanda. As duas famílias erambonus boas vindas blazefazendeiros.

Depois que os massacres terminaram, com um grupo rebelde tutsi tomando o poder, centenasbonus boas vindas blazemilharesbonus boas vindas blazepessoas acusadasbonus boas vindas blazeenvolvimento nos assassinatos foram detidas.

Gratien foi preso e mais tarde julgado por um tribunal comunitário, conhecido como gacaca, criado para lidar com suspeitosbonus boas vindas blazeparticipação no genocídio.

Nessas audiências semanais, as comunidades tiveram a chancebonus boas vindas blazeencarar acusados e ouvir e depor sobre o que aconteceu - e como aconteceu.

Em 2004, Gratien contou a Bernadette como ele havia matado seu marido e se desculpou. Na mesma audiência, ela escolheu perdoá-lo.

Isso significava que ele não teve que cumprir uma penabonus boas vindas blaze19 anosbonus boas vindas blazeprisão, mas uma sentençabonus boas vindas blazeserviço comunitáriobonus boas vindas blazedois anos.

'Eu queria ajudar'

Durante os 10 anosbonus boas vindas blazeque esteve detido antesbonus boas vindas blazeseu pedidobonus boas vindas blazedesculpas público,bonus boas vindas blazefamília tentou fazer as pazes com Bernadette e seu filho Alfred, que tinha cercabonus boas vindas blaze14 anos quando seu pai foi morto.

A filhabonus boas vindas blazeGratien, Yankurije Donata, que tinha cercabonus boas vindas blazenove anos na época do genocídio, começou a ir até a casabonus boas vindas blazeBernadette e ajudar na casa.

"Decidi ajudar a mãebonus boas vindas blazeAlfred a fazer tarefas domésticas e da fazenda porque ela não tinha mais ninguém para ajudá-la, já que meu pai era o responsável pela morte do marido dela", disse Yankurije à BBC.

"Acho que Alfred se apaixonou por mim quando eu estava ajudando a mãe dele."

Bernadette ficou emocionada combonus boas vindas blazeconsideração: "Ela me ajudou sabendo bem que o pai dela matou meu marido. Ela sabia que eu não tinha ajuda porque meu filho estava no internato. Eu amei seu afeto e o seu comportamento - é por isso que não recusei que ela se tornasse a esposa do meu filho."

Mas para Gratien não foi tão simples - ele ficou cético, inicialmente, quando soube da propostabonus boas vindas blazecasamento.

"Ele ficava se perguntando como e por que uma família que ele machucou tanto gostariabonus boas vindas blazeestar ligada àbonus boas vindas blazefilha", disse Yankurije.

Por fim, ele ficou convencido e abençoou a união. Bernadette demonstrava que não tinha nenhum problemabonus boas vindas blazerelação a Yankurije.

"Eu não tinha nenhum ressentimentobonus boas vindas blazerelação à minha nora por causa das ações do pai dela", diz Bernadette. "Eu sentia que ela poderia ser a melhor nora para mim porque me entendia melhor do que ninguém. Eu convenci meu filho a se casar com ela."

O casal se casou na igreja católica localbonus boas vindas blaze2008.

Foi onde Gratien confessou diante da congregação depoisbonus boas vindas blazecompletar seu serviço comunitário dois anos antes - buscando perdão.

'Sem reconciliação, sem comunhão'

A igreja tem estado no centro dos esforços para juntar as comunidades na área.

O padre Ngoboka Theogene, da Diocesebonus boas vindas blazeCyangugu, diz que as pessoas abraçaram o programabonus boas vindas blazereconciliação. Várias outras denominações vêm trabalhando com iniciativas semelhantes.

As igrejas percebem que as pessoas não têm escolha a não ser viver juntas, então muito melhor fazê-lobonus boas vindas blazepaz e compreensão.

"Aqueles acusadosbonus boas vindas blazecrimesbonus boas vindas blazegenocídio não podem receber o sacramento até que se reconciliem com a famíliabonus boas vindas blazesuas vítimas", explica o padre Ngoboka.

A reconciliação final acontecebonus boas vindas blazepúblico, uma ocasiãobonus boas vindas blazeque acusado e vítimas estão juntos.

"A vítima estende as mãos para o acusadobonus boas vindas blazesinalbonus boas vindas blazeperdão", diz ele.

Um evento recentebonus boas vindas blazeMushaka marcou os 28 anos do genocídio e promoveu maneirasbonus boas vindas blazecomunidades coexistirem. Pouco antes, Gratien havia morrido.

"Quando falamosbonus boas vindas blazemudança, não se tratabonus boas vindas blazemudar a cor da pele, mas mudar o caráter", disse o organizador do evento, Apiane Nangwahabo, da paróquiabonus boas vindas blazeMushaka.

"Uma mudança nos sentimentos é importante antesbonus boas vindas blazedecidir viver uma vida santa."

Foi aqui que Bernadette falou sobre o casamento do filho com a filha do assassino do marido.

"Eu amo tanto minha nora e não sei como eu teria sobrevivido se ela não estivesse aqui para me ajudar depois que meu marido morreu."

Ela diz que está comovida por ver que a históriabonus boas vindas blazeamorbonus boas vindas blazeAlfred e Yankurije estimulou muitos outros a buscarem e oferecerem perdão.

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