Casomãe presa após filho ser morto por namorado abre polêmica nos EUA:
Uma mulher norte-americana que teve o filho assassinado por seu ex-namorado foi condenada a 16 mesesprisão. No momento do crime, ela estava trabalhando, mas o júri considerou que a mãe "falhou na proteção da criança" contra o agressor.
Rebecca Hogue,29 anos, foi condenadaprimeiro graunovembro do ano passado pelo assassinatoseu filho Jeremiah Ryder Johnson,dois anos. A família é do estado americanoOklahoma.
O júri recomendou que ela fosse condenada à prisão perpétua, mas o juiz suspendeu a sentença para 16 meses. Isso significa que ela ainda vai ficar 13 meses na prisão, por causa do tempoque ela já cumpriu.
Sobre a sentença, Rebecca Hogue disse que faria qualquer coisa para voltar e evitar a morteseu filho.
"Eu estava tão orgulhosater uma criança tão bonita, forte, inteligente e saudável", disse Hogue,acordo com o jornal Norman Transcript,Oklahoma.
"Nos últimos dois anos, a única coisa que me trouxe paz é que o homem que fez isso está morto. Eu sei que meu filho está no céu e que ele [o ex-namorado Trent] não está nem perto dele."
Ao sentenciar Hogue, o juiz Michael Tupper disse que ela "não merecia morrer na prisão".
"Você não é um monstro", disse o juiz. "Você tem valor."
O casoHogue chamou a atenção da mídia egruposdireitos das mulheres depois que ela foi acusadaassassinatoprimeiro grau sob a controversa lei"falhaproteção" do estadoOklahoma.
Segundo a legislação, os pais que não protegem seus filhos do abuso infantil podem ser acusados dos mesmos crimes que o agressor, inclusive com penas como prisão perpétua.
Ryder foi encontrado mortojaneiro2020. Hogue encontrou o filho desacordado ao chegarcasa depoisum turnotrabalho12 horasum bar. Seu namorado, Christopher Trent, havia desaparecido.
Imagenscâmeras carregadas por socorristas naquele dia mostram a mãe tentando aplicar os primeiros socorros na criança, que foi declarada morta ao chegar ao hospital.
Quatro dias após a morteRyder, a polícia encontrou o corpoTrent nas Montanhas Wichita após um aparente suicídio. As palavras "Rebecca é inocente" foram esculpidasuma árvore próxima.
O relatório do legista concluiu que a causa da morteRyder decorreuum "traumatismo causado por um objeto contundente", e os promotores disseram que estava claro que Trent havia matado a criança.
Hogue disse que não tinha ideiaque o namorado estava abusandoseu filho até a morte do menino, embora ela tenha notado dias antes que a criança tinha ferimentos leves e sem explicação.
Os promotores disseram que Hogue procurou no telefone do namorado sinaisalertaque a criança poderia estar sendo abusada, sugerindo que ela sentiu que seu filho poderia estarperigo. Esses fatos foram apontados pela Promotoria para a apontar a "folha na proteção", porque, na tese deles, ela poderia saber dos abusos e não fez nada para impedi-los.
Porém, o júri foi impedidover uma imagem da árvore esculpida com a confissão do namorado durante o julgamento, pois o tema foi considerado um boato.
Os jurados também não puderam ouvir uma gravação do detetive principal da investigação dizendo que duvidava que a mulher tivesse cometido o crime. Na gravação, obtida pela BBC, o policial admite queequipe não tinha provas suficientes para acusar Hogue"não proteger" o filho do crimehomicídio.
O advogadoHogue, Andrew Casey, disse à BBC que a família estava "incrivelmente aliviada" com a "justa sentença".
"Estamos com o coração partido que este caso tenha chegado tão longe e estamos sinceramente frustrados por essa acusação ter chegado ao tribunal", disse ele.
"Estamos gratos por termos Rebeccavolta para nós novamentebreve."
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