Ômicron é o fim da pandemia ou levará hospitais ao colapso? As dúvidas que ainda permanecem sobre nova variante:bwin free money

Ilustraçãobwin free moneyum vírus ebwin free moneycadeiasbwin free moneyDNA

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A variante ômicron está causando uma quantidadebwin free moneynovos casosbwin free moneycovid que ainda não tinha sido vista desde o início da pandemia

Para ter ideia, só na primeira semanabwin free moneyjaneiro foram maisbwin free money15 milhõesbwin free moneynovos casosbwin free moneytodo o mundo, um recorde até agora. Antes do surgimento da ômicron, o número mais elevado registrado ficou na casa das 5 milhõesbwin free moneyinfecçõesbwin free moneysete dias, lábwin free moneyabrilbwin free money2021.

Se, por um lado, o potencialbwin free moneyalastramento logo levantou grande preocupação, por outro, as observaçõesbwin free moneyque essa nova variante estaria por trásbwin free moneyquadros mais leves e uma menor taxabwin free moneyhospitalizações e mortes, especialmente entre vacinados com três doses, trouxe um poucobwin free moneyalívio.

Embora essa observaçãobwin free moneyum quadro menos complicado possa ser encarada como uma boa notícia, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil pedem cautela: mesmo se a ômicron estiver realmente relacionada a um menor agravamento, a gigantesca quantidadebwin free moneyinfectados pode resultarbwin free moneyuma sobrecarga do sistemabwin free moneysaúde, com a lotaçãobwin free moneyleitos e a faltabwin free moneyinsumos e profissionaisbwin free moneysaúde.

Na visão deles, portanto, é enganoso afirmar que a variante já representa "o fim da pandemia" ou que ela está por trás apenasbwin free moneyquadros mais leves, como dito pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em entrevista ao site Gazeta Brasil, ele afirmou que a ômicron seria até "bem-vinda" ao Brasil.

Presidente Jair Bolsonaro

Crédito, Marcos Corrêa/PR

Legenda da foto, Apesarbwin free moneyBolsonaro dizer que ômicron é 'bem-vinda' no Brasil, especialistas alertam para aumentobwin free moneyhospitalizações e possível colapso do sistemabwin free moneysaúde com aumentobwin free moneycasos

Mas o que faz a ômicron ser tão contagiosa assim? Por que não é correto dizer que ela é sempre mais branda? E como ficam as vacinas no meiobwin free moneytudo isso? Saiba o que a ciência já sabe (e o que ainda falta saber) a respeito dessa variante.

Como fogo no palheiro

De acordo com um relatório técnico da Agênciabwin free moneySegurançabwin free moneySaúde do Reino Unido, a ômicron ébwin free moneyduas a três vezes mais transmissível que a delta — que, porbwin free moneyvez, já tinha um poder bem maiorbwin free moneyalastramentobwin free moneycomparação com o vírus original, detectado no finalbwin free money2019bwin free moneyWuhan, na China.

Essa capacidade ampliadabwin free money"pular"bwin free moneyum indivíduo para o outro se traduziu nesse aumento dos novos casosbwin free moneycovid entre o finalbwin free money2021 e o iníciobwin free money2022.

Nos países que possuem serviçosbwin free moneyvigilância genômica estruturados, é possível observar como a ômicron se espalhou feito fogobwin free moneypalheiro: nos Estados Unidos, por exemplo, o primeiro paciente infectado com essa variante foi identificado no iníciobwin free moneydezembro. Em pouco maisbwin free money20 dias, ela já estava presentebwin free money58%bwin free moneytodas as amostras analisadasbwin free moneylaboratórios americanos.

No Brasil, um levantamento do Instituto Todos Pela Saúde com 3,2 mil amostras colhidasbwin free moneypacientes com covid entre 2 e 8bwin free moneyjaneiro revelou que 98,7% delas traziam a ômicron.

De acordo com os especialistas, é justamente aquele conjuntobwin free moneymutações que faz essa variante ser tão contagiosa. As alterações genéticas, especialmente na tal espícula, ajudaram no trabalho do vírus.

Ilustraçãobwin free moneyum coronavírus invadindo uma célula humana

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Legenda da foto, As variantes do coronavírus mais preocupantes trazem mutações na proteína da espícula (a estrutura vermelha da ilustração), que se liga aos receptores das nossas células (azul) e dão início à infecção

Ainda que esse mecanismobwin free moneytransmissão facilitada não seja completamente conhecido, algumas pesquisas divulgadas nas últimas semanas trouxeram algumas pistas.

Um trabalho feito no Imperial College, na Inglaterra, demonstrou que, quando comparada às outras versões do coronavírus, a ômicron se replica com muita rapidez nas células do nariz e consegue utilizar outros caminhos moleculares para invadir o organismo.

Embora esse trabalho ainda não tenha sido revisado por outros especialistas e nem publicado numa revista científica, ele sinaliza algo importante.

Se essa nova variante "transita" com facilidade e estábwin free moneyabundância no nariz e na garganta, isso por si só já facilita abwin free moneytransmissão: basta o indivíduo respirar, tossir, espirrar, falar ou cantar para liberar uma quantidade considerávelbwin free moneyvírus no ambiente, que podem infectar as pessoas ao redor.

E não podemos ignorar outro fato aqui: a ômicron também pegou carona nas festasbwin free moneyfinalbwin free moneyano. As aglomeraçõesbwin free moneyNatal e Réveillon facilitaram ainda mais o trabalho dela e criaram inúmeras cadeiasbwin free moneytransmissão mundo afora (e Brasil adentro).

Um drible na proteção prévia

Mas o local do corpo onde o vírus se replica não é o único fator que ajuda a explicar o espalhamento da ômicron.

O virologista Paulo Eduardo Brandão, professor da Faculdadebwin free moneyMedicina e Zootecnia da Universidadebwin free moneySão Paulo (USP), chama a atenção para outra habilidade dessa variante: escapar da imunidade prévia, obtida através da vacinação oubwin free moneyum quadro anteriorbwin free moneycovid.

"Os estudos vêm demonstrando que os anticorpos que funcionavam contra as outras variantes não reagem tão bem contra a ômicron", destaca.

"E isso representa uma vantagem para a nova variante, pois ela consegue tomar o lugar daquelas que vieram antes, inclusive entre indivíduos que já foram infectados no passado ou estão vacinados", completa.

Na prática, isso se traduziu num aumento expressivo da taxabwin free moneyreinfecções durante as últimas semanas.

Homembwin free moneyperfil espirra

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Legenda da foto, Transmissão do coronavírus dependebwin free moneygotículas e aerossoisbwin free moneysaliva, que saem pela boca e pelo nariz

Na África do Sul, por exemplo, pesquisadores analisaram dadosbwin free money2,7 milhõesbwin free moneypacientes que tiveram covid-19 antesbwin free moneynovembrobwin free money2021.

Logo nos primeiros diasbwin free moneydezembro, já haviam sido identificados maisbwin free money35 mil casosbwin free moneyreinfecção neste grupo, algo que ainda não tinha ocorrido nessa mesma magnitude nas ondas anteriores por lá, provocadas pelas variantes beta e delta.

"Alémbwin free moneya ômicron ser capazbwin free moneyevadir a resposta imune, precisamos considerar também que parte da população tomou a vacina há muitos meses, e sabemos que ocorre uma perda natural dessa proteção com o passar do tempo", acrescenta Brandão.

Terceira dose antecipada

Mas como esse escape da ômicron se traduzbwin free moneynúmeros quando pensamos nas vacinas?

Uma pesquisa realizada no Imperial College estimou que a efetividade do imunizante contra a infecção sintomática pela nova variante despenca para 0 a 20%bwin free moneyquem tomou as duas dosesbwin free moneyAstraZeneca.

Mas o mesmo trabalho também traz uma boa notícia: após uma terceira dose, esse nívelbwin free moneyproteção volta a subir consideravelmente. O reforço vacinal eleva a proteção para 55 a 80% nesses indivíduos.

Coronavirus

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Legenda da foto, Mudanças na estrutura do vírus podem diminuir a efetividade das vacinas

Um relatório mais recente da Agênciabwin free moneySegurançabwin free moneySaúde do Reino Unido corrobora esse aumento da efetividade após uma terceira injeção.

Uma das análises incluída no artigo foi feita na Universidadebwin free moneyCambridge, na Inglaterra, e mostra que, caso o indivíduo seja infectado com a ômicron, o riscobwin free moneyhospitalização é 81% menor se ele tiver tomado as três doses do imunizante.

Essas e outras investigações acabaram com qualquer discussão sobre a necessidadebwin free moneyaplicar uma dose adicional da vacinabwin free moneytodos os adultos, prática que já ocorrebwin free moneyvários países, inclusive no Brasil.

E vale lembrar aqui que o objetivo da primeira geraçãobwin free moneyimunizantes contra a covid nunca foi prevenir a infecção pelo coronavírus, mas, sim, evitar que o quadro evoluísse para as formas mais graves da doença.

Legenda do vídeo, Por que vacinados ainda podem pegar covid (e não é falha do imunizante)

"Nós estamos vendo isso acontecer na prática: as três doses estão funcionando para prevenir hospitalizações e óbitos", afirma a médica epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabinbwin free moneyVacinas, nos Estados Unidos.

"Dados recentes dos EUA revelam que pessoas não vacinadas têm um risco 17 vezes maiorbwin free moneyhospitalização e um risco 20 vezes maiorbwin free moneymorrer por covidbwin free moneycomparação com quem foi vacinado", calcula.

Garrett explica que as pessoas que receberam as três doses até podem se infectar com a ômicron, mas desenvolvem com menos frequência as formas graves da doença.

"Com o passar do tempo após a vacinação, há uma queda natural dos anticorpos neutralizantes. Quando eles baixam, o vírus invade as vias aéreas superiores mais facilmente", conta.

"Porém, ele não consegue progredir no organismo porque, após algum tempo, as célulasbwin free moneymemória do sistema imunológico são ativadas e elas acionam o mecanismobwin free moneydefesa que ajuda a evitar as complicações."

"Na prática, isso significa que as vacinas disponíveis estão funcionando. O objetivo delas nunca foi barrar quadros levesbwin free moneyinfecção, mas proteger contra a morte", conclui a médica.

A ômicron causa uma infecção mais branda?

Nessas últimas semanas, alguns trabalhos científicos observaram que a ômicron parece não conseguir infectar tão bem as células dos pulmões.

Uma das pesquisas a demonstrar isso foi feita na Universidadebwin free moneyWashingtonbwin free moneySt. Louis, nos EUA. Um grupobwin free moneyvirologistas infectou hamsters com diversas variantes do coronavírus para entender como a doença progrediabwin free moneycada um deles.

Nos animais que tiveram contato com a ômicron, a concentraçãobwin free moneycoronavírus nos pulmões era significativamente mais baixabwin free moneycomparação com os demais roedores infectados.

Essas investigações parecem estar alinhadas à evolução recente da pandemia: pelo que foi observado até agorabwin free moneypaíses como África do Sul e Reino Unido, as ondasbwin free moneyinfecção pela ômicron são velozes e avassaladoras, mas tendem a cair e se estabilizar mais rapidamente.

Já na Califórnia, nos Estados Unidos, uma comparação entre 52 mil pacientes infectados com a ômicron e 16 mil com a variante delta revelou que o primeiro grupo (de acometidos pela ômicron) apresentou risco reduzidobwin free moneycomplicações e, mesmo entre aqueles que precisaram ser internados, o númerobwin free moneydias no hospital foi menor.

Filabwin free moneyambulânciasbwin free moneyLondres

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Legenda da foto, Taxabwin free moneyhospitalizações ebwin free moneymortes por covid voltaram a subirbwin free moneyalgumas partes do mundo, como o Reino Unido

Será que é possível afirmar com esse conjuntobwin free moneyinformações que um quadrobwin free moneycovid provocado pela ômicron é mais leve e menos preocupante? Ainda não, garantem os especialistas.

Para começobwin free moneyconversa, é preciso ressaltar que muitas dessas pesquisas são experimentais e estão no início, alémbwin free moneynão terem sido revisadas por especialistas independentes ou publicadasbwin free moneyperiódicos científicos.

E a própria OMS alertou que encarar essa variante como algobwin free moneymenor importância representa uma armadilha.

"Embora a ômicron pareça ser menos gravebwin free moneycomparação com a delta, especialmente entre os vacinados, isso não significa que ela deva ser classificada como branda", disse o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, numa coletivabwin free moneyimprensa realizada no dia 7bwin free moneyjaneiro.

"Assim como as variantes anteriores, a ômicron está hospitalizando e matando pessoas. Na verdade, o tsunamibwin free moneycasos é tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemasbwin free moneysaúdebwin free moneytodo o mundo", complementou.

De fato, a partir da segunda semanabwin free moneyjaneiro, os dados oficiais do Ministério da Saúde do Reino Unido têm mostrado um aumento constantebwin free moneyhospitalizações e do númerobwin free moneymortes quebwin free moneyalguns dias chegou a ultrapassar 300 óbitos diários.

Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil concordam com essa avaliação da entidade.

"Quando se fala que a ômicron consegue se sair melhor nas vias aéreas superiores e não vai tão bem nos pulmões, é preciso pensar que há uma variação importante e existem exceções à regra", esclarece Spilki, que também coordena a Rede Corona-Ômica do Ministériobwin free moneyCiência, Tecnologia e Inovações.

"Nós também vemos casos graves relacionados à infecção pela ômicron,bwin free moneyque se detecta o vírusbwin free moneytodo o sistema respiratório", acrescenta.

O médico Guilherme Werneck, professorbwin free moneyepidemiologia da Universidade Federal do Riobwin free moneyJaneiro (UFRJ), destaca que ainda não se sabe muito bem os motivos dessa taxabwin free moneyhospitalização mais baixa observada até agora.

"Será que essa menor replicação do vírus nos pulmões tem a ver com a imunidade anterior, obtida pela vacinação? Ou é uma característica própria dessa variante? Precisaríamos comparar o que acontece entre quem tomou ou não as doses para entender melhor tudo isso", questiona.

Legenda do vídeo, Sintomasbwin free moneycovid: 6 orientações diante da suspeita da doença

Colapso hospitalar?

Werneck também chama a atenção para o fatobwin free moneya maior transmissibilidade da ômicron representar uma enorme preocupação ao sistemabwin free moneysaúde — afinal, mesmo se uma parcela menorbwin free moneypacientes precisarbwin free moneyinternação, estamos falandobwin free moneymilhõesbwin free moneynovos infectados pela ômicron todos os dias.

Ou seja: ainda que uma porcentagem menorbwin free moneypacientes precisebwin free moneyum suporte hospitalar, isso continua a representar um aumento expressivo da demanda por leitos, insumos e profissionaisbwin free moneysaúde.

Vamos usar números fictícios para ilustrar essa situação. Imagine que apenas 1% dos pacientes infectados com ômicron precisembwin free moneyinternação. Num cenáriobwin free money15 milhõesbwin free moneynovos casos registrados por semana no mundo, isso ainda representa uma demandabwin free money150 mil leitosbwin free moneyenfermaria ou UTI a cada sete dias. Trata-se, portanto,bwin free moneyum número gigantesco, muito difícilbwin free moneyser absorvido adequadamente pelos sistemasbwin free moneysaúde dos países.

A taxabwin free moneyhospitalizações, aliás, já voltou a subirbwin free moneyalgumas partes da Europa e dos Estados Unidos — e esse mesmo fenômeno deve começar a ser visto também no Brasil nas próximas semanas.

"Mesmo um percentual baixobwin free moneycomplicações pode representar um número altobwin free moneynovos pacientes mais graves, o que sobrecarrega os serviçosbwin free moneysaúde", projeta Werneck, que também é professor da Universidade Estadual do Riobwin free moneyJaneiro (Uerj).

"E isso nos leva àquele mesmo problema que enfrentamos no início da pandemia,bwin free moneyque a pressão sobre os serviçosbwin free moneysaúde se torna um fator determinante para a gravidade da covid. Em outras palavras, se o paciente recebe um tratamento adequado, ele eventualmente se recupera. Agora, se faltam recursos humanos e materiais para atendê-lo, o riscobwin free moneymorte é maior", completa o especialista.

Homem é levadobwin free moneymacabwin free moneyhospital

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Legenda da foto, Brasil pode sofrer colapso do sistemabwin free moneysaúde nas próximas semanas, alertam especialistas

Em entrevista ao jornal O Globobwin free money12/1, a médica Ludhmila Hajjar, do Hospital das Clínicasbwin free moneySão Paulo, fez um alerta semelhante.

"Pelo ritmo que estamos vendo,bwin free moneyuma semana os sistemasbwin free moneysaúde deverão entrarbwin free moneycolapso no Brasil. O númerobwin free moneyinfecções aumentará mais ainda nos ambulatórios e provavelmente faltarão mais profissionais da saúde no combate", disse.

A BBC News Brasil entroubwin free moneycontato com entidades que representam os setores público e privadobwin free moneysaúde no país para entender como eles enxergam essa discussão e como os hospitais estão se preparando para esse possível aumento da demanda.

O Conselho Nacionalbwin free moneySecretários da Saúde (Conass) compartilhou um ofício que foi enviado ao Ministério da Saúdebwin free money12bwin free moneyjaneiro,bwin free moneyque a entidade "reconhece o estabelecimentobwin free moneyuma nova ondabwin free moneycasosbwin free moneycovid-19 no Brasil,bwin free moneyconsequência do rápido avanço da variante ômicron na transmissão comunitáriabwin free moneytodas as regiões".

No texto, o conselho admite que esse novo aumentobwin free moneyinfecções "volta a impor desafios aos sistemasbwin free moneysaúde público e privado do país".

O texto continua: "Com um terço da população ainda não vacinada com esquema primário completo, o Brasil está vulnerável a uma grande ondabwin free moneycasos, que também poderá acarretar pressão hospitalar. Se o sistema hospitalar entrarbwin free moneycolapso, tanto na rede privada, quanto na rede pública, óbitos evitáveis poderão ocorrer pela não garantiabwin free moneyacesso à internação."

Por fim, o Conass sugere seis medidas para conter uma nova crise, que vão desde a imediata inclusão das crianças na campanhabwin free moneyvacinação contra a covid até a criaçãobwin free moneycentrosbwin free moneytestagembwin free moneymassa.

Já a Associação Nacionalbwin free moneyHospitais Privados (Anahp) informou que fez uma pesquisa com 33 instituiçõesbwin free moneysaúde e 88% delas relataram que houve uma subida importante no diagnósticobwin free moneyinfecções respiratórias nesse começobwin free money2021.

"O aumento dos casosbwin free moneycovid-19 foi,bwin free moneymédia,bwin free money655% desde dezembrobwin free money2021, sendo que algumas instituições relataram aumentos maiores que 1.000%", calcula a entidade.

A Anahp ainda pede que "apenas os pacientes com sintomas persistentes ou sinaisbwin free moneyacometimento mais grave (faltabwin free moneyar, febre persistente, tosse intensa) ou com doenças crônicas pré-existentes" procurem o pronto-socorro.

"De forma geral, a população deve manter rígidos os cuidados com a utilização corretabwin free moneymáscara, o distanciamento social e a higienização adequada das mãos", recomenda a associação.

O término da pandemia?

Os estudos que sugerem um quadro menos grave provocado pela ômicron também serviram para embasar os argumentosbwin free moneyque a variante representaria o fim do túnel da pandemia, como dito pelo próprio presidente Bolsonaro recentemente.

Mais uma vez, médicos e virologistas pedem muita cautela com esse tipobwin free moneyafirmação.

Além do aumento nos casos e nas hospitalizações nessas últimas semanas, é necessário terbwin free moneymente o risco da covid longa, com sequelas variadas e pouco conhecidas, que afetam entre 10 e 30%bwin free moneytodos os infectados.

"Como observamos há décadas com outros tiposbwin free moneycoronavírus, o Sars-CoV-2 [o causador da covid] parece estar seguindo o caminho da atenuação", avalia Brandão.

O virologista explica que há vários coronavírus que atualmente provocam o resfriado comum, mas no passado estiveram por trásbwin free moneyquadros mais sérios e mortais.

"Porém, nesse trajeto da evolução viral, ainda é cedo para que o coronavírus responsável pela pandemia atual já tenha estabelecido uma 'relação mais amigável' com a espécie humana", acredita.

Criança sendo vacinada contra a covid

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Legenda da foto, Vacinação das crianças contra a covid é ponto-chave para controlar a pandemia, indicam especialistas

Spilki segue o mesmo pontobwin free moneyvista. "Ainda não sabemos para que lado a variante ômicron vai depoisbwin free moneyse tornar dominante no mundo inteiro. Qual será o próximo passo? Como ela vai evoluirbwin free moneyfevereiro, março e daí por diante? Será que ela continuará nessa trajetóriabwin free moneyatenuação ou pode surgir uma variante mais agressiva? Todas essas são perguntas para as quais ainda não temos respostas", lista.

"A ômicron pode até causar quadros menos graves, mas não me parece ainda a versãobwin free moneycoronavírusbwin free moneyque não vamos mais nos preocuparbwin free moneyser infectados."

"Estamos no caminho para que esse cenário vire realidade um dia, porém não alcançamos o momentobwin free moneypermitir que o vírus se espalhe livremente", completa o pesquisador.

E é justamente para evitar que a ômicron cause quadros gravesbwin free moneycovid ou apareçam novas variantes ainda mais avassaladoras que é vital seguir com os métodos preventivos (usar máscaras, manter o distanciamento social, fugirbwin free moneyaglomerações) e vacinar toda a população com duas ou três doses.

"E isso inclui também as criançasbwin free money5 a 11 anos, que foram recentemente incluídas na campanhabwin free moneyvacinação", lembra Garrett.

"No início da pandemia, elas representavam 4%bwin free moneytodas as hospitalizações por covid nos Estados Unidos. Nas últimas semanas, 27% das internações forambwin free moneyindivíduos dessa faixa etária", alerta a médica.

"As vacinas estão demonstrando toda abwin free moneycapacidade, mesmo diante da ômicron. Se não fosse por elas, estaríamos agora numa situação, no mínimo, desastrosa", finaliza Spilki.

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