Como a China tem expandido seu poderio militar; entendabet total4 gráficos:bet total

Imagembet totalsoldados chineses
Legenda da foto, China tem um plano a longo prazo para rivalizar com as maiores potências militares do mundo

Investimentos

A divulgação dos gastos do país com defesa e segurança tem sido alvobet totalcríticasbet totalalguns analistas internacionais, que apontam "faltabet totaltransparência" e uma "difusão inconsistente dos números".

As estimativas feitas por organizações ocidentais costumam ser significativamente maiores do que os dados oficiaisbet totaldespesas públicas divulgados pelo governo.

Nesse sentido, acredita-se hoje que a China é o segundo país que mais gasta com suas Forças Armadas, depois dos Estados Unidos.

O ritmobet totalavanço do orçamento militar tem sido maior do que a taxabet totalcrescimento da economia há pelo menos uma década,bet totalacordo com o Centrobet totalEstudos Estratégicos e Internacionaisbet totalWashington.

Gráfico mostra crescimento do poder nuclear da China
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Aumentando o estoque nuclear

O Departamentobet totalDefesa dos Estados Unidos estimou,bet totalnovembro, que a China deve quadruplicar seu estoquebet totalarmas nucleares até o final desta década. Conforme as projeções, o país "provavelmente intenciona ter pelo menos mil ogivas até 2030".

A imprensa estatal chinesa classificou a afirmação como "especulação descabida e tendenciosa", acrescentando que as forças nucleares do país têm sido mantidasbet totalum "nível mínimo".

Especialistas do Stockholm International Peace Research Institute, organização com sedebet totalEstocolmo (Suécia) que publica anualmente avaliações com estimativas sobre os arsenais nucleares globais, dizem, contudo, que o país tem aumentado seu estoquebet totalogivas nos últimos anos.

O volume ainda está muito longe do arsenal americano, com 5,55 mil ogivas, mas o esforço da China para incrementar suas armas nucleares está sendo visto como uma das maiores ameaças à supremacia militar ocidental.

"As armas nucleares da China são a questão mais importante [na relação com o Ocidente]", afirma Veerle Nouwens, do Instituto Royal United Servicesbet totalLondres.

"Há uma enorme faltabet totalconfiançabet totalambos os lados, e o diálogo está longebet totalestar no nível necessário. Existem grandes riscos e as saída são difíceisbet totalenxergar."

Futuro hipersônico

Outra área na qual o país tem investido é nabet totalmísseis hipersônicos, que viajam a maisbet totalcinco vezes a velocidade do som.

Eles não são tão rápidos quanto os mísseis balísticos intercontinentais, mas o suficiente para dificultar a detecção e interceptação por sistemasbet totaldefesa aérea.

"Os chineses entendem que estão muito atrás, então eles buscam fazer grandes descobertas para superar outras potências", disse Zeno Leoni, do King's College,bet totalLondres.

"O desenvolvimentobet totalmísseis hipersônicos é uma das maneiras pelas quais eles estão tentando fazer isso."

Mísseis hipersônicos viajam a maisbet totalcinco vezes a velocidade do som
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Com poucas informações disponíveis, não está claro exatamente quais sistemas as Forças Armadas chinesas poderiam estar desenvolvendo. Existem dois tipos principais:

- Mísseis planadores hipersônicos que permanecem na atmosfera da Terra;

- Sistemasbet totalBombardeio Orbital Fracionado (FOBS, na siglabet totalinglês), que voambet totalórbita baixa antesbet totalacelerarbet totaldireção a um alvo.

É possível que o país tenha conseguido combinar os dois sistemas, disparando um míssil hipersônicobet totaluma espaçonave manobrável FOBS.

Tiposbet totalmísseis hipersônicos
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Leoni diz que, embora os mísseis hipersônicos não possam por si próprios ser uma viradabet totaljogo, eles podem tornar alguns alvos altamente vulneráveis ​​a ataques.

"Os mísseis hipersônicos tornam muito mais complicada,bet totalparticular, a defesabet totalporta-aviões."

Ele ressalva, contudo, que a dimensão da ameaça dos mísseis hipersônicos chineses pode ter sido exagerada por autoridades ocidentais, algumas das quais com a possível intençãobet totalreunir argumentos para pleitear o financiamentobet totaltecnologia militar espacial.

"A ameaça é real. No entanto, é possível que esteja sendo exagerada."

Inteligência artificial e ataques cibernéticos

Aindabet totalacordo com o Departamentobet totalDefesa dos Estados Unidos, a China estaria comprometida com a preparação para as chamadasbet totalguerras "inteligentes", com aparatos militares baseadosbet totaltecnologias inovadoras - especialmente inteligência artificial.

A Academiabet totalCiências Militares da China recebeu um mandato para garantir que isso aconteça, por meio da "fusão civil-militar" -bet totaloutras palavras, unindo empresasbet totaltecnologia do setor privado chinês às indústriasbet totaldefesa do país.

Relatórios apontam que o país pode já estar usando inteligência artificialbet totalrobótica militar e sistemasbet totalorientaçãobet totalmísseis, alémbet totalveículos aéreos não tripulados e embarcações navais não tripuladas.

De acordo com uma avaliação recentebet totalum especialista, já teria conduzido inclusive operações cibernéticasbet totalgrande escala no exterior.

Em julho, o Reino Unido, os Estados Unidos e a União Europeia acusaram a Chinabet totalrealizar um grande ataque cibernético contra servidores Microsoft Exchange.

Acredita-se que o ataque afetou pelo menos 30 mil organizaçõesbet totaltodo o mundo e teve como objetivo permitir a espionagembet totallarga escala, incluindo a coletabet totalinformações pessoais e propriedade intelectual.

A maior, mas não a mais poderosa, Marinha do mundo

A China ultrapassou os Estados Unidos e hoje tem a maior Marinha do mundo. Os especialistas apontam, entretanto, que uma simples comparação do númerobet totalnavios deixabet totalfora vários fatores.

Por enquanto, os Estados Unidos ainda mantêm uma forte liderançabet totaldiversos segmentos relevantes, com 11 porta-aviões contra 2 da China, e mais submarinos, cruzadores e destróieresbet totalpropulsão nuclear - ou naviosbet totalguerra maiores.

China se torna a maior Marinha do mundo
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O ex-coronel Zhou Bo, do Exércitobet totalLibertação do Povo, da Universidade Tsinghuabet totalPequim, diz acreditar que é "extremamente importante" que a China fortaleçabet totalMarinha para conter as ameaças marítimas que enfrenta.

"O problema mais importante que enfrentamos é o que percebemos ser uma provocação americana nas águas da China", acrescenta.

A Marinha americana prevê que, entre 2020 e 2040, o número totalbet totalnavios da marinha chinesa aumentarábet totalquase 40%.

Futuro incerto

A China está se afastando do não confronto para uma postura mais ameaçadora?

Por enquanto, a abordagem chinesa ainda é "vencer sem lutar", diz Leoni, embora ele acrescente que essa estratégia pode mudarbet totalalgum momento no futuro.

"Tornar-se uma potência naval totalmente modernizada pode ser um pontobet totalinflexão."

Mas o coronel Zhou insiste que os temores do Ocidente são infundados.

"A China não tem intençãobet totalpoliciar o mundo, ao contrário dos Estados Unidos", diz ele. "Mesmo se a China se tornar muito mais forte um dia, ela manterá suas políticas básicas."

O país não participabet totaluma guerra desde 1979, quando foi para a batalha com o Vietnã. Muitasbet totalsuas capacidades militares, portanto, não foram testadas.

Imagensbet totalSandra Rodriguez Chillida, Joy Roxas e Sean Willmott

raya

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