Golpefinal da recopa 2024Mianmar: tortura e massacresfinal da recopa 2024civis por militares são reveladas por investigação da BBC:final da recopa 2024
A BBC conversou com 11 testemunhasfinal da recopa 2024Kani e comparou seus relatos com imagensfinal da recopa 2024celulares e fotografias coletadas pela Myanmar Witness, uma ONG com sede no Reino Unido que investiga abusosfinal da recopa 2024direitos humanos no país do Sudeste Asiático.
O pior massacre ocorreu na vilafinal da recopa 2024Yin, onde pelo menos 14 homens foram torturados e espancados até a morte. Depois, os corpos deles foram jogadosfinal da recopa 2024um barranco na mata.
Testemunhasfinal da recopa 2024Yin, cujas identidades foram ocultadas a fimfinal da recopa 2024protegê-las, disseram à BBC que as vítimas foram amarradas e agredidas antesfinal da recopa 2024serem mortas.
"Não aguentávamos mais assistir. Então, ficamos apenasfinal da recopa 2024cabeça baixa, chorando", disse uma mulher que perdeu irmão, sobrinho e cunhadofinal da recopa 2024um dos massacres. "Imploramos para que não fizessem isso. Mas eles não se importaram. E disseram às mulheres: 'Seus maridos estão entre eles? Se estiverem, façam suas últimas despedidas."
Um homem que conseguiu escapar dos massacres disse que os soldados cometeram abusos horríveis por horas. "Eles foram amarrados, espancados com pedras e coronhasfinal da recopa 2024rifle e torturados o dia inteiro", disse o sobrevivente. "Alguns soldados pareciam jovens, talvez 17 ou 18, mas alguns eram realmente velhos. Havia também uma mulher com eles."
Na vila próximafinal da recopa 2024Zee Bin Dwin, no finalfinal da recopa 2024julho, 12 corpos mutilados foram encontrados enterradosfinal da recopa 2024covas rasas coletivas, incluindo um pequeno corpo, possivelmente uma criança, e o corpofinal da recopa 2024uma pessoa com deficiência. Alguns deles estavam mutilados.
O corpofinal da recopa 2024um homem que tinha por voltafinal da recopa 202460 anos foi encontrado amarrado a uma árvore. Imagensfinal da recopa 2024seu cadáver, analisadas pela BBC, mostraram claros sinaisfinal da recopa 2024tortura. Sua família disse à reportagem que seu filho e seu neto haviam fugido quando os militares entraram na aldeia, mas ele ficou, acreditando quefinal da recopa 2024idade o protegeria da violência.
Reação dos militares a milícias
As mortes parecem ser uma punição coletiva por ataques a militares realizados por gruposfinal da recopa 2024milícias civis da região, que exigem o restabelecimento da democracia (revogada com o golpe militar).
Os combates entre os militares e os grupos locais da Forçafinal da recopa 2024Defesa do Povo (nome dados aos gruposfinal da recopa 2024milícias civis) se intensificaram na região nos meses anteriores aos assassinatosfinal da recopa 2024massa descritos nesta reportagem. Houve inclusive confrontos pertofinal da recopa 2024Zee Bin Dwin.
Fica evidente, a partir das imagens e dos testemunhos coletados pela BBC, que os alvos dos ataques eram homens. É algo que se encaixa no padrão observadofinal da recopa 2024Mianmar nos últimos meses: moradores do sexo masculino que sofrem punição coletiva por causafinal da recopa 2024confrontos entre as Forçasfinal da recopa 2024Defesa do Povo e os militares que comandam o país.
As famílias dos mortos reiteraram à BBC que os homens atacados não estavam envolvidosfinal da recopa 2024ataques contra os militares. Uma mulher que perdeu seu irmão no massacre da aldeia Yin disse que implorou aos soldados, alegando que seu irmão "não conseguia nem segurar um estilingue".
Segundo ela, um soldado respondeu: "Não diga nada. Estamos cansados. Nós vamos matá-lo."
Jornalistas estrangeiros foram proibidosfinal da recopa 2024fazer reportagensfinal da recopa 2024Mianmar desde o golpe militarfinal da recopa 2024fevereirofinal da recopa 20242021, e a maioria dos meiosfinal da recopa 2024comunicação não estatais foi fechada. Assim, as reportagens in loco se tornaram praticamente impossíveis.
A BBC apresentou as acusações reunidas nesta reportagem ao vice-ministro da Informação e porta-voz militarfinal da recopa 2024Mianmar, general Zaw Min Tun. Ele não negou que os soldados realizaram as matançasfinal da recopa 2024massa. "Isso pode acontecer", disse ele. "Quando eles nos tratam como inimigos, temos o direitofinal da recopa 2024nos defender."
A Organização das Nações Unidas (ONU) está atualmente investigando supostas violações dos direitos humanos perpetradas por militaresfinal da recopa 2024Mianmar.
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