O desespero das meninas afegãs com proibiçãosaque betesporteescola secundária pelo Talebã:saque betesporte
Professoras, quase todas sem pagamento desde junho, disseram que a situação estava afetando o bem-estar das meninas, com uma delas atribuindo o casamento infantilsaque betesportetrêssaque betesportesuas alunas ao fechamento das escolas.
Uma diretorasaque betesporteCabul, que mantém contato com suas alunas via Whatsapp, disse: "As alunas estão muito chateadas, estão sofrendo mentalmente. Tento dar esperança a elas, mas é difícil porque estão expostas a tanta tristeza e decepção. "
As professoras também relataram uma queda preocupante na frequênciasaque betesportemeninas nas escolas primárias, que foram autorizadas a retornar. Elas disseram que o aumento da pobreza e das preocupações com segurança levou as famílias a ficarem relutantessaque betesportemandar as meninas mais novas para a escola.
As autoridades evitaram anteriormente confirmar que se tratavasaque betesporteuma proibição total. No entanto,saque betesporteuma entrevista à BBC, o vice-ministro da Educaçãosaque betesporteexercício, Abdul Hakim Hemat, confirmou que as meninas não teriam permissão para frequentar a escola secundária até que uma nova política educacional fosse aprovada no ano novo.
Apesar disso, algumas escolas para meninas foram reabertas após negociação com autoridades locais do Talebã.
Na cidadesaque betesporteMazar-i-Sharif, no norte da provínciasaque betesporteBalkh, uma diretora escolar nos disse que não havia problemas e que as meninas frequentavam a escola normalmente.
Mas outra estudante na mesma cidade disse à BBC que um gruposaque betesportecombatentes armados do Talebã estava se aproximandosaque betesportemeninas nas ruas, dizendo-lhes para se certificaremsaque betesporteque seus cabelos e bocas não estivessem visíveis. Como resultado, cercasaque betesporteum terçosaque betesportesuas colegassaque betesporteclasse parousaque betesporteir à escola.
"Ficamos com a vida na mão quando saímossaque betesportecasa. As pessoas não sorriem. A situação não está calma. Estamos tremendosaque betesportemedo", disse ela. O governo do Talebã ordenou que os meninos voltassem à escola secundáriasaque betesportesetembro, mas não fez menção às meninas.
Diretorassaque betesportetrês províncias diferentes disseram à BBC que reabriram escolas e apenas um dia depois foram informadas por autoridades locais, sem explicação, que deveriam fechá-las. Garotas apareciam nos portões da escola todos os dias perguntando quando teriam permissão para voltar, disse uma delas.
Laila, que quer ser enfermeira parteira ou médica, diz que mantém o material escolar limpo e arrumado no quarto, não permitindo que ninguém toque nele, esperando o momentosaque betesporteque possa voltar a usá-lo.
"Quando vejo minhas roupas, livros, lenço e sapatos, todos novos simplesmente parados no meu armário sem serem usados, fico muito chateada. Nunca quis ficar sentadasaque betesportecasa", diz ela.
Meena quer ser cirurgiã, mas tem dúvidas se terá permissão para continuar seus estudos.
Ela se lembrasaque betesportefazer fila no parquinho da escola e rir com as amigas, onde cantavam o hino nacional antessaque betesporteir para as aulas.
"Sempre que penso nesses momentos, fico chateada e sem esperançasaque betesporterelação ao nosso futuro", diz ela.
Hemat, o vice-ministro da Educaçãosaque betesporteexercício, disse que a situação atual é um atraso temporário enquanto o governo garante um "ambiente seguro" para as meninas irem à escola.
Ele enfatizou a necessidadesaque betesportesegregar as aulas para meninos e meninas, algo que já é comumsaque betesportetodo o Afeganistão.
Meninas e mulheres foram banidassaque betesporteescolas e universidades durante o governo anterior do Talebã,saque betesporte1996 a 2001.
Os fechamentos deste ano já tiveram um efeito permanente na vidasaque betesportealgumas meninas,saque betesporteacordo com o depoimentosaque betesporteuma diretora da provínciasaque betesporteGhazni, no sudeste.
"Pelo menos trêssaque betesportenossas meninassaque betesporte15 anos ou menos se casaram desde que o Talebã assumiu", disse a professora, que temia que a mesma coisa acontecesse a outras meninas, pois suas famílias ficam frustradas por vê-lassaque betesportecasa "sem fazer nada".
A Unicef disse estar profundamente preocupada com relatossaque betesporteque o casamento infantil está aumentando no Afeganistão.
Uma diretora na província centralsaque betesporteGhor disse à BBC que a questão do fechamentosaque betesporteescolas era irrelevantesaque betesportecomparação com os outros problemas que suas alunas enfrentam.
"Acho que muitassaque betesportenossas alunos vão morrer... Elas não têm comida suficiente para comer e não conseguem se manter aquecidas. Você não pode imaginar a pobreza", disse ela.
*Todos os nomes das entrevistadas foram alterados para proteger suas identidades
Reportagem adicional do serviço afegão da BBC.
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