Ômicron: por que restringir viagens tem efeito limitado:aposta ganha futebol

O que dizem as evidências científicas sobre medidas restritivas ao tráfego aéreo?

A posição da OMS

Aindaaposta ganha futebolfevereiroaposta ganha futebol2020, no início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que restrições a viajantes "geralmente são ineficientes" na tentativaaposta ganha futebolse prevenir que uma variante chegue a um determinado país, alémaposta ganha futebolter possíveis impactos econômicos e sociais.

"Medidasaposta ganha futebolviagens que interferem significativamente com o tráfego internacional só podem ser justificadas no inícioaposta ganha futeboluma epidemia, quando permitem que os países ganhem algum tempo", disse a organização na época.

Essa posição foi criticada pelo então presidente americano, Donald Trump, que exigiu apoio da OMS paraaposta ganha futeboldecisão, na época,aposta ganha futebolimpedir voos da China (e depois da Europa) rumo aos EUA.

E a mesma recomendação da OMS foi ignorada por muitos países da Ásia, como Cingapura e Taiwan, que restringiram voos da China logo no início da pandemia e depois foram copiados por diversos países ao redor do mundo.

Viajantes brasileiros também foram alvoaposta ganha futeboldiversas restrições, sobretudo durante o períodoaposta ganha futebolmaior incidência da variante gamma, identificada originalmente no Amazonas.

Desde então, a OMS atualizou suas diretrizes e agora recomenda uma abordagem "baseadaaposta ganha futebolrisco" no que diz respeito a restriçõesaposta ganha futebolviagens,

As diretrizes sugerem que países levemaposta ganha futebolconta seus níveisaposta ganha futebolimunidade (pela vacinação e também pela infecção natural), o avanço da varianteaposta ganha futebolquestão e a efetividadeaposta ganha futebolmedidas como testagem e quarentena.

Mas agregam que "países (...) preocupados que variantes sejam um risco (...) devem adotar uma abordagem precavida e implementar restrições limitadas" e "proporcionais" à ameaçaaposta ganha futebolquestão.

O que diz a ciência?

Estudos feitos após a fase inicial da pandemia, no ano passado, sugerem que restrições a viagens podem ter tido algum impacto inicialaposta ganha futebolatrasar o avanço no vírus.

Uma pesquisa publicada no periódico Natureaposta ganha futeboldezembroaposta ganha futebol2000 aponta que essas restrições funcionaram bem no começo da crise global, mas depois foram perdendo eficácia.

Um estudo do centro alemão WZB Berlin Social Science Center,aposta ganha futeboloutubro, chegou a conclusões semelhantes ao analisar fechamentoaposta ganha futebolfronteiras aéreas e índicesaposta ganha futebolmortes por covid-19aposta ganha futebolmaisaposta ganha futebol180 países.

O estudo acrescentou que o maior impacto ocorreu quando os países restringiram as viagens externas antesaposta ganha futebolalcançar a marcaaposta ganha futeboldez ou mais mortes. E acrescentou que uma quarentena obrigatória para todos os viajantes era mais eficiente do que vetos a entradas com base no paísaposta ganha futebolorigem do viajante. Por fim, restrições específicasaposta ganha futeboldeterminados países tiveram mais impacto do que restrições a viajantesaposta ganha futebolgeral.

Pesquisas que analisaram os dias iniciais da pandemia no Reino Unido, quando havia poucas restrições vigentes, identificaram que o vírus foi introduzido no país maisaposta ganha futebolmil vezes, sobretudoaposta ganha futeboloutros países da Europa.

A epidemiologista Deepti Gurdasani, da Universidade Queen Mary,aposta ganha futebolLondres, disse à BBC News que, embora restrições a viajantes possam ter desacelerado o vírus, está claro que, mesmo àquela altura, ele já estavaaposta ganha futebolvárias partes do mundo.

"Em vezaposta ganha futebolrestringir viagens, é preciso criar medidas adequadasaposta ganha futeboltriagem (para identificar passageiros contaminados) e políticasaposta ganha futebolisolamento, o que reduz o avanço (do vírus)", afirmou.

Uma diferença crucialaposta ganha futebolrelação aos estágios iniciais da pandemia é que agora temos vacinas sendo aplicadasaposta ganha futeboltodo o mundo.

O problema é que o ritmoaposta ganha futebolvacinação varia drasticamente - e ainda há incerteza quanto a se as vacinas são ou não igualmente eficazes contra a variante ômicron.

Quem impôs as restrições mais rígidas a viajantes internacionais?

A Austrália reabriu suas fronteiras internacionais pela primeira vezaposta ganha futebolnovembro, depoisaposta ganha futebol18 meses permitindo que apenas um número limitadoaposta ganha futebolseus cidadãos e visitantes entrasse ou saísse do país.

O país tinha planosaposta ganha futebolpermitir que migrantes qualificados e estudantes internacionais (vacinados) fossem autorizados a entraraposta ganha futebolterritório australiano a partiraposta ganha futebol1°aposta ganha futeboldezembro, mas adiou essa reabertura por conta da variante ômicron.

A Nova Zelândia, enquanto isso, continua com suas fronteiras fechadas, desde o ano passado, e deve mantê-las fechadas até o final do ano - embora seu governo tenha anunciado uma reabertura para cidadãos e para pessoas portadorasaposta ganha futebolvistos australianos a partir do ano que vem e para visitantes vacinados a partiraposta ganha futebolabril.

O Vietnã também manteve um dos mais longos vetos a viajantes - só reabriu suas fronteiras neste mês.

Esses três países tiveram relativamente poucos casosaposta ganha futebolcovid-19 até julho deste ano, quando a variante delta, identificada primeiro na Índia, começou a se espalhar.

Mas lockdowns, ampla testagem e medidasaposta ganha futebolsegurança, como usoaposta ganha futebolboas máscaras, parecem ter sido tão importantes quanto restrições a viajantes no esforçoaposta ganha futebolconter as infecções nos estágios iniciais da pandemia.

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