G20: isolado, Bolsonaro tem agenda esvaziada e é ironizado pela imprensa italiana:yobetit bonus

Em geral, reuniões bilaterais entre líderesyobetit bonuseventos como o G20 e a Assembleia Geral das Nações Unidas servem como um dos indicadores da importância do país no cenário global. Historicamente, o Brasil costumava ser requisitado por seu papelyobetit bonusarticuladoryobetit bonusnegociações e debates globais envolvendo paísesyobetit bonusdesenvolvimento.

Oliver Stuenkel, cientista político e professoryobetit bonusRelações Internacionais na Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que o Brasil está muito isolado, e a reputaçãoyobetit bonusBolsonaro no exterior já está consolidada, então, suas declarações dificilmente vão mudar a posiçãoyobetit bonusoutros governos ou gerar manchetes como antes.

"Além disso, como a eleição está chegando, ninguém quer apostar ou vê muito valoryobetit bonusrestabelecer algum diálogo ou alguma parceria estratégica. E, mesmo com líderes bem conectados, isso costuma acontecer quando falta um anoyobetit bonusmandato."

Para Stuenkel, "o melhor que o Brasil poderia fazer não seria reverter o estrago, mas simplesmente aparecer pouco,e há uma boa chanceyobetit bonuso Brasil sair do G20 não despercebido, mas sem gerar manchetes fora do país".

Sinaisyobetit bonusisolamento

O presidente argentino, Alberto Fernández, por exemplo, tem encontro bilateral marcado com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

Já o presidente da Indonésia, Joko Widodo, se encontrouyobetit bonusreuniões privadas com o colega francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison. No encontro com o presidente da França, Widodo discutiu investimentos no setoryobetit bonusdefesa indonésio e metas para reduzir desmatamento e emissõesyobetit bonusgases do efeito estufa, entre outros assuntos.

Há outros sinais do isolamento do líder brasileiro durante o evento.

Uma reportagem do jornal italiano La Repubblica ressaltou que a edição da cúpulayobetit bonuslíderes do G20 deste ano foi marcada pela volta dos apertosyobetit bonusmãos, praticamente banidos durante a pandemiayobetit bonuscovid-19. "Mas nem para todo mundo", ressalva a publicação.

"(O primeiro-ministro italiano) Mario Draghi deu a mão a muitos dos primeiros-ministros que chegaram nesta manhã à Nuvola, onde ocorrem os trabalhos destes dois dias. Mas não para o presidente Bolsonaro, que disse que será a última pessoa no Brasil a se vacinar - afinal, ele acredita que as vacinas causam a Aids: algo dito por eleyobetit bonusum vídeo que as redes sociais nos deram a graçayobetit bonuscensurar."

Draghi teve reuniões com diversos líderes mundiais, entre eles Joe Biden (EUA) e Narendra Modi (Índia).

'A Petrobras é um problema'

Na antessala da primeira reuniãoyobetit bonuslíderes do G20, Bolsonaro só havia trocado palavras com os garçons, até que os assessores o levaram para cumprimentar o colega turco, Recep Erdogan.

Em conversa informal com o presidente da Turquia, Bolsonaro disse que a economia do Brasil está voltando forte, mas a "mídia como sempre atacando" - o Brasil é o único país do G20 com estimativasyobetit bonusrecessãoyobetit bonus2022, mas a avaliação não é um consenso entre instituições financeiras.

Em resposta, o mandatário da Turquia mencionou que o Brasil tem grandes recursos petrolíferos e a Petrobras. Bolsonaro rebate: "Petrobras é um problema. Mas estamos quebrando monopólios, com uma reação muito grande. Há pouco tempo era uma empresayobetit bonuspartido político. Mudamos isso".

Erdogan perguntou, por fim, sobre a eleição brasileira e, ao ouvir que ela ocorreráyobetit bonus11 meses, disse a Bolsonaro que ele ainda tem bastante coisa para fazer.

"Eu também tenho um apoio popular muito grande. Temos uma boa equipeyobetit bonusministros. Não aceitei indicaçãoyobetit bonusninguém. Fui eu que botei todo mundo. Prestigiei as Forças Armadas. Um terço dos ministros [é de] militares profissionais. Não é fácil. Fazer as coisas certas é mais difícil", responde o presidente brasileiro.

Após a reunião do G20, na manhã deste sábado (30/10), Bolsonaro se encontrou com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, na embaixada brasileirayobetit bonusRoma.

O Brasil tenta ingressar na organização, conhecida como clube dos países ricos, mas a candidatura sofre resistênciayobetit bonuspaíses europeus por causa das políticas ambientais.

"Nós queremos a ascensão à OCDE, e ele é simpático à nossa posição. É difícil, né? Mas pelo que tudo indica,yobetit bonusvezyobetit bonusum país, a ideia éyobetit bonusseis países adentrarem simultaneamente. Então, isso facilita se essa tese for avante", disse Bolsonaroyobetit bonusfrente à embaixada brasileirayobetit bonusRoma na tarde deste sábado, após a reunião do G20.

Segundo o presidente brasileiro, nesse formato, ingressariam três países do continente americano e três do continente europeu.

Vaias e xingamentos

No segundo diayobetit bonusvisita a Roma, Bolsonaro foi xingado e vaiado nas redondezas da embaixada brasileira, onde está hospedado. O mandatário brasileiro foi chamadoyobetit bonus"genocida" e "incompetente" quando voltavayobetit bonusum passeio na região do Vaticano.

"Como você vai explicar a incompetênciayobetit bonusseu governo?", gritou um dos manifestantes. Outra repetia palavrasyobetit bonusordem como "Fora, Bolsonaro" e "Genocida".

À medida que as vaias e os xingamentos foram se intensificando, apoiadoresyobetit bonusBolsonaro se aproximaram gritando "Mito, mito!", e o presidente, visivelmente irritado, deixouyobetit bonustirar fotos com apoiadores e apressou o passo para chegar à embaixada, onde jornalistas não têm acesso.

Agentesyobetit bonussegurança brasileiros e italianos impediram repórteresyobetit bonusse aproximarem do presidente, empurrando e segurando os profissionaisyobetit bonusimprensa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também foi vaiadoyobetit bonusfrente à embaixada brasileira.

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