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Dez anos sem Steve Jobs: por que o fundador da Apple era tão especial:
Steve Jobs foi um líder carismático, inconfundível e idiossincrático, como nenhum outro.
Dez anos depois da morte do cofundador da Apple,câncer aos 56 anosidade, aqui estão algumas das qualidades que fizeram dele o executivo-chefe mais badalado do mundo.
Saber o que você quer antesquerer
Steve Jobs não era um grande fãpesquisasmarketing. Ficou famosa a fraseque ele disse: "Você não pode apenas perguntar aos consumidores o que eles querem, e aí tentar dar isso a eles. Quando você tiver construído isso, eles vão querer algo novo".
Em vez disso, ele contava com seu próprio instinto para refinar tecnologias que já existiam, desenvolver novos produtos e montá-losuma maneira que fizesse com que as pessoas quisessem usá-los.
Anteso iPod aparecer,2001 havia relativamente pouco interessetocadoresmúsicaMP3.
Os dispositivos que existiam eram grandes e pesados, geralmente complicadosusar, e eram geralmente comprados por entusiastastecnologia que gostamser os primeiros a adquirir novos produtos.
Os aparelhos que a Apple lançou, como iPod, iPhone e iPad, eram tão atraentes que o público rapidamente se envolveu com eles.
Isso deveu-se,grande medida, à capacidadeSteve Jobs como vendedor - explicando seus produtosmaneira simples,uma forma que todo mundo podia entender.
Campodistorção da realidade
Steve Jobs sabia como conduzir bem uma plateia. Ele conseguia promover entusiasmotornotecnologias que às vezes não eram nem novas nem estavam mudando o mundo.
Quando o iPad 2 foi lançado, uma boa partesua apresentação foi dedicada à "capa inteligente" do equipamento - um retângulovinil com bordas magnéticas.
Mesmo assim, o aparelho ganhou uma cobertura significativa na mídia.
Mesmo jornalistas experientes não estavam imunes ao estiloJobs, com muitos deles precisandovárias horasrecuperação para compreender por completo os anúncios do líder da Apple.
Esse fenômeno foi chamado"campodistorção da realidade".
O uniforme
Emúltima décadavida, Steve Jobs quase sempre vestiu as mesmas roupas.
De cima para baixo, era uma malha preta da marca St. Croixgola alta, um jeans 501 da Levi's, e tênis 991 da New Balance.
Esses itens refletiam seus gostos minimalistas - ou talvezhabilidadecriar uma marca pessoal, além da corporativa.
Apesarsua inconfundível escolharoupas, amigos seus disseram que ele afirmava não se importar comaparência.
Entretanto, isso não foi sempre assim. Durante os anos 1980, ele fazia aparições públicas regularmente vestindo ternos italianos vistosos e usou inclusive uma colorida gravata borboleta.
Sua aparência característica era regularmente satirizada por comediantes.
Cuidado com detalhes
A Apple é tão misteriosa que pouco se sabe sobre seus processos internoscriaçãodesenhosprodutos.
No entanto, algumas histórias acabam vazando, e muitas delas falamcomo Steve Jobs era fanáticoseu cuidado com detalhes.
Um ex-executivo do Google contou sobre o tempoque a empresa tinha uma parceria com a Apple para colocar o Google Maps no iPhone.
Ele recebeu uma ligação diretaSteve Jobs, num fimsemana,que Jobs reclamava que a segunda letra "o" estava com o tom erradoamarelo.
Apesaro desenhista britânico Jonathan Ive ser o responsável pelo visual geralprodutos como iMac, iPod e iPhone, muitas das patentes da empresa estão registradas com seu nome e com o nomeSteve Jobs.
Filosofia
Steve Jobs era, sem dúvida, um produto da contracultura dos anos 1960 e 1970 no Estado americano da Califórnia.
Na juventude, ele viajou para a Índia e ficou um tempo num ashram - um tipomonastério e retiro espiritual indiano.
A filosofia oriental continuaria a ser partesua vida - ele seguiu sendo budista pelo restosua vida.
Jobs também admitiu ter consumido a droga LSD na mesma época. Ele descreveu a experiência como "uma das duas ou três coisas mais importantes que eu fiz na minha vida", segundo o livroJohn Markoff O Que o Arganaz disse: Como a Contracultura dos Anos 1960 Formou a Indústria do Computador Pessoal.
Dinheiro parecia ser algopouca importância para Steve Jobs. Ele disse ao jornal americano The Wall Street Journal: "Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa... Deitar à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso... Isso é o que importa para mim".
Fãmúsica
Os gostos musicaisSteve Jobs ficaram bem conhecidos a partir dos lançamentosseus produtos.
Discos e singles apareciam regularmente na telanovos Macs e iPhones. Os Beatles e Bob Dylan eram doisseus artistas favoritos.
Obter os direitos para vender a música dos quatro rapazesLiverpool por meio do iTunes acabou se tornando uma longa saga, finalmente resolvidanovembro2010 - e que estava ligada ao fatoque os Beatles tinhamprópria Apple, a gravadora que criaram1968.
Os 10 discos preferidosJobs, listados no serviço socialmúsica Ping, da Apple, também incluíam Kind of Blue,Miles Davis, American Beauty, do grupo The Grateful Dead, e Who's Next, do The Who.
Ele teve uma conexão mais pessoal com um ídolo da músicaparticular, tendo namorado por um curto período a cantora Joan Baez, ex-namoradaBob Dylan.
" Mais uma coisa... "
Às vezes você precisa guardar o melhor para o final. Era o que Steve Jobs regularmente fazia quando lançava seus produtos.
Depoisrevelar vários novos aparelhos, quando seus convidados já começavam a se preparar para ir embora, ele costumava dizer as agora famosas palavras "Mais uma coisa...".
Quando dizia isso, ele sempre dava um sorriso maroto. Fazia partesua genialidade como um homem-espetáculo.
Essas "mais umas coisas" incluíram o sistemachamadasvídeo FaceTime, o PowerBook G4, e o iPod Touch.
Em 2015, o sucessorJobs na Apple, Tim Cook, recuperou a frase para o lançamento do Apple Watch.
A frase acabou se tornando objetouma disputa legal entre a Apple e a fabricanterelógios suíça Swatch, que tentou registrar One more thing ("mais uma coisa"inglês) como uma slogan publicitário.
Em março2021, um juizLondres decidiu que a Apple não podia impedir que a Swatch fizesse o registro.
Dessa forma, uma pequena parte do estilo únicoSteve Jobs continua viva - mas com uma empresa que ele certamente nunca teria escolhido.
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