A busca no Canadá pelos corpossinais greenbetsmilharessinais greenbetscrianças indígenas desaparecidas:sinais greenbets
Acredita-se que alguns sejamsinais greenbetscriançassinais greenbetsapenas três anos.
Todas as crianças haviam estudado na Kamloops Indian Residential School — a maior instituição do tipo no sistemasinais greenbetsinternatos do Canadá.
Os restos mortais haviam sido encontrados dias antes do anúncio com a ajuda da tecnologiasinais greenbetsradarsinais greenbetspenetração no solo, conforme explicou Casimir, após o trabalho preliminarsinais greenbetsidentificação dos locaissinais greenbetssepultamento no início dos anos 2000.
O relatório final sobre a descoberta está previsto para ser divulgadosinais greenbetsmeadossinais greenbetsjunho, e as conclusões preliminares podem ser revisadas. Líderes e defensores indígenas acreditam que o númerosinais greenbets215 aumente.
"Lamentavelmente, sabemos que muitas outras crianças estão desaparecidas", afirmou Casimirsinais greenbetscomunicado na semana passada.
Milharessinais greenbetscrianças morreramsinais greenbetsinternatos — e seus corpos raramente voltavam para casa. Muitas foram enterradassinais greenbetssepulturas abandonadas.
Até hoje não há um panorama completo do númerosinais greenbetscrianças que morreram, das circunstânciassinais greenbetssuas mortes ousinais greenbetsonde estão enterradas. Iniciativas como a da Primeira Nação Tk'emlúps te Secwépemc estão ajudando a reunir um pouco dessa história.
A escola, que funcionousinais greenbets1890 a 1969, chegou a abrigar 500 alunos indígenas ao mesmo tempo, muitos deles enviados para morar no internato, a centenassinais greenbetsquilômetrossinais greenbetssuas famílias. Entre 1969 e 1978, a instituição foi usada como residência para estudantes que frequentavam escolas locais.
Dos restos mortais encontrados, acredita-se que 50 crianças já tenham sido identificadas, segundo Stephanie Scott, diretora-executiva do Centro Nacional para a Verdade e Reconciliação. Suas mortes datamsinais greenbets1900 a 1971.
Mas no caso das outras 165, não há registros disponíveis para marcar suas identidades.
As crianças "acabaramsinais greenbetsvalas comuns", diz Scott.
"Não identificadas, desconhecidas."
A descoberta gerou revolta na população canadense, com pessoas criando memoriais improvisados por todo o país.
Mas para os líderes indígenas, a descoberta não foi algo inesperado.
"A indignação e a surpresa da populaçãosinais greenbetsgeral são bem-vindas, sem dúvida", declarou Perry Bellegarde, chefe nacional da Assembleia das Primeiras Nações.
"Mas o relatório não é surpreendente."
"Os sobreviventes vêm dizendo isso há anos e anos — mas ninguém acreditava neles", acrescentou.
O que são os internatos?
A Kamloops Residential School era uma entre maissinais greenbets130 escolas do tipo que funcionaram no Canadá entre 1874 e 1996.
Estas instituições eram um elemento fundamental na política governamentalsinais greenbetsassimilação forçada, pela qual cercasinais greenbets150 mil crianças das Primeiras Nações, Métis e Inuit foram retiradassinais greenbetssuas famílias durante este período e colocadassinais greenbetsinternatos estatais.
Quando a matrícula se tornou obrigatória na décadasinais greenbets1920, os pais enfrentavam ameaçasinais greenbetsprisão se não cumprissem a determinação.
A política traumatizou geraçõessinais greenbetscrianças indígenas, que foram forçadas a abandonar suas línguas nativas, falar inglês ou francês e se converter ao cristianismo.
As igrejas cristãs foram essenciais na fundação e funcionamento das escolas.
A Igreja Católica Romanasinais greenbetsparticular foi responsável por administrar até 70% dos internatos,sinais greenbetsacordo com a Indian Residential School Survivors Society.
"Era política do nosso governo 'acabar com o indígena' na criança", afirmou Bellegarde.
"Foi um colapso da identidade, o colapso da família, da comunidade e da nação."
O relatório histórico da Comissão da Verdade e Reconciliação, divulgadosinais greenbets2015, descreveu a política liderada pelo governo como genocídio cultural.
O relatóriosinais greenbets4 mil páginas detalhou falhas abrangentes no cuidado e segurança dessas crianças, e a cumplicidade por parte da igreja e do governo.
"O governo, as igrejas e as autoridades escolares estavam bem cientes dessas falhas esinais greenbetsseu impacto na saúde dos alunos", escreveram os autores.
"Se a pergunta for: 'quem sabia o que e quando?', a resposta clara é: 'Todos com autoridadesinais greenbetsqualquer momento da história do sistema'."
Os alunos muitas vezes eram alojadossinais greenbetsinstalações mal construídas, mal aquecidas e pouco higiênicas, aponta o relatório. Muitos não tinham acesso a uma equipe médica treinada e eram sujeitos a punições severas — muitas vezes abusivas.
As péssimas condiçõessinais greenbetssaúde, diz o relatório, foramsinais greenbetsgrande partesinais greenbetsfunção da decisão do governosinais greenbetscortar gastos.
"Temos registrossinais greenbetsnossos arquivossinais greenbetsadministraçõessinais greenbetsescolas discutindo com o governosinais greenbetsassuntos indígenas da época sobre quem pagaria os funerais dos alunos", revelou Scott.
"Eles fariam tudo isso com o custo mínimo."
O que sabemos sobre a busca por crianças desaparecidas no Canadá?
Uma pesquisa da Comissão da Verdade e Reconciliação descobriu que milharessinais greenbetscrianças indígenas enviadas para os internatos nunca voltaram para casa.
Abusos físicos e sexuais levaram algumas a fugir. Outras morreram vítimassinais greenbetsdoenças ou acidentessinais greenbetsmeio à negligência.
Em 1945, a taxasinais greenbetsmortalidade infantilsinais greenbetscolégios internos era quase cinco vezes maior do que asinais greenbetsoutras crianças canadensessinais greenbetsidade escolar. Na décadasinais greenbets1960, a taxa ainda era o dobrosinais greenbetsrelação à população estudantilsinais greenbetsgeral.
"Os sobreviventes contaram sobre crianças que desapareceram repentinamente. Alguns mencionaram crianças que sumiramsinais greenbetslocaissinais greenbetssepultamentosinais greenbetsmassa", disse o presidente da comissão, Murray Sinclair,sinais greenbetsum comunicado na quarta-feira.
Segundo ele, outros sobreviventes falaramsinais greenbetsbebês gerados por padres na escola, tiradossinais greenbetssuas mães ao nascer e jogadossinais greenbetsfornalhas.
Em 2015, estimou-se que cercasinais greenbets6 mil crianças morreram enquanto frequentavam internatos. Até agora, maissinais greenbets4,1 mil foram identificadas.
"Sabemos que há muitos locais semelhantes a Kamloops que serão revelados no futuro", declarou Sinclair nesta semana.
"Precisamos começar a nos preparar para isso."
O que foi feito?
Em 2015, a Comissão da Verdade e Reconciliação emitiu 94 demandas e recomendações, incluindo seis sobre crianças desaparecidas e locaissinais greenbetssepultamento. O primeiro-ministro, Justin Trudeau, prometeu "implementar totalmente" todas.
- De acordo com a contagem da emissora canadense CBC, 10 dos projetos foram concluídos, 64 estãosinais greenbetsandamento e 20 não foram iniciados.
- A Comissão da Verdade e Reconciliação, criadasinais greenbets2009, lutou para que a questão dos locaissinais greenbetssepultamento não identificados fossem incluídossinais greenbetsseu mandato.
- Em 2019, o governo se comprometeu a liberar 33,8 milhõessinais greenbetsdólares canadenses ao longosinais greenbetstrês anos para desenvolver e manter um registrosinais greenbetsfalecimentosinais greenbetsalunos e montar um registro onlinesinais greenbetscemitériossinais greenbetsinternatos.
- Até agora, o Centro Nacional para a Verdade e Reconciliação afirma ter recebido apenas uma parte deste dinheiro.
Qual foi a reação?
Nesta semana, Trudeau disse que estava "chocado" com o legado canadensesinais greenbetsinternatos e prometeu "ações concretas" — mas forneceu poucos detalhes.
"Trudeau está disposto a avançar nisso, ele ésinais greenbetsmuitas palavras, mas precisamos ver mesmo ação", disse Scott.
Ela, junto a Bellegarde e outros líderes indígenas, pressionam o governo por uma investigação minuciosasinais greenbetstodos os 130 locaissinais greenbetsantigas escolassinais greenbetsbuscasinais greenbetssepulturas não identificadas.
Essas crianças foram "descartadas", afirmou Bellegarde.
"Isso não é aceitável."
As descobertas preliminares também renovaram as reivindicações por um pedidosinais greenbetsdesculpas da Igreja Católica — uma das demandas no relatório da Comissão da Verdade e Reconciliação.
Em 2017, Trudeau pediu ao papa Francisco que se desculpasse pelo papel da igreja na administração dos internatos do Canadá — mas a igreja até agora se recusou.
As igrejas Unida, Anglicana e Presbiteriana emitiram pedidossinais greenbetsdesculpas formais nas décadassinais greenbets1980 e 1990.
Um pedidosinais greenbetsdesculpas da Igreja Católica seria "curativo", na opiniãosinais greenbetsBellegarde.
"Faz parte do fechamento dessa ferida."
A notícia da descoberta também despertou uma resposta global, gerando manifestações da ONG internacional Human Rights Watch e da Organização das Nações Unidas (ONU).
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