Covid-19: cientistas descobrem americano com superanticorpos contra o coronavírus:fox sports ao vivo
fox sports ao vivo O escritor americano John Hollis,fox sports ao vivo54 anos, achou que iria contrair a covid-19 quando um amigo com quem ele dividia a casa se contaminou e ficou gravemente doente,fox sports ao vivoabrilfox sports ao vivo2020.
"Foram duas semanas muito assustadoras", conta John Hollis. "Por duas semanas eu esperei a doença me atingir, mas nunca aconteceu."
Hollis achou simplesmente que tinha tido sortefox sports ao vivonão contrair a doença.
Masfox sports ao vivojulhofox sports ao vivo2020, totalmente por acaso, Hollis mencionou que morava com uma pessoa que ficou muito doentefox sports ao vivouma conversa com o médico Lance Liotta, professor na Universidade George Mason, onde Hollis trabalha na áreafox sports ao vivocomunicação.
Liotta, que pesquisa formasfox sports ao vivocombater o coronavírus, convidou Hollis para se voluntariarfox sports ao vivoum estudo científico sobre coronavírus na universidade.
Com isso Hollis descobriu que não só tinha contraído o covid-19, como seu corpo tinha superanticorpos que o tornavam imune à doença — ou seja, os vírus entraramfox sports ao vivoseu corpo, mas não conseguiram infectar suas células e deixá-lo doente.
"Essa tem sido uma das experiências mais surreais da minha vida", conta Hollis.
"Nós coletamos o sanguefox sports ao vivoHollisfox sports ao vivodiferentes momentos e agora é uma minafox sports ao vivoouro para estudarmos diferentes formasfox sports ao vivoatacar o vírus", afirma Liotta.
Na maioria das pessoas, os anticorpos que se desenvolvem para combater o vírus atacam as proteínas das espículas do coronavírus — formações na superfície do Sars-Cov-2fox sports ao vivoformatofox sports ao vivoespinhos que o ajudam a infectar as células humanas.
"Os anticorpos do paciente grudam nas espículas e o vírus não consegue grudar nas células e infectá-las", explica Liotta. O problema é que,fox sports ao vivouma pessoa que entrafox sports ao vivocontato com o vírus pela primeira vez, demora certo tempo até que o corpo consiga produzir esses anticorpos específicos, o que permite que o vírus se espalhe.
Mas os anticorposfox sports ao vivoHollis são diferentes: eles atacam diversas partes do vírus e o eliminam rapidamente. Eles são tão potentes que Hollis é imune inclusive às novas variantes do coronavírus.
"Você poderia diluir os anticorpos delefox sports ao vivo1 para mil e eles ainda matariam 99% dos vírus", explica Liotta.
Os pesquisadores estudam esses superanticorposfox sports ao vivoHollis efox sports ao vivoalguns outros poucos pacientes como ele na esperançafox sports ao vivoaprender como melhorar as vacinas contra a doença.
"Eu sei que não sou a única pessoa que tem anticorpos assim, sou apenas uma das poucas pessoas que foram encontradas", afirma Hollis.
Viés racialfox sports ao vivopesquisas
Descobertas como essa, no entanto, muitas vezes não acontecem por causafox sports ao vivoum viés racialfox sports ao vivopesquisas científicas: a maioria delas é feita com pacientes brancos. A participaçãofox sports ao vivonegrosfox sports ao vivoestudos tende a ser muito menor do quefox sports ao vivoporcentagem na sociedade.
"Há um longo históricofox sports ao vivoexploração (de pacientes negros) que faz com que a comunidade afro-americana tenha desconfiançafox sports ao vivorelação à participaçãofox sports ao vivopesquisas", afirma Jeff Kahn, professor do Institutofox sports ao vivoBioética da Universidade John Hopkins.
"É compreensível que haja essa desconfiança", afirma.
Um dos experimentos mais conhecido feito com a participaçãofox sports ao vivoafro-americanos é o estudofox sports ao vivosífilisfox sports ao vivoTuskegee: por maisfox sports ao vivo40 anos, cientistas patrocinados pelo governo americano estudaram homens negros que tinham sífilis no Alabama sem prover medicamentos para a doença.
"Ao longo dos anos, durante a produção do estudo, antibióticos se tornaram amplamente disponíveis e não foram oferecidos a essas pessoas. Os pesquisadores mentiram sobre o que estava sendo feito com eles e tiveram tratamento negadofox sports ao vivonome da pesquisa", explica Kahn.
"Quando o estudofox sports ao vivoTuskegee veio a público, foram criadas regras e regulamento para pesquisasfox sports ao vivoseres humanos, que estãofox sports ao vivovigor desde os anos 1970".
Esse histórico é um dos motivos pelos quais uma parte da população, que tem sido fortemente atingida pela pandemia, muitas vezes é relutante para participarfox sports ao vivoestudos ou tomar a vacina.
"Queremos garantir que as comunidades que são mais afetadas estejam recebendo os benefícios das tecnologias sendo desenvolvidas", afirma Kahn. "E, para isso, essas populações precisam também ser partefox sports ao vivoestudos."
"Nós devemos honrar aquelas pessoas, as vítimas do estudofox sports ao vivoTuskegee, através do envolvimentofox sports ao vivoum processo para garantir que aquilo não aconteçafox sports ao vivonovo. E também para salvar vidas, especialmente na comunidade afro-americana, que tem sido fortemente atingida pela pandemia", diz Hollis.
"Protegermos uns aos outros é um dever nós mesmos e às pessoas que amamos", afirma o escritor.
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