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Covid-19: quando se determina o fimcasa de betuma pandemia?:casa de bet
Mas o que deve acontecer para que a covid-19 também entre para a história e não seja mais considerada uma pandemia?
A resposta mais direta vem da definição do que constitui uma pandemia.
Segundo a Real Academia Espanhola, trata-secasa de betuma "doença epidêmica que se estende a muitos países ou que ataca quase todos os indivíduoscasa de betuma localidade ou região".
Portanto, infere-se que a covid-19 deixarácasa de betser uma pandemia quando não tiver mais um alcance tão grande como acontece agora.
Mas quem define esse limite?
Mesmo se a OMS decidir que a pandemia acabou, será cada um dos países — ou mesmo os estados ou províncias — que determinarão quando a emergênciacasa de betsaúde pública terminará e as quarentenas e restrições poderão ser suspensas.
Um basta nos contágios
A maneira mais clara e fácilcasa de betdecretar o fimcasa de betuma pandemia seria se não houvesse mais circulação do Sars-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19.
No dia 11casa de betmarçocasa de bet2021, apenas 14 países ou territórios ao redor do mundo estão livres da doença,casa de betacordo com a OMS.
Neste grupo estão 12 ilhas localizadas nos oceanos Pacífico ou Atlântico que tiveram que fechar suas fronteiras para ficarem afastadas do vírus.
Existem cercacasa de bet119 milhõescasa de betpessoas que já foram infectadas e 2,6 milhõescasa de betmortes — e esses números continuam a aumentar dia após dia.
Portanto, o objetivocasa de betinterromper completamente as cadeiascasa de bettransmissão do coronavírus parece muito distante, senão impossível.
Essa dificuldade persiste mesmo quando consideramos que existem oito vacinas que previnem a doença e pelo menos 125 países e territórios que já começaram a imunizar suas populações.
Mesmo nos Estados Unidos, nação que mais administrou o maior número totalcasa de betdoses até agora (maiscasa de bet100 milhões), especialistas alertam que será quase impossível atingir os níveiscasa de betvacinação necessários — acimacasa de bet75% da população protegida — para alcançar a metacasa de betzerar a transmissão do coronavírus por lá.
Apesar das fortes campanhascasa de betimunizaçãocasa de betcurso rápidocasa de betEstados Unidos, Israel, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Chile, a vacinação vemcasa de betum ritmo muito mais lentocasa de betoutros lugares do planeta.
Além disso, novas cepas do coronavírus continuam a surgir, o que pode reduzir a eficácia das vacinas.
Esses dois fatores praticamente descartam a possibilidadecasa de betderrotar a covid-19 por nocaute pela vacinação, como alguns esperavam.
Imunidadecasa de betrebanho?
No entanto, o uso amplo das vacinas já disponíveis pode contribuircasa de betoutra forma para acabar com a pandemia: por meio da imunidade coletiva, também conhecida popularmente como imunidadecasa de betrebanho.
Isso pode ser alcançado quando uma grande parte da população tornar-se imune ao vírus, o que reduz drasticamentecasa de betcirculação dentro da comunidade.
A teoria é que, se uma quantidade suficientecasa de betpessoas estiver protegida, os mais vulneráveis terão menos riscocasa de betsofrer um possível contágio.
Cientistas britânicos estimaram que, no caso da covid-19, a imunidade coletiva seria alcançada quando aproximadamente 60% da população fosse exposta ao Sars-CoV-2.
Essa exposição pode ser natural, quando alguém tem a doença, ou preferencialmente pela criaçãocasa de betuma resposta imune após tomar a vacina.
Com mais e mais pessoas protegidas contra o coronavírus, será essa uma saída da pandemia?
Não no curto prazo, acredita a OMS.
No finalcasa de betdezembro, a agência alertou que "pesquisascasa de betsoroprevalência sugerem que, na maioria dos países, menoscasa de bet10% da população teve covid-19."
Enquanto isso, embora as estatísticas sobre vacinação revelem que até agora maiscasa de bet300 milhõescasa de betdoses foram administradas, a parcela das pessoas 100% imunizadas fica muito abaixo disso, uma vez que a maioria dos imunizantes requer duas aplicações para surtir o efeito desejado.
Ainda que a façanhacasa de betdesenvolver vacinascasa de betmenoscasa de betum ano seja um enorme avanço científico, alcançadocasa de bettempo recorde, o impacto das campanhas ainda é limitado se considerarmos que maiscasa de bet7,7 bilhõescasa de betpessoas vivem no mundo.
A outra coisa que complica o alcance da imunidade coletiva é que as pessoas que já tiveram covid-19 não estão necessariamente protegidas contra a doença.
"Ainda não se sabe ao certo quanto tempo dura a imunidade contra esse coronavírus, mas com base nos outros vírus da mesma família que já existem e que afetam a população regularmente, sabemos que as pessoas podem se reinfectar", alertou Jeffrey Shaman, professorcasa de betciências da saúde ambiental da Universidadecasa de betColumbia, nos Estados Unidos, à BBC World.
"Ainda estamos aprendendo sobre a imunidade depois da covid-19", atesta a OMScasa de betumcasa de betseus relatórios.
"A maioria das pessoas infectadas desenvolve uma resposta imunológica nas primeiras semanas, mas não sabemos quão forte ou duradoura é essa reação. Também há relatoscasa de betindivíduos infectados com covid-19 pela segunda vez", alerta o texto.
Como acontece com a gripe?
Diantecasa de bettantas dificuldades e entraves, muitos cientistas acreditam que a saída da pandemia não ocorrerá nem pela eliminação da doença, nem pelo alcancecasa de betuma imunidade coletiva que ultrapasse o limiar dos 60%.
Eles apostam no cenáriocasa de betque a doença estará suficientemente sob controle.
Na prática, isso significa que os númeroscasa de betinfecções, internações e óbitos pela infecção não serão mais considerados uma emergência sanitária.
Um artigo recente da revista The Atlantic estimou que, nos Estados Unidos, esse limite seria atingido quando fossem registradas menoscasa de betuma centenacasa de betmortes por dia.
Mas por que esse número? Porque trata-secasa de betuma taxa aproximada ao que acontece anualmente com a gripe.
Joseph Eisenberg, epidemiologista da Universidadecasa de betMichigan, disse que esse nívelcasa de betmortalidade é " considerado aceitável pelo público".
As comparações com a gripe não são exageradas.
Existem vários especialistas que acreditam que o coronavírus pode eventualmente se tornar um problema endêmico, com picos sazonais, como acontece com os diferentes vírus causadores da gripe nos meses mais frios do ano.
À medida que mais e mais pessoas fiquem expostas ao Sars-CoV-2, a expectativa é que as taxascasa de bettransmissão ecasa de betinfecção comecem a diminuir.
Ao mesmo tempo, o vírus pode sofrer mutações para se tornar menos prejudicial, como acontece com outros agentes infecciosos: no início, eles são mais agressivos e se tornam menos letais com o passar do tempo.
Certamente ainda haveria surtoscasa de betcovid-19, como ocorre com a gripe, mas a esperança é que o desenvolvimentocasa de betnovos medicamentos para tratar a infecção possa torná-la menos mortal.
"Esperamos atingir níveiscasa de betinfecção controláveis e, com o vírus se tornando cada vez menos grave, é possível atingir um equilíbriocasa de betque este patógeno não seja tão ruim para a maioria das pessoas", disse Shaman.
"Esse seria o tipocasa de betestabilidade que nos permitiria conviver com esse vírus e, ao mesmo tempo, retornar a algum tipocasa de betnormalidade", completou.
Quantos meses ou anos?
Outro artigo publicado no periódico científico Science em janeiro por cientistas da Universidade Emory e da Universidade Estadual da Pensilvânia, ambas nos Estados Unidos, usou um modelo matemático para reproduzir a propagação do vírus e estimar quanto tempo ainda viveremos na emergênciacasa de betsaúde pública.
A conclusão é que "domar a pandemia" e fazer a covid-19 se tornar endêmica levará entre um ano e uma década.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi um pouco mais preciso.
Em agosto do ano passado, ele estimou que a pandemia terminará "em menoscasa de betdois anos" — ou seja,casa de betmeadoscasa de bet2022.
Isso faria com que a crise da covid-19 fosse ligeiramente mais curta que a gripe espanhola, a pior pandemia do século XX, que perdurou entre 1918 e 1920.
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