Covid-19: por que o objetivo do Reino Unido é agora viver com o vírus —best online casino reviewsvezbest online casino reviewscombatê-lo constantemente:best online casino reviews

Woman looks through a window

Crédito, Getty Images

A ideia foi reforçada pelo parlamentar David Davis, do Partido Conservador (o mesmo do premiê Boris Johnson), que disse à BBC Radio 4 nesta semana: "Chegará um pontobest online casino reviewsque haverá uma taxabest online casino reviewsmortes por covid-19, masbest online casino reviewsum nível normal, e teremosbest online casino reviewslidar com isso".

Mas será que o plano do governo britânico é mesmo possível?

Tanto esse plano quanto a estratégia "covid zero" dividem especialistas no país.

Erradicar o vírus é quase impossível

Varrer a covid-19 do mapa seria ótimo, é claro, dada a morte e destruição que vem causando. Mas o único problema disso é que a erradicação só foi alcançada antes com um único vírus — o da varíola,best online casino reviews1980.

Demorou décadas para se chegar a esse ponto, e cientistas e governos só foram capazesbest online casino reviewsfazer isso por causabest online casino reviewsum conjunto bastante singularbest online casino reviewscircunstâncias. Em primeiro lugar, a vacina era tão estável que não precisava ser refrigerada e, quando foi administrada, ficava imediatamente claro se funcionava ou não — devido ao surgimentobest online casino reviewspústulas.

Last indigenous case of smallpox in India, seven-year-old boy Manjo, May 1975

Crédito, Universal History Archive/Getty Images

Também era claro quando alguém era infectado — não era necessário fazer testebest online casino reviewslaboratório, o que era uma grande vantagem na tentativabest online casino reviewsconter os surtos.

A covid-19, como bem sabemos, é completamente diferente.

A estratégia 'covid zero'

Em contrapartida, o chamado movimento "covid zero" tende a falar sobre eliminação. Isso basicamente significa reduzir os casos para zero (ou pertobest online casino reviewszero)best online casino reviewsum território e mantê-los nesse patamar.

Um dos mais notórios defensores dessa estratégia é a professora Devi Sridhar, especialistabest online casino reviewssaúde pública da Universidadebest online casino reviewsEdimburgo, na Escócia. Ela acredita que devemos tratar a covid-19 como o sarampo, que foi amplamente eliminado nos países ricos.

Ela argumenta que as restrições contínuas para diminuir o númerobest online casino reviewscasos, combinadas com um sistemabest online casino reviewsteste e vacinação mais eficaz, podem nos permitir manter o vírus contido, permitindo que o Reino Unido volte a ter uma "vida doméstica um tanto normal" com restaurantes, bares, eventos esportivos e musicais acontecendo.

Mas o preço a pagar, diz ela, seriam as restriçõesbest online casino reviewsfronteira limitando as viagens internacionais e "lockdowns curtos e severos" quando os casos inevitavelmente explodissem.

Travellers in the international arrival area of Heathrow Airport on 18 January 2021

Crédito, EPA

Deepti Gurdasani, epidemiologista clínica da Universidadebest online casino reviewsLondres, no Reino Unido, é outra defensora dessa estratégia. Ela é um dos maisbest online casino reviews4 mil signatários da petição covid zero, que pede um debate parlamentar sobre a proposta.

"A vida pode voltar ao normal — podemos até abrir corredoresbest online casino reviewsviagens com outros países que sigam esse caminho", diz ela.

O problema com a abordagem do sarampo

Pode ser uma perspectiva tentadora, mas muitos acreditam que ela está forabest online casino reviewsalcance ou que exigiria restrições tão constantes que os custos econômicos e sociais seriam enormes.

"Covid zero não é compatível com os direitos e liberdades individuais que caracterizam as democracias do pós-guerra", afirma o professor Francois Balloux, diretor do Institutobest online casino reviewsGenética da Universidade College London (UCL), no Reino Unido.

Países como Nova Zelândia, Taiwan e Austrália conseguiram isso porque foram capazesbest online casino reviewsevitar que o vírus se estabelecesse — e todos os sinais sãobest online casino reviewsque, uma vez quebest online casino reviewspopulação seja vacinada, eles começarão a suspender as restriçõesbest online casino reviewsfronteira.

Mas nenhum país que viu o vírus se espalhar da maneira como aconteceu no Reino Unido conseguiu reprimi-lo a pontobest online casino reviewseliminá-lo.

A man holding the Oxford vaccine

Crédito, PA Media

As vacinas,best online casino reviewsteoria, fornecem uma nova ferramenta para nos ajudar a conseguir isso, como fizeram com o sarampo.

Mas há uma falha significativa nesse argumento, observa a professora Jackie Cassell, especialistabest online casino reviewssaúde pública da Universidadebest online casino reviewsBrighton, no Reino Unido.

O sarampo, segundo ela, é um vírus "excepcionalmente estável". Isso significa que ele não mudabest online casino reviewsmaneira que permita escapar do efeito da vacina. Na verdade, a mesma vacina tem sido usada basicamente desde 1960 — e também fornece imunidade permanente.

Mas está claro que "infelizmente" não é o caso desse coronavírus, acrescenta Cassell.

O desafio é se manter à frente do vírus

As variantes que surgiram na África do Sul e no Brasil permitem, segundo indicam os estudos até agora, que o vírus mude para escaparbest online casino reviewsparte da imunidade gerada pelas vacinas (o que não significa que elas percam importância).

O vírus que circula no Reino Unido também sofreu uma nova mutação — conhecida como E484 — que permite que isso aconteça.

À medida que mais pessoas são vacinadas, isso só tende a aumentar. Isso porque as mutações que são capazesbest online casino reviewscontornar a resposta imunológicabest online casino reviewsalguma forma terão uma vantagem, diz Adam Kucharski, da Escolabest online casino reviewsHigiene e Medicina Tropicalbest online casino reviewsLondres, que realizou pesquisas sobre surtos globais, da zika ao ebola.

"Não podemos fugir disso. Podemos muito bem precisarbest online casino reviewsatualizaçõesbest online casino reviewsvacinas."

coronavirus

Crédito, Getty Images

O desafio, portanto, é "ficar à frente do vírus", diz ele.

Mas Kucharski não acredita que seja tão difícil quanto talvez pareça, dada a atenção da imprensabest online casino reviewsrelação às novas variantes.

Os coronavírus mudam menos que o vírus da gripe, segundo ele, o que significa que as vacinas ainda devem permanecer eficazesbest online casino reviewsgrande medida.

Além disso, o fatobest online casino reviewsas mutações estarem compartilhando algumas características-chave nos dá uma boa ideia do caminho que estão percorrendo.

"Se poderia esperar que fosse mais fácilbest online casino reviewsatualizar do que no caso da gripe,best online casino reviewsque existem muitas cepas diferentes."

Ele alerta, no entanto, que deve ser tomado o máximobest online casino reviewscuidado no momento, uma vez que uma população que está desenvolvendo imunidade quando há muita infecção por perto oferece o terreno fértil ideal para as variantes tentarem escapar dessas vacinas.

Ele diz que é muito cedo para dizer se chegaremos ao pontobest online casino reviewsque o coronavírus poderá ser tratado como a gripe, já que ainda não vimos totalmente o impacto que as vacinas vão ter.

'Reduzir o risco'best online casino reviewscovid

Essa cautela é compreensível, já que os cientistas querem primeiro ver as evidências do lançamento do programabest online casino reviewsvacinação no mundo real. Um grande estudo da Public Health England, agência governamentalbest online casino reviewsSaúde Pública da Inglaterra, estábest online casino reviewsandamento para analisar isso — e espera-se que seja publicado antes que as restrições sejam suspensas.

Mas todas as indicações dos testes clínicos e da experiênciabest online casino reviewsIsrael, que está liderando a vacinação no mundo, é que elas terão um impacto significativo na redução das infecções — e onde não tiverem, pelo menos ajudarão a prevenir formas graves da doença e as complicações da chamada "covid longa", assim como mortes.

Para aqueles que permanecerem suscetíveis seja porque se recusam a tomar a vacina ou porque a vacina não funcionou, os avanços nos tratamentos serão vitais.

Isso sugere que podemos chegar ao ponto — nas palavras do principal consultor médico-chefe da Inglaterra, Chris Whitty —best online casino reviewsque "reduziremos o risco" da covid.

Isso não significa, porém, que ninguém vai morrer.

Mesmo a gripe continua sendo uma doença capazbest online casino reviewsmatarbest online casino reviewslarga escala:best online casino reviewsdezembrobest online casino reviews2017, a Organização Mundial da Saúde estimou que até 650 mil pessoas morriam por ano no mundobest online casino reviewsdecorrênciabest online casino reviewsdoenças respiratórias ligadas à influenza sazonal.

"Vivemos ao ladobest online casino reviewsvírus há milênios", diz o professor Robert Dingwall, membro do Grupobest online casino reviewsAconselhamento para Ameaçasbest online casino reviewsVírus Respiratórios Novos e Emergentes do governo.

"Faremos o mesmo com a covid."

Línea

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