Como acordo do Brexit reduz incertezas e pode ser favorável ao Brasil:casa de apostas falcao

"Com o acordo, fica estipulado que a maior parte desse comércio vai continuar a acontecer sem barreiras, o que por si só já é muito importante", diz o especialista, destacando que, no entanto, muitas perguntas ainda seguem sem resposta, principalmente com relação à mobilidade das pessoas — os britânicos que viajarem para países do bloco e vice-versa.

E o Brasil com isso?

Santoro observa que o Reino Unido é um parceiro comercial importante para o Brasil, embora não majoritário.

A correntecasa de apostas falcaocomércio — somacasa de apostas falcaoexportações e importações — entre os dois países foicasa de apostas falcaoUS$ 5,29 bilhões (R$ 27,6 bilhões)casa de apostas falcao2019, com US$ 2,96 bilhõescasa de apostas falcaoexportações do Brasil para o Reino Unido e US$ 2,32 bilhõescasa de apostas falcaoimportações, num superávitcasa de apostas falcaoUS$ 639 milhões.

Com o resultado, o Reino Unido foi o 15º maior mercado para as exportações brasileiras.

Dentro da União Europeia, o país tem parceiros comerciais mais relevantes, como a Holanda (3º maior destino para exportações brasileiras), Alemanha (8º) e Espanha (9º).

"Agora, vai depender muitocasa de apostas falcaocomo a economia britânica vai se adaptar a esse novo cenário pós União Europeia", avalia Santoro.

"Há uma possibilidade interessantecasa de apostas falcaoque as exportações do agronegócio brasileiro acabem aumentando para o mercado britânico, tomando espaço que hoje é das exportações da União Europeia. Há expectativas boas nesse sentido."

União Europeia mais estável

Além disso, avalia o professor, o Brasil ganha com uma União Europeia mais estável, sem toda a instabilidade que poderia ser gerada por um Brexit sem acordo.

Emerson Marçal, coordenador do Centrocasa de apostas falcaoMacroeconomia Aplicada da EESP-FGV (Escolacasa de apostas falcaoEconomiacasa de apostas falcaoSão Paulo da Fundação Getulio Vargas), lembra que Mercosul e União Europeia tentam finalizar um acordocasa de apostas falcaolivre comércio, cuja negociação está paralisada pelos desentendimentos entre os blocos, principalmente com relação à pauta ambiental.

"Se não houvesse Brexit, esse acordo incluiria automaticamente o Reino Unido. Com o afastamento britânico, o Reino Unido deve se tornar muito mais receptivo a acordoscasa de apostas falcaolivre comércio com outros países e talvez,casa de apostas falcaoalgum momento, eles queiram conversar com o Brasil, que é um mercado importante, do qual eles gostariamcasa de apostas falcaose aproximar", diz.

"Talvez o Reino Unido esteja disposto a fazer mais concessões do que estaria disposto a fazer se negociasse no bloco da União Europeia."

Santoro lembra que a negociação com o bloco europeu esbarra no protecionismocasa de apostas falcaoalguns países da Europa que têm produção agrícola forte, como a França. Já o Reino Unido não tem um setor agropecuário a proteger, pois importa quase tudo que consome nessa área.

Presentecasa de apostas falcaoNatal para o comércio internacional

"Para o comércio mundial, o acordo fechado hoje entre Reino Unido e União Europeia significa fortalecimento, o que beneficia a todos", avalia José Augustocasa de apostas falcaoCastro, presidente-executivo da AEB (Associaçãocasa de apostas falcaoComércio Exterior do Brasil).

Segundo ele, o Brasil não é beneficiadocasa de apostas falcaoimediato com o resultado, mas pode se favorecer indiretamente, com o aumento da correntecasa de apostas falcaocomércio global, o que beneficiaria as exportações brasileirascasa de apostas falcaocommodities.

"É uma ótima notícia, um presentecasa de apostas falcaoNatal para o comércio internacional, que ganha uma perspectiva realcasa de apostas falcaocrescimento nos próximos anos. É mais um fator positivo, que cria uma expectativa favorável para que 2021 seja um ano diferentecasa de apostas falcao2020, com mais comércio, menos pandemia, mais vacina e a volta ao normal."

Má notícia para os estudantes britânicos

Para Santoro, da UERJ, uma parte do acordo firmado nesta quinta-feira não afeta o Brasil, mas é uma notícia triste para os estudantes britânicos: a saída do Reino Unido do Erasmus, maior programa mundialcasa de apostas falcaointercâmbio internacional e uma das iniciativascasa de apostas falcaomaior êxito da União Europeia.

"Essa é uma notícia muito ruim para o Reino Unido e para a Europa como um todo", considera o professor. "Esse programa marcou toda uma geraçãocasa de apostas falcaoestudantes da União Europeia e ter os britânicos saindo dele é o fimcasa de apostas falcaouma era. Diminui as perspectivas e as possibilidadecasa de apostas falcaoampliaçãocasa de apostas falcaohorizontes para os jovens britânicos que estão entrando agora nas universidades, sobretudo nas pequenas e médias."

"É um retrocesso e vai muito na linha do que tem sido a ascensão desses nacionalismos agressivos dos últimos anos, com uma reação até xenófoba, muitas vezes, à globalização."

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