BBC 100 Women: quem está na listamulheres inspiradoras e influentes2020?:
A BBC apresenta alista anual100 mulheres inspiradoras e influentestodo o mundo.
Em 2020, o projeto BBC 100 Women destaca mulheres que estão liderando mudanças e fazendo a diferença nesses tempos conturbadospandemiacoronavírus, crise econômica, avanço da fome e mudanças climáticas.
Duas brasileiras estão entre as eleitas: Cibely Racy, professora pioneira no ensino da igualdade racial, e Lea T, modelo transexual.
A lista inclui ainda, por exemplo, Sanna Marin, a primeira-ministra mais jovem do mundo. Marin está à frenteuma coalizão governamental liderada por mulheres na Finlândia, Jane Fonda, atriz e ativista do clima, e Sarah Gilbert, que lidera o desenvolvimentouma promissora vacina na UniversidadeOxford contra o novo coronavírus.
Uma escritora que documentou a vidaWuhan durante os rígidos confinamentos no início da pandemia, e uma cantora e compositora que fala sobre a violência contra as mulheres são outros exemplosmulheres que estão transformando suas experiências pessoais mais profundasplataforma para mudanças.
Em um ano extraordinário — quando diversas mulheres ao redor do mundo fizeram sacrifícios para ajudar outras pessoas — um nome na lista das 100 mulheres foi deixadobranco como reconhecimento daquelas que perderam suas vidas tentando fazer a diferença.
Como a BBC 100 Women não pode nomear todas as mulheres do mundo que deram uma contribuição, esse espaço foi pensado para permitir que você lembre daquelas mulheres que impactaram avida ao longo2020.
E como foram escolhidas as 100 mulheres?
As integrantes do BBC 100 Women elaboraram uma lista com basenomes identificados pela própria equipe e sugeridos pela redeequipesidiomas do Serviço Mundial da BBC.
Foram procuradas candidatas que chegaram às manchetes ou influenciaram fatos importantes nos últimos 12 meses, assim como aquelas que têm histórias inspiradoras para contar, conquistaram algo significativo ou influenciaram suas sociedadesmaneiras que não necessariamente viraram notícia.
O conjuntonomes foi então avaliadorelação ao tema deste ano — mulheres que lideraram a mudança — e pesado quanto à representação regional e a devida imparcialidade, antes que os 99 nomes fossem finalmente escolhidos.
1. Loza Abera Geinore - Jogadorafutebol, Etiópia
Twitter: @LozaAbera
Nascida e criadauma pequena cidade no sul da Etiópia, Loza jogou pelo Awassa City no principal campeonatofutebol feminino da Inglaterra por duas temporadas, períodoque se tornou artilheira do time. Ela também se tornou jogadora da seleção feminina da Etiópia.
"Qualquer mulher no mundo pode alcançar tudo o que sonhou ou planejou fazer, independentemente das situações que enfrenta."
2. Houda Abouz - Rapper, Marrocos
Instagram: @khtek.17
Conhecida também como Khtek, Houda Abouz é uma rapper marroquina celebrada por suas letras e seu estilo singular. A cantora, que consideramúsica uma ferramenta para a mudança, defende os direitos das mulheres e a igualdadegênerouma indústria amplamente dominada pelos homens.
"Continue criando, lutando e resistindo; nunca volte atrás. Nossa luta apenas começou e temos tudo o que o mundoque vivemos precisa: o poder feminino."
3. Christina Adane - Ativista, Holanda
Instagram: @christina.adane
Christina Adane está por trásuma enorme campanha por merenda gratuita durante o recesso escolar no Reino Unido — um benefício que a própria recebeu. A ação ganhou projeção com o apoio do jogadorfutebol Marcus Rashford, do Manchester United. Christina atua como copresidente do conselho jovem da Bite Back 2030, campanha contra injustiças na indústria alimentícia, e tenta garantir que nenhuma criança no país passe fome.
"Nunca comprometa suas crenças ou quem você é. Nenhuma mulher fez mudanças misturada numa multidão."
4. Yvonne Aki-Sawyerr - Prefeita, Serra Leoa
Twitter: @yakisawyerr
A prefeitaFreetown, Yvonne Aki-Sawyerr OBE (título concedido pela realeza britânica), é mais conhecida por seu projeto Transforme Freetown, que engloba 11 setores — da preservação ambiental ao suporte para políticas que reduzam o desemprego juvenil. Num anoque inundações e incêndios atingiram milharespessoas pelo mundo, a prefeita inspirou os moradores da cidade a aderirem acampanha para plantar 1 milhãoárvoresdois anos. #FreetownTheTreeTown foi lançadajaneiro2020 sem verba assegurada. Dez meses depois, mais450 mil mudas foram plantadas — o restante ficou para a próxima estação chuvosa. As árvores são essenciais para enfrentar inundações, erosão do solo e escassezágua.
"Nós provavelmente nos sentimos frustradas e insatisfeitas. Isso não precisa continuar sendo negativo. Podemos transformá-loalgo positivo, permitindo que nossa insatisfação dê origem à mudança que queremos ver."
5. Sarah Al-Amiri - Ministra para Tecnologias Avançadas, Emirados Árabes Unidos
Twitter: @SarahAmiri1
Sua Excelência Sarah Al-Amiri é ministra para Tecnologias Avançadas dos Emirados Árabes Unidos (UAE) e presidente na agência espacial nacional. Antesassumir esses cargos, esteve à frenteuma missão não tripulada dos UAE para Marte, a primeira interplanetáriaum país árabe.
"O coronavírus exigiu que o mundo ficasseabsoluto repouso, no qual refletimos e crescemos como indivíduos. Precisamos fazer um esforço coletivo para continuar crescendo e garantir a sustentabilidadenosso frágil planeta."
6. Waad Al-Kateab - Cineasta, Síria
Twitter: @waadalkateab
Waad Al-Kateab, que também atua como jornalista e ativista, recebeu vários prêmios (incluindo um Emmy) por suas reportagensAleppo. Em 2020, seu primeiro longa, "Para Sama", ganhou o prêmio Baftamelhor documentário e foi indicado ao Oscar na mesma categoria. Agora ela mora com o marido e as duas filhasLondres, onde trabalha no Channel 4 News e lidera uma campanha para ajudar as pessoas afetadas pelos conflitos na Síria.
"Nós só perdemos quando abrimos mão da esperança. A todas as mulheres, não importa onde estejam: continue a lutar por aquilo que acredita, ou se continuar sonhando e, acimatudo, nunca, jamais desista da esperança."
7. Adriana Albini - Patologista, Itália
Twitter: @adrianaalbini1
Adriana Albini é professorapatologia da UniversidadeMilano Bicocca e chefe do LaboratórioBiologia Vascular e Angiogênese do IRCCS MultiMedica e da Fundação MultiMedica. Ela é a primeira italiana eleita para o conselhodiretores da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer. E, como presidente do Top Italian Women Scientists Club da Fundação Observatório NacionalSaúde da Mulher, está engajada na promoçãooutras pesquisadoras. Além disso, Adriana também é campeãesgrima, ganhando o bronze na Copa do MundoVeteranos2018 e a medalhaprata2015 no Torneio EuropeuEsgrimaVeteranos.
"Pesquisadoras começam suas carreiras seguindo um caminho; cientistas constroem um caminho onde a estrada pavimentada parece ter acabado. As mulheres cientistas, comnatureza multitarefa, devem encontrar novos caminhos onde ninguém está olhando."
8. Ubah Ali - Educadora sobre Mutilação Genital Feminina, Somalilândia
Twitter: @Ubah_Alii
Ubah Ali é cofundadora da Solace for Somaliland Girls, entidade que busca erradicar por meio da educação todas as formasmutilação genital femininacomunidades da Somalilândia. Estudante na Universidade AmericanaBeirute, ela também defende os direitos dos trabalhadores migrantes no Líbano.
"O mundo mudou muito2020. Há um chamado urgente pela união das mulherestodo o mundo — muitas sofrem violência doméstica, estupro, mutilação genital feminina e muito mais. Juntas, as mulheres podem exigir justiça."
9. Nisreen Alwan - Especialistasaúde pública, Iraque e Reino Unido
Twitter: @dr2nisreenalwan
Nisreen Alwan é médica e pesquisadorasaúde pública no Reino Unido onde estuda a saúde e o bem-estarmulheres e crianças, com foco na gravidez. Durante a pandemiacovid-19, aumentou a conscientização sobre a necessidade dos países medirem e abordarem não apenas a mortalidade mas também os problemassaúdelongo prazo causados pelo coronavírus (a chamada "covid persistente").
"Durante 2020, eu fiz mais três coisas: falar o que penso, fazer o que temo e me perdoar. Eu também fiz menos três coisas: me importar com o que os outros pensammim, me culpar e acreditar que sou menos do que os outros."
10. Elizabeth Anionwu - Enfermeira, Reino Unido
Twitter: @EAnionwu
Dame Elizabeth Anionwu é professora eméritaenfermagem na Universidade West London e patrona da SociedadeAnemia Falciforme do Reino Unido. É uma enfermeira pioneira na áreacélulas falciformes e talassemia que fez campanha pela estátuahomenagem à enfermeira anglo-jamaicana Mary Seacole. Elizabeth tem sido figura-chave no debate sobre impacto desproporcional da covid-19minorias (negros, asiáticos e outros).
"Nunca subestime a contribuição global positiva que você e tantas outras mulheres estão fazendo."
11. Nadeen Ashraf - Ativista, Egito
Instagram: @actuallynadeen
Nadeen Ashraf é uma estudantefilosofia que acredita nas redes sociais como uma ferramentamudança. Ela é apaixonada por espalhar conhecimentoforma acessível à populaçãogeral. Nadeen é a fundadora da Polícia do Assédio, um perfil na plataforma Instagram no qual mulheres no Egito podem compartilhar suas históriasassédio sexual. Ela é vista dentro do movimento feminista como um pilar para a mudança social na luta contra esse crime.
"Cresci rodeadamulheres que dedicaram suas vidas a lutar por mudanças. Jamais pensei que estariaposiçãoamplificar suas vozes. Nunca é tarde demais para fazer algo que você acredita."
12. Rina Akter - Ex-profissional do sexo, Bangladesh
Rina Akter tinha apenas oito anos quando foi vendida por um familiar para um bordel. Ela cresceu ali, foi tragada para o trabalho sexual e agora tenta ajudar outras profissionais do sexo a melhoraremvida. Na pandemia, ela eequipeajudantes têm servido quase 400 refeições por semana para profissionais do sexoDhaka que ficaram sem clientes e passaram a lutar para conseguir comer.
"As pessoas veem nossa profissão como degradante, mas fazemos isso para comprar comida. Estou tentando garantir que as mulheres dessa profissão não fiquem com fome e que seus filhos não tenham que fazer esse trabalho."
13. Bilkis Bano - Líderprotesto, Índia
Twitter: @DadiBilkis
Aos 82 anos, Bilkis Bano integra um grupomulheres que protestam pacificamente contra uma controversa leicidadania acusadaprejudicar minorias religiosas. Acabou se tornando o rosto dessa longa manifestação na capital indiana. Para a jornalista e escritora indiana Rana Ayyub, ela é "a voz dos marginalizados".
"As mulheres devem se sentir autorizadas a saircasa e levantar a voz, especialmente contra a injustiça. Se não saíremcasa, como mostrarãoforça?"
14. Diana Barran - Subsecretária governamental, Reino Unido
Twitter: @dianabarran
Nomeada secretária para a sociedade civil do Reino Unido2019 e responsável por políticas públicas para o setor, baroness Diana Barran é fundadora e ex-executiva-chefe da SafeLives, instituiçãocaridade nacional que busca acabar com a violência doméstica. Ela é também ex-chefedesenvolvimentosubsídios no think tank New Philanthropy e trabalhou com gestãoativos antesfundar um dos primeiros hedge funds da Europa. Foi ainda curadora da Royal Foundation e da Comic Relief, alémpresidente da instituiçãocaridade Henry Smith. Em 2007, recebeu o prêmio Beacon na Inglaterra e quatro anos depois se tornou MBE (Member of the British Empire - Membro do Império Britânico), título concedido pela realeza britânica, por seu combate à violência doméstica.
"Penso nas palavrasMaya Angelou: 'As pessoas vão esquecer o que você disse, vão esquecer o que você fez, mas as pessoas nunca vão esquecer como você as fez se sentirem'."
15. Macinley Butson - Cientista e inventora, Austrália
Twitter: @Macinley_Butson
Macinley Butson começou a produzir suas invenções quando tinha sete anos. Agora com 20 anos, inventou uma sériedispositivos que tentam melhorar a radioterapia para pacientes com câncermama e o fornecimentoágua potávelcomunidades mais pobres. Ela se tornou inspiração para jovens australianos, mostrando como podem retribuir à comunidade por meio da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
"Nada determina nossa capacidadegerar mudanças. Imploro a todas as mulheres do mundo que se perguntem: 'Se não eu, então quem? Se não agora, então quando?'"
16. Evelina Cabrera - Treinadora e dirigentefutebol, Argentina
Instagram: @evelinacabrera23
Evelina Cabrera nasceuuma situaçãovulnerabilidade, mas isso não a impediuse tornar treinadora e dirigente esportiva, uma das primeiras do país. Aos 27, fundou a Associação ArgentinaFutebol Feminino. Ela formou vários times (incluindo umjogadoras cegas), treinou prisioneiras e ajudou mulheres e meninas vulneráveis por meio do esporte e da educação.
"Nosso gênero e nossa origem não devem determinar nosso futuro. É um caminho difícil, mas com a luta coletivaum mundo unido, seremos capazesalcançar a igualdade."
17. Wendy Beatriz Caishpal Jaco - Ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, El Salvador
Instagram: @wendy_caishpal
Wendy Caishpal é empreendedora, ativista, palestrante motivacional e porta-voz dos direitos das pessoas com deficiência e sobreviventesconflitos armados. É também representanteEl Salvador no Instituto FemininoLiderança e Deficiência e Mobilidade Internacional dos Estados Unidos e fundadora do Ahuachapán Sin Barreras (Ahuachapán Sem Barreiras), projeto que promove e protege os direitos das pessoas com deficiência na cidade.
"Devemos amar o que fazemos e como fazemos. Sejamos instrumentosmudança social: ajamos, lutemos, façamos a diferença. Se todos lutarem por isso, teremos um mundo melhor."
18. Carolina Castro - Líder sindical, Argentina
Twitter: @carocastro79
Primeira mulhercargoliderança na União Industrial Argentinaseus 130 anoshistória, Carolina Castro e seu ativismo contribuíram para o avanço da agendaigualdadegênero entre diversos partidos políticos, um feito num país no qual o debate público é bastante polarizado. Ela está na terceira geraçãolíderes numa empresa familiarautopeças e quebrou estereótipos ao empregar mais mulheres que a média do mercado. Carolina publicou recentemente Rompimos el Cristal (Quebramos o Vidro,tradução literal), uma antologiaconversas com 18 argentinas que se destacaram nos negócios, nas artes, na política e nas ciências.
"A agenda da igualdade não é promovida por pessoas extraordinárias, mas por cada umnós,todos os sexos,cada pequena escolha que fazemos diariamente."
19. Agnes Chow - Ativista pró-democracia, Hong Kong
Instagram: @chowtingagnes
Ativista pró-democracia23 anos, Agnes Chow foi uma figura-chave dos protestosHong Kong batizados"Movimento dos Guarda-Chuvas",2014. Seis anos depois, ela esteve entre os ativistas presos sob uma polêmica nova leisegurança imposta por Pequim e acabou acusada"conluio com forças estrangeiras". Sua prisão gerou uma ondaapoio a ela, que seria libertada sob o pagamentofiança. Agnes atua na política desde os 15 anos e seus apoiadores lhe deram o apelido"Mulan",referência à lendária heroína chinesa que lutou para salvarfamília e seu país.
"Ter uma líder mulher não significa nada para os direitos das mulheres. Precisamosuma mudança no sistema euma democracia genuína."
20. Patrisse Cullors - Ativistadireitos humanos, EUA
Twitter: @OsopePatrisse
Artista, organizadora, educadora e oradora, Patrisse Cullors é naturalLos Angeles, Estados Unidos, co-fundadora e diretora-executiva da Fundação Black Lives Matter Global Network, fundadora da organização Dignity and Power Now. Ela é atualmente diretora no Prescott College, no Arizona,um novo programamestradoartes sociais e ambientais que ela própria desenvolveu.
"Nunca desista do seu poder. Cultivealegria. E exija mudanças — não apenas para você — mas para as mulheres que virão depoisvocê."
21. Tsitsi Dangarembga - Escritora e cineasta, Zimbábue
Instagram: @efie41209591
Tsitsi Dangarembga é uma ativista cultural, escritora e cineasta aclamada pela crítica. Ela escreveu livros premiados considerados clássicos do Zimbábue, e seus filmes foram exibidosfestivais ao redor do mundo, incluindo o FestivalSundance, nos EUA. Ela moraHarare, onde trabalha com cineastas locais. Tsitsi estava entre os detidos por participarprotestos no Zimbábue neste ano nos quais acusavam o governocorrupção e péssima gestão. Foi libertada sob o pagamentofiança após ser acusadaincitação à violência e violação das normassaúde adotadas contra a propagação do coronavírus. Diversos escritores pediram que sejam retiradas as acusações contra ela, que nega todas.
"Não tenha medomudanças. Faça uma mudança que funcione para você."
22. Shani Dhanda - Ativista da áreapessoas com deficiência, Reino Unido
Twitter: @shanidhanda
Shani Dhanda é uma premiada especialistadeficiência e empreendedora social, reconhecida como uma das pessoas com deficiência mais influentes do Reino Unido. Ela fundou, e continua a liderar, a iniciativa Diversability Card, o Asian Woman Festival e a Asian Disability Network — três plataformas inovadoras unidas pelo propósitoempoderar comunidades sub-representadas.
"À medida que o mundo se recupera, é nossa responsabilidade coletiva reconstruir um futuro inclusivo e sustentável para todos."
23. Naomi Dickson - Executiva-chefe, Reino Unido
Twitter: @soldier_in_slip
Naomi Dickson dedicouvida profissional a apoiar mulheres e crianças judias que sofreram violência doméstica e a educar a comunidade judaica para que tenham as ferramentas para destacar, expor e prevenir esse crime. Como executiva-chefe da Jewish Women's Aid, ela gostatrabalhar com mulherestodas as religiões, educando comunidades e líderes religiosos a fimcriar um mundo onde nenhuma formaviolência contra mulheres e meninas seja tolerada.
"O mundo mudou muito2020, e aprendemos a construir nossa própria resiliência para poder ajudar os outros."
24. Karen Dolva - Inovadora, Noruega
Twitter: @kdolva
Karen Dolva é a executiva-chefe e cofundadora da startup No Isolation, fundadaOslo2015. Sua missão é aproximar as pessoas por meiotecnologia e conhecimento acolhedores. Até o momento, a empresa criou dois produtos: AV1, um avatartelepresença que visa combater a solidãocrianças e jovens afetados por doençaslonga duração, e KOMP, um dispositivocomunicaçãoum botão projetado especificamente para idosos.
"Não podemos nos dar ao luxousar a covid-19 como desculpa para pararlutar. Deve ser um alerta: os mais vulneráveis sempre são os mais atingidos. Devemos usar esse momento para promover mudanças e proteger os que estãorisco."
25. Ilwad Elman - Ativista da paz, Somália
Twitter: @ilwadelman
Ilwad Elman é uma jovem líder na linhafrente do processopaz da Somália e uma autoridade globalencerramentoconflitos e reconciliaçãocomunidades. Com apenas 20 anos, foi cofundadora do primeiro centro para vítimasestupro da Somália. Na última década, ela se tornou uma campeã da construção da paz, dando a todos afetados pelo conflito — especialmente mulheres e meninas — uma chancecontribuir.
"A pandemia deu ao mundo um curso intensivoempatia. Testemunhamos mulheres liderando onde outras falharam. Mulheres na liderança não devem mais ser consideradas uma segunda opção, mas uma prioridade fundamental."
26. Jeong Eun-kyeong - Comissária da KDCA, agência sul-coreanacontrole e prevençãodoenças, Coreia do Sul
Jeong Eun-kyeong foi descrita como uma "caçadoravírus" e liderou a resposta da Coreia do Sul à pandemiacovid-19. Como atual comissária da AgênciaPrevenção e ControleDoenças da Coreia (KDCA) — e tendo atuado anteriormente comoprimeira chefe mulher — ela é conhecida portransparência e pela calma que traz a seus comunicados diários sobre a pandemia.
"Agradeçocoração a todos os profissionaissaúde que se dedicaram ao combate à pandemia. Farei o maior esforço para ajudar o mundo a se tornar mais seguro, fortalecendo as competências contra doenças."
27. Fang Fang - Escritora, China
Fang Fang, cujo nome verdadeiro é Wang Fang, é uma autora chinesa premiada que já produziu maiscem obras. Neste ano, começou a documentar acontecimentosWuhan, cidade chinesa onde o surtocoronavírus teve início no fim2019. Seu diário forneceu a milhões na China um raro panorama da cidade, e ela escreveu sobre tudo, desde os desafios da vida diária ao impacto fisiológico do isolamento forçado. À medida que o diário atraía mais reconhecimento internacional, ao ser traduzido para o inglês, cresceu uma reação online contra seus relatos. Muitos na China ficaram irritados e até a rotularamtraidora.
"Seja independente."
28. Somaya Faruqi - Líderequiperobótica, Afeganistão
Twitter: @FaruqiSomaya
Quando o primeiro casocovid-19 no Afeganistão foi registrado emprovíncia natalHerat, Somaya Faruqi eequipe femininarobótica — conhecidas como "Afegãs Sonhadoras" — começaram a trabalharum respiradorbaixo custo para tratar pacientes com coronavírus. Caso o protótipo seja aprovado pelo Ministério da Saúde, poderá ser usadohospitais remotos. Somaya, que nasceu2002, ganhou vários prêmios, incluindo uma medalhaprata por "conquista corajosa" no FIRST Global Challenge, nos EUA; um prêmio Benefiting Humanity in AI no World Summit AI; o prêmio Permission to Dream,Janet Ivey-Duensing, no Raw Science Film Festival; e o DesafioEmpreendedorismo na Robotex na Estônia, o maior festivalrobótica da Europa.
"A chave do nosso futuro é o que estamos ensinando às meninas e aos meninos hoje. Temos que garantir que todas as crianças tenham o mesmo acesso à educação e às ferramentas para realizar seus sonhos."
29. Eileen Flynn - Senadora, Irlanda
Twitter: @Love1solidarity
Eileen Flynn fez história neste ano como a primeira mulher da comunidadeviajantes irlandeses a conquistar assento no Seanad Éireann, a Câmara Alta do Parlamento irlandês. Ela agora usa seu protagonismo para ajudar os viajantes irlandeses e outras comunidades marginalizadas.
"Cuidem uns dos outros; deem as mãos uns aos outros; nunca tentem empurrar outra mulher para baixo. Apagar a velaoutra pessoa não deixará amais brilhante. Quando estamos juntos, nossas chamas podem incendiar o mundo."
30. Lauren Gardner - Cientista, EUA
Twitter: @TexasDownUnder
Lauren Gardner é professoraengenharia na universidade americana Johns Hopkins e codiretora do CentroCiência e EngenhariaSistema. Ela liderou a equipe que construiu o indispensável rastreador da pandemia da covid-19, que se tornou a fonte confiáveldadosregistros da doença. A plataforma é usada por governos, pesquisadoresdoenças infecciosas e meioscomunicação ao redor do mundo.
"Não espere por permissão. Sente-se e entreação."
31. Alicia Garza - Ativistadireitos humanos, EUA
Twitter: @AliciaGarza
Alicia Garza é estrategista política, autoraThe Purpose of Power: How We Come Together When We Fall Apart e diretora do Black Futures Lab e do Black to the Future Action Fund. É também cocriadoraBlack Lives Matter e da Black Lives Matter Global Network, diretoraestratégia e parcerias da Aliança NacionalTrabalhadores Domésticos, cofundadora da Supermaioria e apresentadora do podcast Lady Don't Take No (Mulheres Não Aceitam Não,tradução literal).
"Pés no chão, cabeça no céu, olhos no prêmio."
32. Iman Ghaleb Al-Hamli - Gerentemicrorrede, Iêmen
Iman Ghaleb Al-Hamli gerencia um grupo10 mulheres que montaram uma microrrede solar, oferecendo energia limpa ebaixo impacto, a apenas 32 km da frentebatalha da devastadora guerra civil no Iêmen.
A microrrede é uma das três estabelecidas pelo ProgramaDesenvolvimento das Nações Unidas (PNUD)áreas fora da rede do Iêmen, e a única administrada inteiramente por mulheres. Inicialmente, a equipe foi ridicularizada por desempenhar uma função associada aos homens. Mas desde então elas conquistaram o respeito da comunidade e uma renda sustentável para si mesmas, alémdesenvolverem novas habilidades profissionais.
"Minha mensagem para todas as meninas no Iêmen é para realizar seus sonhos. Elas devem se esforçar com confiança e desafiar todas as dificuldades que enfrentamsuas vidas para realizar esses sonhos."
33. Kiran Gandhi - Cantora, EUA
Twitter: @madamegandhi
Kiran Gandhi, que se apresenta como Madame Gandhi, é uma cantora, compositora, artista e ativista cuja missão é elevar e celebrar a libertaçãogênero. Ela estáturnê, tocando bateria com artistas como M.I.A. e Thievery Corporation. Em um protesto famoso, Kiran correu a MaratonaLondres enquanto "sangrava livremente" a fimcombater o estigmatorno da menstruação.
"Como muitosnós tivemos que redesenhar nossos negócios para trabalharcasa, isso está na verdade permitindo uma visão mais saudávelrelação à paternidade e à maternidade. Temos o poderredefinir sistemas e fazê-los trabalhar para nós."
34. Sarah Gilbert - Cientista, Reino Unido
No momentoque os cientistas chineses publicaram os detalhes genéticos do novo coronavírus, Sarah eequipeOxford começaram a trabalhar para criar uma vacina contra a covid-19. Hoje, o imunizante está na fase 3 dos testes clínicos. Cientista com formaçãomicrobiologia, bioquímica, virologia molecular e vacinologia, ela tem trabalhado para desenvolver vacinas contra doenças emergentes desde 2014.
"Nós podemos ser resilientes o bastante para atravessar esse ano. É um momento para se concentrar no que realmente importa: saúde, educação e boas relações com os outros."
35. Maggie Gobran - Freira copta, Egito
Instagram: @stephenschildrenus
Mama Maggie Gobran dedicouvida a transformar crianças marginalizadas do Egito. Deixandolado uma vida rica e uma carreira acadêmica notável, ela dedicou toda aenergia e seus recursos para olhar pelas crianças, lavar seus pés, olharseus olhos e dizer-lhes que são importantes. Desde 1989, Mama Maggie eequipe têm uma abordagem holística que mudou a vidacentenasmilharescrianças, proporcionando bem-estar psicológico, educação, saúde e, acimatudo, dignidade.
"Quando você se reconciliar consigo mesmo, você se reconciliará com o céu e a terra."
36. Rebeca Gyumi - Advogada, Tanzânia
Twitter: @RebecaGyumi
Rebeca Gyumi é fundadora e diretora-executiva da Msichana Initiative, uma organização não governamental que trabalha para promover os direitos das meninas. Ela é defensora da igualdadegênero e tem vasta experiênciatrabalho no engajamentojovens e construçãomovimentosmulheres, fornecendo suportediferentes esferas. Em 2019, a Iniciativa Msichana obteve uma decisão histórica no TribunalApelação da Tanzânia, que proibiu o casamento infantil ao elevar a idade mínima para 18 anos.
"Quando as coisas ficam difíceis, as dificuldades continuam. Vamos nos comprometer a continuar lutando, a continuar a jornada e a manter nossas vozes e a manter a contribuição que trazemos, até que a agendaigualdadegênero seja cumprida."
37. Mahira Khan - Atriz, Paquistão
Instagram: @mahirahkhan
Mahira Khan não é uma atriz comum: combate abertamente a violência sexual, se recusa a endossar cremes clareadores e apoia a luta contra o racismo. Ela quer lidar com questões sociais emterra natal, o Paquistão, mudando a narrativafilmes e produtos para a TV. Mahira é uma embaixadora nacional da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), aumentando a conscientização sobre a situação dos refugiados afegãos no Paquistão. Ela tem sido uma das favoritas do público desde que começou como apresentadora da MTV2006.
"Fale sobre as causas e questões importantes para encorajar a mudança."
38. Deta Hedman - Campeãdardos, Jamaica
Twitter: @deta132
Deta Hedman trabalhou à noite no Royal Mail por 22 anos. Ela ganhou 215 títulosdardos, a segunda maior conquista do esporte, atrás apenasPhil Taylor. Deta chegou a 341 finais, mais do que qualquer outra pessoa na história dos dardos. Em 1973, desembarcou na Inglaterra e anos depois se tornou embaixadora da instituiçãocaridade Heart of Darts e dos dardos juvenis da Inglaterra, e faz parte do conselho da Federação MundialDardos como representante dos atletas. Ela foi primeiro lugar no ranking mundial 11 vezes e é a segunda jogadora com mais partidas pela seleção feminina da Inglaterra.
"Eu exorto todas as senhoras: sigam seus sonhos e nunca desistam. Idade, sexualidade e raça não são razões para não ter sucesso. Você está aqui apenas uma vez. Aproveite ao máximo. #Believe."
39. Muyesser Abdul'ehed Hendan - Escritora, Uigur exiladaGhulja
Twitter: @hendan_hiyal
Muyesser Abdul'ehed, que atende pelo pseudônimo Hendan, começou a fazer seu nome como poeta e ensaísta enquanto estudava medicina. Quando concluiu seu mestradosaúde pública, decidiu se concentrar na escrita. Depoisse mudar para a Turquia2013, fundou a Ayhan Education, uma organização dedicada a promover e ensinar a língua uigur na diáspora. Ela atualmente moraIstambul. O trabalho recenteHendan trata da crise emterra natal. Seu romanceestreia, Kheyr-khosh, quyash (Adeus ao Sol,tradução literal), é a primeira obra extensaficção a retratar os "camposreeducação" do governo chinês classificados por ativistas como perseguição étnica (acusação que o país nega).
"As crianças são sempre a esperançauma nação. É a educação que pode tornar essa esperança realidade."
40. Uyaiedu - Ikpe-Etim - Cineasta, Nigéria
Twitter: @uyaiedu
Uyaiedu Ipke-Etim é uma cineasta feminista, diretora e ativista LGBTQ+ que se comprometeu a criar histórias sobre grupos marginalizados na Nigéria. Seu filme Ifẹ́, que significa "amor"iorubá, conta a históriaduas lésbicas nigerianas que transitam pela dura realidade homofóbica no paísque vivem. Após o anúncio do lançamento do filme, enfrentou censura estatal na Nigéria, onde a homossexualidade permanece uma questão extremamente controversa.
"Mulheres, por favor, continuem ocupando espaço e não paremcontar as histórias das pessoas cujas vozes foram tiradas delas."
41. Miho Imada - Sommeliersaquê, Japão
Twitter: @fukuchoMiho
A fabricaçãosaquê há muito é considerada um mundo dos homens, e por séculos as mulheres foram proibidaspisar nas produções japonesas. Depois que o mestre da fábricasaquêsua família se aposentou, Miho decidiu treinar e se tornar uma das poucas mestressaquê do Japão. Atualmente, há quase 20 fabricantessaquê do país dirigidas por mulheres.
"Se você conseguir encontrar um emprego digno da devoçãosua vida, mergulhe nele. Se você tratar a profissão que escolheu com respeito e sinceridade, estará no caminho certo para alcançar seus objetivos."
42. Isaivani - Cantora, Índia
Instagram: @isaivaniisaiv
Isaivani é a única cantoragaana famosa na Índia. Esse gênero surgiu nos bairros da classe trabalhadoraNorth Chennai (ex-Madras)Tamil Nadu. Ela passou anos cantando e se apresentando neste espaço dominado por homens. Tocar no mesmo palco que outros cantores populares do sexo masculino pode ser considerado uma conquista por si só. Mas, ao quebrar a tradição, levou outras jovens cantoras gaana a conseguirem se apresentar.
"O mundo mudou muito2020, mas para as mulheres o mundo muda a cada dia: as mulheres mudaram discursos e desafiaram espaços. Esse processo será constante nas próximas gerações."
43. Manasi Joshi - Atleta, Índia
Twitter: @joshimanasi11
Manasi Joshi, uma para-atleta indiana, é a atual campeã mundialparabadminton e segundo lugar no ranking da categoria SL3. Engenheira, ela pretende mudar a forma com que a deficiência e os para-esportes são vistos na Índia. E se tornou uma referência: foi recentemente considerada "Líder da Próxima Geração" pela revista Time e apareceu na capa da edição asiática da publicação como uma defensora dos direitos das pessoas com deficiência na Índia.
"Este ano foi desafiador para as mulheresmuitas maneiras. Não deixe que os tempos difíceis retirem o melhorvocê: continue explorando todas as possibilidades. Dê a si mesmo algum tempo todos os dias."
44. Nadine Kaadan - Escritora e ilustradora, França
Twitter: @nadinekaadan
A autora síria Nadine Kaadan escreve e ilustra histórias desde os oito anos. Insatisfeita com a representação que viuseus livros enquanto crescia, ela se comprometeu a escrever histórias nas quais cada criança pudesse se ver representada. Inspirada porherança cultural e seu desejodisseminar a cultura da leitura no mundo árabe, ela criou histórias que abordam crianças com necessidades especiais e conflitos no Oriente Médio, entre outros temas.
"Seja um conflito ou a covid-19, as mulheres continuam a ser pacificadoras e líderes. Apesar disso, as estruturas sistêmicas parecem projetadas contra nós. A luta para redesenhá-las,forma que as mulheres possam ser expressões mais completassi mesmas, deve continuar."
45. Mulenga Kapwepwe - Artista e curadora, Zâmbia
Twitter: @mulengakapwepwe
Mulenga Mpundu Kapwepwe cofundou o MuseuHistória da Mulher da Zâmbia, elogiado2020 por marcar a contribuição das mulheres para o país. Ela também construiu bibliotecas para crianças na capital zambiana, Lusaka, e presidiu o Conselho NacionalArtes da Zâmbia, alémpatrocinar organizaçõesdança, escrita, música e cultura.
"Faça da mudança aoportunidade."
46. Jemimah Kariuki - Médica, Quênia
Twitter: @jasminemimz
Jemimah Kariuki é profundamente apaixonada pela medicina preventiva, principalmente a saúde materno-infantil. Como estudanteobstetrícia e ginecologia, notou uma queda acentuada nas internações maternas, mas um aumento nas complicações durante a pandemiacovid-19, principalmente durante o toquerecolher adotado para evitar o espalhamento da doença. Ao perceber que o acesso aos cuidadossaúde foi prejudicado pelas restrições no sistematransporte, ela encontrou uma solução: veículos licenciados para transportar mulheressuas casas até o hospital. Isso levou ao Wheels for Life, um serviçoambulância gratuito. Anos atrás, Jemimah havia fundado outras duas iniciativas: o Clube da Paz, uma reação à violência pós-eleitoral2007, e o ClubeSaúde Pública, fundamental na conduçãoaçõesprevenção do câncer cervical.
"A pandemia afetou todo mundo. Você não está sozinho. Mas esse pensamento te chateando todo dia pode ser um chamado: não tenha medorespondê-lo. Você pode ser a resposta para a necessidadeoutra pessoa."
47. Gülsüm Kav - Ativistajustiça social, Turquia
Twitter: @gulsumkav
Gülsüm Kav é uma médica turca, acadêmica e co-fundadora do We Will Stop Femicide. Ao longo2019, as altas taxasfeminicídio e debates parlamentares sobre a revogação da ConvençãoIstambul (uma estrutura legalproteção das vítimasviolência doméstica) geraram críticas generalizadas na Turquia. Gülsüm trabalha incansavelmente para aumentar a conscientização sobre a violênciagênero no país e para defender a causamuitas famílias que perderam parentes para o feminicídio.
"As mulheres que oferecem resistência hoje buscam igualdade e liberdade. A pandemia, que lançou luz sobre as desigualdades vividas pelas mulheres, mostra que não há outro caminho a não ser essas mulheres lutando por mudanças."
48. Jackie Kay - Poeta, Reino Unido
Twitter: @JackieKayPoet
Jackie Kay é uma poeta, dramaturga e romancista escocesa. Seu livromemórias, Red Dust Road (EstradaPoeira Vermelha,tradução literal), que detalhabusca por seus pais biológicos, foi descrito pela autora como uma "cartaamor" para seus pais adotivos brancos. Em 2016, foi nomeada Scots Makar, ou seja, a poeta nacional da Escócia. Além dos vários prêmios que recebeu porobra, ela é reitora da UniversidadeSalford e recebeu o CBE (título concedido pela realeza britânica) por seus serviços à literatura.
"Nunca devemos perder a esperança. Os protestostodo o mundo neste ano me encheramum estranho otimismorelação ao nosso futuro."
49. Salsabila Khairunnisa - Ativista ambiental, Indonésia
Instagram: @jaga_rimba
Salsabila Khairunnisa é uma estudante17 anosJacarta, onde toda sexta-feira lidera uma greve escolar contra o desmatamentofrente ao Ministério do Meio Ambiente e Florestas. Aos 15 anos, ela coliderou um movimentojovens, Jaga Rimba, que luta pela preservaçãoflorestas e pelos direitos dos membros da comunidade indígena que estão perdendo suas casasKinipan, uma das últimas florestas tropicais na região.
"A pandemia nos deu uma consciência coletivaque estamos todos sob o mesmo sistema patriarcal-capitalista que existe para o lucro. É horanos reunirmossolidariedade e liderar uma recuperação verde e justa."
50. Angélique Kidjo - Cantora e compositora, Benin
Twitter:@angeliquekidjo
Angélique Kidjo, quatro vezes vencedora do Grammy, é hoje uma das maiores artistas da música internacional. Ela mesclou tradições da África Ocidentalsua infância no Benin com elementos do R&B americano, funk e jazz, bem como influências da Europa e da América Latina. Depoisexplorar os caminhos da diáspora africana, a cantora franco-beninense está agora investigando as raízes africanas da famosa ícone Celia Cruz, a cubana "Rainha da Salsa". Ela também defende as crianças como embaixadora do Unicef e por meiosua própria fundaçãocaridade, Batonga, que apoia a educaçãogarotas na África.
"Temos que continuar cuidando uns dos outros com solidariedade, amor e força. Vamos continuar sendo guardiões um do outro. Essa solidariedade deve cruzar classes sociais, etnias e orientação sexual."
51. Chu Kim Duc - Arquiteta, Vietnã
Instagram: @kim_duc_
A arquiteta Chu Kim Duc tem a missãopromover o direito das crianças a brincar, no Vietnã. Como cofundadora e diretora da Think Playgrounds, ela tem trabalhado com parceiros e comunidades para criar mais180 parquinhos públicos feitosmateriais reciclados. Ela atualmente trabalhaplaygrounds terapêuticos para o Hospital Infantil Nacional do Vietnã,Hanói, e no primeiro playgroundbaixo carbono da cidade.
"Seja brincalhão — no trabalho e na vida. Trata-seaprender, com uma motivação intrínseca: o que você precisa fazer, o que você gostafazer? O aprendizado constante e apaixonado é o que nos ajuda a superar dificuldades e a ser otimistas."
52. Safaa Kumari - Virologistaplantas, Síria
Twitter: @ICARDA
Como virologistaplantas, Safaa Kumari busca soluções para epidemias que destroem plantações. Depoisdescobrir sementes que poderiam proteger a produçãoalimentos na Síria, arriscouvida para resgatá-lasAleppo, cidade duramente atingida pela guerra civil. Kumari passou anos estudando variedadesplantas resistentes a vírus, incluindo um feijão faba que é resistente ao vírus amarelo necrótico faba (FBNYV).
"O mundo mudou muito2020. Dentrouma equipe encarregadasuperar esses desafios, a questão é habilidade, e não gênero. As mulheres devem acreditar quecontribuição é igual àqualquer homem."
53. Ishtar Ishtar - Ativista, África do Sul
Twitter: @IshtarLakhani
Ishtar é feminista, ativista e autoproclamada "encrenqueira". Ela mora na África do Sul, onde colabora com organizações, movimentos e redesjustiça socialtodo o mundo, oferecendo apoio para fortalecer açõesdefesa dos direitos humanos. Neste ano, desempenhou um papel fundamental na campanha Liberte a Vacina e trabalha com outros ativistas para garantir que uma vacina contra a covid-19 tenha um preço acessível, esteja disponível para todos e seja gratuita para a população.
"Esses momentosruptura também são um momento oportuno para crescermosum futuro completamente divergente,veztentarmos consertar um sistema que nunca foi projetado para nossa felicidade."
54. Claudia López - Prefeita, Colômbia
Twitter: @ClaudiaLopez
Claudia López é a primeira prefeitaBogotá, capital da Colômbia e maior cidade do país. Filhauma professora, foi senadora pelo partido Alianza Verde (Aliança Verde) entre 2014 e 2018. Liderou a implementaçãouma consulta popular sobre anticorrupção que obteve 11,6 milhõesvotos (99%) a favor das medidas propostas — um recorde na história da Colômbia.
"Às mulheres do mundo eu digo: não parem. A revolução social que começou no século passado não vai parar. Veremos mudanças claramente refletidasnossas vidas públicas e privadas."
55. Josina Machel - Ativistajustiça social, Moçambique
Instagram: @JosinaZMachel
Josina Z Machel é uma antiga defensora dos direitos humanos, nascida sob um legadoativismo. Ela é extremamente apaixonada porvocaçãopromover os direitos das mulheres. Mestre pela London School of Economics and Political Science (LSE), ela sobreviveu à violência doméstica e ela está transformando seu trauma pessoalpropósito por meio do Movimento Kuhluka. A organização cria refúgios seguros para sobreviventes da violênciacomunidadestodo o Sul da África.
"O impactopressões adicionais sobre as mulheres ainda está para ser calculado, mas nossa resiliência nos dá a coragem para continuar sendo mães, esposas, irmãs, líderes e capitães da indústriaque o mundo precisa."
56. Sanna Marin - Primeira-ministra, Finlândia
Twitter: @MarinSanna
Sanna Marin é a primeira-ministra da Finlândia e líder do Partido Social Democrata. O governocoalizão que lidera foi formado com quatro outros partidos, todos liderados por mulheres: Maria Ohisalo (Liga Verde), Li Andersson (AliançaEsquerda), Anna-Maja Henriksson (Partido do Povo Sueco) e Annika Saarikko (Partido do Centro). A Finlândia tem sido aclamada porestratégia contra a covid-19, com uma das taxasinfecção mais baixas da Europa (segundo dados até novembro2020).
"Nós, como mulheres líderes, podemos mostrar que é possível combater o vírus e ao mesmo tempo enfrentar as mudanças climáticas, investir na educação e fazer reformas socialmente justas na sociedade."
57. Hayat Mirshad - Ativista, Líbano
Twitter: @HayatMirshad
Ativista feminista, jornalista e humanitária, Hayat Mirshad é cofundadora do Fe-Male, um coletivo feminista pioneiro no Líbano. Intransigente e pouco afeita a desculpas, Hayat tem como missão garantir que meninas e mulheres tenham acesso a direitos como justiça, informação e segurança. Ela continua a espalharmensagem por meiovárias plataformas, organizando marchastodo o país e reunindo multidões para exigir mudançasregimes patriarcais corruptos.
"Apesar dos desafios e contratempos, as mulheres ao longo da história desafiaram e lutaram contra o patriarcado. Através da solidariedade, da irmandade e do amor, continuaremos a lutar e amplificaremos nossas vozes e demandas por um futuro justo e com igualdadegênero."
58. Bulelwa Mkutukana - Cantora e compositora, África do Sul
Instagram: @zaharasa
Bulelwa Mkutukana é mais conhecida pelo nome artísticoZahara. De origem humilde, encontrou seu amor pelo canto no coral da escola. Começoucarreira cantando nas ruas, mas2011 seu álbumestreia ganhou discoplatina duplomenostrês semanas. Mas além dos prêmios e do sucesso comercial, ela tem usado seu espaço para falar sobre a violência contra as mulheres na África do Sul, algo que revelou ter acontecido com ela mesma.
"A oração me fez continuar neste momento difícil. Nada supera a oração."
59. Lucy Monaghan - Ativista, Irlanda do Norte
Lucy Monaghan renunciou ao seu direito ao anonimato para falar publicamente sobre como foi tratada por policiais e promotores na Irlanda do Norte depoisdenunciar um estupro2015. A polícia inicialmente disse a ela que, como havia evidências que estava "flertando" com o acusado, era improvável que o caso resultassecondenação. Ela então desafiou as autoridades no tribunal por causa das falhassuas investigações e, como resultado, foram feitas mudanças na forma como as vítimasataques sexuais são tratadas no país. Lucy agora apoia sobreviventesestupro e,2019, participouuma iniciativa que fez mais250 recomendações para mudanças na lei.
"Disseram que não conseguiria. Eu fiz mesmo assim. E você também pode."
60. Douce Namwezi N'Ibamba - Jornalista, República Democrática do Congo
Douce Namwezi N'Ibamba é jornalista multimídia e fundadora da Uwezo Afrika Initiative, uma iniciativa sem fins lucrativos que promove o empoderamento das mulheres por meio do jornalismo, treinamento profissional e empreendedorismo social. Ela luta contra tabustorno da menstruação, disponibilizando kitseducação sexual e higiene para estudantes e mulheres na República Democrática do Congo.
"Sejamos a geraçãomeninas e mulheres que navegam pelas mudanças, que sempre encontram soluções para os seus problemas diários e que sempre dizem: nada é impossível."
61. Vanessa Nakate - Ativista ambiental, Uganda
Twitter: @vanessa_vash
Vanessa Nakate, 23, é uma ativista climáticaUganda e fundadora do Movimento Rise Up. Ela faz campanhas internacionais para jogar luz sobre os impactos das mudanças climáticas que já ocorrem no continente africano. Sua atuação se concentra principalmentecomo a crise climática exacerba a pobreza, o conflito e a desigualdadegênero. Em janeiro2020, a agêncianotícias Associated Press (AP) cortou Nakateuma foto com Greta Thunberg e outros ativistas europeus, apósparticipação no Fórum Econômico Mundial. Em seguida, Nakate falou sobre o racismo no movimento globalmudança climática. Mais tarde, a AP redistribuiu a imagem sem cortar Nakate, mas não se desculpou pela edição. Em 27janeiro2020, a editora executiva Sally Buzbee tuitou,sua conta pessoal, um pedidodesculpasnome da AP.
"Frequentemente as mulheres são as que mais sofrem com os bloqueios e a crise climática. Mas também somos a solução: educar e capacitar as mulheres reduzirá a emissão carbono, aumentará a resiliência a desastres e criará líderes climáticos para o futuro."
62. Ethelreda Nakimuli-Mpungu - Especialistasaúde mental, Uganda
Twitter: @ethelmpungu
Ethel Nakimuli-Mpungu, da Universidade Makerere,Uganda, trabalha para tornar a terapia mais adequada culturalmente, especialmente para pessoas que vivem com HIV e depressão. Ela desenvolveu um programaterapiagrupobaixo custo que pode ser ministrado por profissionaissaúde leigos. Seu trabalho demonstrou também ter reduzido drasticamente os sintomasdepressão e aumentado a adesão à medicação antiviral entre as pessoas afetadas.
"Faça dasaúde mental uma prioridade e recupere o seu poder."
63. Nandar - Ativista feminista, Mianmar
Twitter: @NandarMMR
Nandar é defensora feminista, tradutora, contadorahistórias e criadoradois podcasts: Feminist Talks e G-Taw Zagar Wyne. Fundou o GrupoFeministas Roxas e codirigiu a produção Monólogos da Vagina,Yangon. Crescendouma vila no EstadoShan, Nandar passou pelas dificuldades comuns às mulheres que desafiam os valores tradicionais da família e da vida comunitáriaMianmar. Ela agora usa seus podcasts para lidar com temas tabus no país, como menstruação e aborto.
"Desejo que mais pessoas participem do fim da desigualdade para que possamos viverum mundo onde sejamos valorizados e respeitados como humanos. Juntos podemos construir um mundo melhor e mais justo."
64. Vernetta M Nay Moberly - Ativista ambiental, EUA
Vernetta Moberly é esposa, mãe, avó e amiga. Ao longo dos anos, reuniu informações com os mais velhos e passou seu conhecimento e habilidades para a próxima geração da comunidade Iñupiat. Sua paixão é a luta para salvar a Mãe Terra.
"Mães: cuidemsi mesmas. Continue a explorar o conhecimentoseus ancestrais. Estamos todos conectados. Temos os mesmos instintos e a paixão para ajudar nossos filhos a crescer. Mesmo se houver turbulência, encontre uma solução."
65. Nemonte Nemquimo - Líder Waorani, Equador
Instagram: @nemonte.nenquimo
Nemonte Nenquimo é uma mulher indígena Waorani comprometida com a defesa do território, da cultura e do modovida ancestral na floresta amazônica. Ela é cofundadora da organização sem fins lucrativos Ceibo Alliance, a primeira mulher a presidir a organização Waorani da provínciaPastaza e uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
"Como mulheres, carregamos a força necessária para abrir um caminho para sair destes tempos perigosos, quando a sobrevivêncianosso planeta e a humanidade estãoperigo. Agora é a horaas mulheres se unirem."
66. Sania Nishtar - Líder globalsaúde, Paquistão
Twitter: @SaniaNishtar
Sania Nishtar é lídersaúde global e desenvolvimento sustentável. Desde 2018, ela lidera o programa transformador EhsaasAlívio da Pobreza, que melhorou a vidamilhõespaquistaneses, fornecendo serviços bancários móveis e contaspoupança, alémoutros recursos básicos. Como assistente-especial do primeiro-ministro do Paquistão para o Alívio da Pobreza e Proteção Social, Sania ajudou a fortalecer a população, dando os primeiros passos necessários para o desenvolvimentoum EstadoAssistência Social no Paquistão.
"O impacto dramático da Covid-19 nos apresenta uma chance únicauma geraçãoconstruir um mundo mais justo e acabar com a pobreza, a desigualdade e a crise climática. Para isso, as mulheres devem ser partes interessadas iguais e empoderadas."
67. Phyllis Omido - Ativista ambiental, Quênia
Twitter: @Phyllis_Omido
Phyllis Omido é fundadora e diretora-executiva do Centro para a Governança da Justiça e Ação Ambiental, que defende os direitos ambientais e socioeconômicos das comunidades marginalizadas afetadas pelas indústrias extrativas do Quênia. Em 2015, ela ganhou o Prêmio Ambiental Goldman (apelidado"o Nobel Verde"), que reconheceu seu trabalho para fechar com sucesso uma fábricafundiçãochumboOwino Uhuru. Em junho2020, ela saiu vitoriosauma ação coletiva ambiental que gerou indenizações equivalentes a quase R$ 100 milhões. O caso ainda estátramitação.
"Assim como as mulherestodo o mundo tiveram que repensar seus espaços legítimos contra grandes adversidades, a natureza também está lutando para se regenerar da crise ecológica. Só uma mulher pode se relacionar com os males da natureza."
68. Laleh Osmany - Ativista, Afeganistão
Twitter: @laleh_osmany
No Afeganistão, usar o nomeuma mulherpúblico é desaprovado socialmente. Só o nome do pai deve ser registrado na certidãonascimento e quando uma mulher se casa, seu nome não aparece nos convitescasamento. Quando está doente, seu nome não aparece nas receitas médicas, e quando morre, seu nome não apareceseu atestadoóbito ou mesmo emlápide. Fartover mulheres negando o que ela pensava ser um direito básico, a ativista Laleh Osmany deu início à campanha WhereIsMyName. Após uma lutatrês anos,2020 o governo afegão concordouregistrar os nomes das mulheres nas carteirasidentidade nacionais e nas certidõesnascimentoseus filhos.
"Todos têm a responsabilidadetentar tornar o mundo um lugar melhor. Mudar é difícil, mas não impossível. Você vê issomulheres que lutaram por suas identidadesum país fortemente tradicional como o Afeganistão."
69. Richima Pandey - Ativista, Índia
Ridhima Pandey é uma ativista climática que aos nove anos entrou com uma ação contra o governo da Índiaresposta a uma acusaçãoque ele não agia para mitigar as mudanças climáticas. Em 2019, junto com 15 outras crianças peticionárias, Ridhima entrou com um processo contra cinco países na ONU. Atualmente, participaconferências internacionais e ajuda a capacitar outros estudantes,todos os níveis, para lutar pelo futuro e pela biodiversidade do planeta.
"Agora é a horasermos fortes e unidos eprovarmos como podemos ser capazestempos difíceis. Se uma mulher está determinada a alcançar algo, ninguém pode impedi-la."
70. Lorna Prendergast - Pesquisadora sobre demência, Austrália
Em 2019, Lorna Prendergast ganhou as manchetes globais quando se formou na UniversidadeMelbourne aos 90 anos, com um mestrado sobre envelhecimento. Ela dedicougraduação ao marido falecido, com quem foi casada por 64 anos e que sofriademência. Como pesquisadora, criou uma compreensão mais profunda das necessidades dos pacientes com demência, melhorando a qualidadevida e o relacionamento com cuidadores.
"Não importaidade, seja jovem ou velho, você pode fazer a diferença no mundo."
71. Oksana Pushkina - Deputada estadual, Rússia
Twitter: @opushkina
Oksana Pushkina é vice-presidente-adjunta do ComitêFamília, Mulheres e Crianças da Duma, na Rússia. Em 2018, quando várias dezenasjornalistas femininas fizeram acusaçõesassédio sexual contra Leonid Slutsky, presidente do Comitê Estatal da Duma para Assuntos Internacionais, Oksana foi a única integrante da Duma, o parlamento russo, a se apresentar e apoiar publicamente os jornalistas.
"O mundo mudou muito2020, mas além do trauma e da crise, uma coisa que aprendi é que novos desafios sempre trazem o melhor das pessoas."
72. Cibele Racy - Professora, Brasil
Cibele Racy é uma diretora aposentada que foi pioneira no ensino da igualdade racial para alunos do ensino fundamentalSão Paulo. Ela reformulou todas as práticas administrativas da escola para tornar o ambiente o mais inclusivo possível para os funcionários, sem importar a raça, o gênero ou o cargo.
"Este ano nos impôs um refúgio reflexivo, principalmente sobre os compromissos que a sociedade deve assumir para mudar. Espero que tenhamos reunido energias transformadoras para os desafios2021."
73. Susana Raffali - Nutricionista, Venezuela
Twitter: @susanaraffalli
Susana Raffali é uma trabalhadora humanitária que passou 22 anos ajudandoemergênciastodo o mundo. Ela ajudou a CáritasVenezuela a estabelecer uma ferramenta que mostrasse,tempo real, o impacto da crise humanitária sobre as criançasum momentoque a crise era negada na Venezuela. Susana também fundou uma redecentrosapoio nutricional para crianças que vivemfavelas e,2020, trabalhou na manutençãoserviços alimentares para cidadãosbaixa renda, mulheres com HIV e prisões para jovens durante a pandemia. Além disso, também aconselhou sobre como colocar a nutrição no centro das respostas nacionais à pandemiacovid-19 na América Central.
"Cuidevocê primeiro e comece a libertação a partir daí. Isso faria com que o confinamento fosse excelente."
74. Rima Sultana Rimu - Professora, Bangladesh
Twitter: @SultanaRimu
Rima Sultana Rimu é membro das Mulheres Líderes pela PazBangladesh. Este programa, parte da Rede GlobalMulheres Construtoras da Paz, visa capacitar mulheres jovenspaíses afetados por conflitos a serem líderes e agentes da paz. Em umasuas ações, respondeu à criserefugiados Rohingya emcomunidade defendendo uma ação humanitária com perspectivagênero. Ela também organiza aulasalfabetização e matemática com perspectivagênero e adequadas à idade para refugiados e para mulheres e meninas da comunidade que não têm acesso à educação, alémconscientizar sobre as resoluções do ConselhoSegurança da ONU emcomunidade por meiotransmissõesrádio e apresentações teatrais.
"Estou determinada a trazer igualdadegênero para Bangladesh. Eu acredito no poder das mulheres e meninas para lutar por nossos direitos. Teremos sucesso."
75. Sapana Roka Magar - Técnicacrematório, Nepal
Depoisficar sem casa por três meses, Sapana Roka Magar viajou para Katmandu, onde se envolveu com uma organização que crema corpos não identificados. Os corpos daqueles que morreramcovid-19 são administrados apenas pelo Exército nepalês. Já a organizaçãoSapana resgata corpos abandonados na rua ounecrotérios e providencia para que sejam levados a hospitais para exames post-mortem. Se o corpo não for reclamado por alguém35 dias, a organização o leva ao crematório e realiza os rituais Dagbatti, que na cultura hindi geralmente são realizados pelo filho do falecido.
"Existem desabrigados e pessoas abandonadastodo o mundo. Pessoas que morrem nas ruas merecem a última cerimônia adequada. Eu faço este trabalho não como um serviço social, mas para minha própria pazespírito."
76. Febfi Setyawati - Ativista, Indonésia
Instagram: @Febfisetyawati
Febfi Setyawati é a fundadora da Untukteman.id, uma organização que ajuda pessoas vulneráveis, especialmente pacientes com dificuldades financeiras e afetadas pela covid-19. Ela eequipe dirigiram pela comunidadeum trailer para fornecer acesso gratuito à internet (que pode ser caro na região) e uma biblioteca móvel para que alunos pudessem continuar seus trabalhos. A equipe agora está tentando fornecer transmissoressinal para áreas onde não há sinalinternet. A dor que sentiu quando seu filho, Akara Haykal, morreusíndromeMoebius, uma rara condição neurológica, inspirou Febfi a ajudar outras pessoas.
"O mundo mudou muito2020. Precisamos mudar para o mundo também. É melhor fazermos um pouco do que é útil do que reclamar muito."
77. Ruth Shady - Arqueóloga, Peru
Ruth Shady é doutoraarqueologia e antropologia e vice-reitorapesquisa da FaculdadeCiências Sociais da Universidade NacionalSan Marcos, no Peru. É diretorapesquisas multidisciplinares do sítio arqueológico Caral, considerado berço da civilização mais antiga das Américas. Ela tem doutorado honoráriocinco universidades peruanas e2018 ganhou o prêmio nacional L'Oréal-Unesco para mulheres na Ciência. Ela também foi premiada com a MedalhaHonra do Congresso da República do Peru.
"As mulheres devem se envolver nas atividades necessárias para promover a mudança e construir uma sociedade onde os humanos possam viverharmonia uns com os outros eequilíbrio com a natureza."
78. Panusaya Sithijirawattanaku - Ativista estudantil, Tailândia
Neste ano, protestos pró-democracia varreram a Tailândia, e estudantes como Panusaya Sithijirawattanaku,22 anos, estão no centro deles. Ela e outros ativistas foram presos por seu envolvimento, mas Panusaya acabou libertada após pagar fiança.
Um vídeo transmitido ao vivosua prisão mostra quatro policiais à paisana carregando-a do chãoum quartohotel, colocando-auma cadeirarodas e levando-a para um veículo da polícia. Ela nega ter cometido qualquer crime.
Em agosto, subiu ao palcoum comício estudantil e leu o agora famoso Manifesto10 pontos, pedindo à monarquia que se abstenhainterferir na política. A proposta foi considerada chocante, já que a Tailândia é um dos poucos países com uma lei criminaldifamação real. Qualquer pessoa que critique o rei, a rainha, o herdeiro aparente ou o regente pode ser preso por até 15 anos.
"Todo mundo muda o mundo. Não importa o que você faça ou quem você seja, seja confiante e façavida valer a pena."
79. Nasrin Sotoudeh - Ativistadireitos humanos, Irã
Nasrin Sotoudeh é uma advogada iraniana que defende o EstadoDireito e os direitosprisioneiros políticos, ativistas da oposição, mulheres e crianças no Irã. Ela foi liberada temporariamente após uma longa sentençaprisão por se levantado contra o criticado sistema judicial do país. Apesar da prisão e das constantes ameaças afamília, Sotoudeh continua sendo uma defensora contestadora do EstadoDireito do Irã.
"O hijab é obrigatório (no Irã) — e se eles podem forçar este meio metrotecido sobre nós, eles podem fazer qualquer coisa conosco."
80. Kathy Sullivan - Cientista e astronauta, EUA
Twitter: @AstroKDS
Kathy Sullivan é cientista, astronauta, escritora e executiva. Em 1978, foi uma das seis primeiras mulheres a ingressarem no corpoastronautas da Nasa (agência espacial americana) e tem o feitoser a primeira mulher americana a caminhar no espaço. Ela também é a primeira mulher a mergulhar no ponto mais profundo do oceano, e graças àcombinaçãovoo espacial e mergulhosalto mar ganhou o título"a pessoa mais vertical do mundo".
"O mundo mudou muito2020. Isso nos lembra quão interdependente toda a vida neste planeta realmente é, o que nos força a reavaliar o que realmente precisamos e valorizamos."
81. Lea T - Modelo, Brasil
Instagram: @leat
Poucas modelos podem dizer que seu primeiro trabalho foi para a Givenchy, mas esse é o casoLea T. Ela está no ramo há maisdez anos e já apareceu nas páginasmuitas publicações renomadas, como Marie Claire, Grazia e Vogue . Em 2016, Lea também foi reconhecida como a primeira transgênero a participaruma cerimôniaaberturaOlimpíada. Ela é um ícone da cultura pop na defesa dos transgêneros, falando sobre a discriminação contra as pessoas LGBT e convocando a sociedade a combatê-la. Ao longosua carreira, buscou inspirar outras pessoas como ela a seguir seus sonhos.
"O mundo está sempre mudando e estamos sempremovimento perpétuo — mas as mulheres não podem andar sozinhas."
82. Ana Tijoux - Cantora e compositora, França
Twitter: @anatijoux
Ana Tijoux é uma manifestante do hip-hop chilena. Feminista e ativistasuas letras, ela denuncia falhas sociais e culturais. Seus pais se exilaram durante a ditaduraAugusto Pinochet no Chile, o que deixou uma marca emcarreira conhecida pela sensibilidadequestões políticas e sociais. A exemplo da música Antipatriarca, que denuncia a violênciagênero. Tijoux frequentemente participacampanhas contra a desigualdade e opressão ao redor do mundo.
"2020 revelou a fragilidade do sistema econômico e, perante esta fragilidade, temos a força da nossa rederelações. Temos que sempre lembrar disso porque é aí que reside o nosso valor e a nossa força."
83. Opal Tometi - Ativistadireitos humanos, EUA
Twitter: @opalayo
Opal Tometi é uma premiada defensora dos direitos humanos e uma das três cofundadoras do movimento Black Lives Matter. Ela também é a fundadora do novo centromídia e defesa da causa Diaspora Rising. Nascida nos EUA, filhaimigrantes nigerianos, seu ativismo pelos direitos humanos ultrapassa fronteiras e completou quase duas décadas.
"Ocorreu um verdadeiro despertar. Todos nós sabemos agora que desviar os olhos da injustiça é ser cúmplice. Eu encorajo todos a permanecerem corajosos, comprometidos e conectados as suas comunidades."
84. Sviatlana Tsikhanouskaya - Política, Bielorrússia
Sviatlana Tsikhanouskaya é uma ex-candidata presidencial na Bielorrússia que liderou um movimento nacional pró-democracia. Em agosto2020, o presidente Alexander Lukashenko conquistou uma vitória esmagadora na eleiçãoliderança, gerando protestostodo o paísmeio a acusações generalizadasfraude eleitoral. Pouco depois da eleição, temendo pela segurançaseus filhos, Svetlana fugiu para a Lituânia, onde continua liderando o movimento democrático no exílio.
"Nunca, por um segundo, acreditealguém que diz que você é fraco. Muitas vezes não percebemos o quão fortes somos."
85. Yulia Tsvetkova - Ativista, Rússia
Yulia Tsvetkova nasceuuma pequena cidade industrial no extremo leste da Rússia, onde estudou arte, dança e direção. Anos depois,seu teatro ativista e centro comunitário, ela começou a levantar questões relacionadas aos direitos das mulheres e da comunidade LGBT, ao antimilitarismo e à ecologia. Em 2019, seu ativismo foi recebido com acusações criminaisdistribuiçãopornografia e três casos"propaganda LGBT". Os processos a que responde podem levar a até seis anosprisão sob acusaçãocompartilhar desenhos do corpo feminino online. Ela foi reconhecida como prisioneira política por organizações russasdireitos humanos. Yulia nega as acusações.
"Nunca tolere abusos, sejam eles do governo,um parceiro ou da sociedade. Você é forte e tem o podermudar o mundo. Não importa quão sombrios sejam os tempos, continue sonhando e lutando."
86. Arussi Unda - Ativista, México
Twitter: @brujasdelmar
Enquanto o México enfrenta índices crescentesfeminicídio, Arussi Unda e seu coletivo feminista Brujas del Mar ("Bruxas do Mar") emergiram como uma voz para as mulheres. Neste ano, inspiraram mulherestodo o país a realizarem uma greve nacional9março, diaque as mulheres pararamtrabalhar eexecutar outras atividades, ficandocasa.
"No momento, existem tantos slogans e lemas como 'A revolução será feminista' ou 'O futuro é feminista' — mas o futuro já está aqui. Devemos ser corajosas e continuar subindo."
87. Anastasia Volkova - Empreendedora, Ucrânia
Twitter: @FluroSat
Anastasia Volkova é uma empreendedora e inovadora agrícola que usa a ciência e a tecnologia para lidar com questõessegurança alimentar. Em 2016, fundou a FluroSat, uma empresa que usa drones e dadossatélite, juntamente com algoritmos e outras ferramentas, para ajudar agricultores a otimizarem a produção agrícola.
"Seja a mudança que você deseja ver no mundo. Espero que todos possamos encontrar nossas próprias maneirastirar proveito dessa situação e permitir uma mudança positiva."
88. Kotchakorn Voraakhom - Arquiteta e paisagista, Tailândia
Instagram: @kotch_voraakhom
Kotchakorn Voraakhom se descreve como "uma arquiteta paisagista urbana tailandesa durona". Ela começou seu trabalho com o objetivoseparar o "pavimento rachado" da extensa paisagem urbanaBangcoc e deixar as mudasnovas ideias surgirem. Agora trabalha para desenvolver usos produtivos do espaço público — e está abrindo rachaduras do tamanhoum parque na luta para ajudar as megacidades a lidar com a mudança climática.
"Para trazer mudanças sistêmicas para a justiça climática, precisamos agir como um mundo unificado. Esta Terra é nossa casa, e a única maneiracurá-la é, para nós, trabalharmos como um."
89. Siouxsie Wiles - Cientista, Reino Unido
Twitter: @SiouxsieW
Siouxsie Wiles é uma cientista e comunicadorasaúde pública que tem sido uma força na Nova Zelândia durante a pandemia. Ela colaborou com o cartunista Toby Morris para ampliar a comunicação da ciência sobre a covid-19, e o trabalho deles foi traduzido para diversos idiomas e adaptado por governos para ajudar as pessoas a entenderem o que os confinamentos faziam. Ela também chefia um laboratóriobioluminescência na UniversidadeAuckland, onde ela eequipe fazem as bactérias brilharem no escuro para entender como micróbios infecciosos nos deixam doentes e para encontrar novos medicamentos.
"Os paísesque as pessoas se uniram para proteger com sucesso umas às outras da pandemia nos mostram que grandes desafios podem ser enfrentados com compaixão e ação coletiva."
90. Elin Williams - Blogueira sobre deficiência, Reino Unido
Twitter: @myblurredworld
Elin Williams é uma escritora e defensora das pessoas com deficiência que compartilha suas experiênciasencefalomielite miálgica (EM) e retinite pigmentosa (uma doença ocular degenerativa)seu blog, My Blurred World, desde os 16 anos. Ela escreve relatos honestos e abertossuas experiências, compartilhando tudo, desde conselhos e o impacto emocionalseu estado, até as barreiras sociais que ela enfrenta e a importânciapromover a acessibilidade na indústria da moda. Durante todo o tempo, ela tece um fiopositividadeseu conteúdo na esperançaaumentar a conscientização e permitir que outras pessoassituação semelhante saibam que não estão sozinhas.
"Encontre uma saída que lhe permita canalizarcriatividade, energia, pensamentos, dor e felicidade; abrace todos os aspectos positivos que isso pode trazer. Você merece algo que é totalmente seu, sem nenhuma força externa influenciando seu propósito."
91. Alice Wong - Ativista da áreapessoas com deficiência, EUA
Twitter: @SFdirewolf
Alice Wong é a fundadora do Disability Visibility Project, uma campanha popular que incentiva as pessoas com deficiência a registrarem suas histórias. Neste ano, ela publicou uma nova antologia, Disability Visibility: First-Person Stories from the Twenty-First Century (Visibilidade da Deficiência: HistóriasPrimeira Pessoa do Século 21,tradução literal).
"O mundo mudou muito2020 e não quero que as coisas voltem ao 'normal' nunca mais."
92. Leo Yee-Sin - Médica, Singapura
Leo Yee-Sin dirige o Centro NacionalDoenças InfecciosasSingapura, órgão responsável por lidar com surtosdoenças transmissíveis. Alémestar na linhafrente da batalha contra a covid-19, ela passou décadas melhorando os cuidados com o HIV no país e liderando equipesvários surtosdoenças infecciosas. Ela equilibra seus compromissos profissionais com seu papelmãetrês filhos.
"A covid-19 mudou a vidatodos. Mas isso não mudou a proeminência da liderança feminina. Aqueles que lutam contra o vírus na linhafrente são predominantemente mulheres e o fazem com coragem, força e resiliência."
93. Michelle Yeoh - Atriz, Malásia
Instagram: @michelleyeoh_official
Michelle Yeoh começou a atuar realizando suas próprias acrobacias no "mundo dos homens"filmesartes marciaisHong Kong. Ela se mudou para Hollywood como uma Bond girl (no longa O Amanhã Nunca Morre) e é uma das poucas atrizes da Ásia a desfrutaremuma longa e bem-sucedida carreira nos EUA. Depoismais30 anos no ramo, ela garantiu papéis lucrativos nos novos filmes da franquia Avatar e no primeiro filmesuper-heróis da Marvel com protagonista asiático, Shang-Chi. Ela sempre fala sobre a faltarepresentatividade asiáticaHollywood e, como embaixadora da boa vontade da ONU, atua para ajudar a erradicar a pobreza até 2030.
"A covid-19 afeta a todos nós, mas as mulheres estão arcando com o peso. Lembre-se: não estamos sozinhas. Se estivermos nos sentindo isoladas, devemos buscar apoio. Ter uma redeapoio é mais importante do que nunca."
94. Aisha Yesufu - Ativista, Nigéria
Twitter: @AishaYesufu
Aisha Yesufu é uma ativista nigeriana que exige um governo melhorseu país. Ela é co-organizadora da campanha TragaVolta Nossas Meninas, lançadaresposta ao sequestromais200 meninasuma escola secundáriaChibok,2014, pelo grupo Boko Haram. Ela também foi uma participante proeminenteprotestos levaram nigerianos às ruas para exigir responsabilidade da Força Policial Nigeriana, a começar pela dissolução do controverso Esquadrão Especial Anti-Roubo, acusadoassassinatos, estupros e roubos.
"Meu conselho para as mulheres é que ocupem plena e assumidamente o seu lugar no mundo. As mulheres devem pararpedir um lugar à mesa — devem criarprópria mesa."
95. Gulnaz Zhuzbaeva - Ativista da áreapessoas com deficiência, Quirguistão
Instagram: @gulnazzhuzbaeva
No Quirguistão, existem mais5 mil pessoas com deficiência visual, mas muitos documentos governamentais importantes permanecem inacessíveis para elas. Gulnaz Zhuzbaeva, fundadora da federaçãocegos do país, tem trabalhado para disponibilizar esses materiaisbraille e melhorar outros pontosacessibilidade. Sua equipe administra um programa para cegos a fimfornecer-lhes o conjuntohabilidades necessárias para entrar no mercadotrabalho. Dos 22 adultos que concluíram o programa2020, seis já estão empregados com sucesso e dois estão cursando a universidade.
"A vida é cheiadesafios. Tome isso apenas como um dado."
96. Pardis Sabeti - Geneticista computacional, Irã
Twitter: @PardisSabeti
Pardis Sabeti é professora da Universidade Harvard, do Broad Institute do InstitutoTecnologiaMassachusetts (MIT) e do Instituto Médico Howard Hughes. Ela contribuiu para estudosgenomas humanos e microbianos, teoria da informação e vigilânciadoenças infecciosas rurais, alémesforçoseducação na África Ocidental. Em 2014, integrou a equipecombatentes do ebola eleita "Pessoas do Ano" pela revista Time, que também a incluiu emlista das "100 Pessoas Mais Influentes". Ela é a apresentadora da sérievídeos educacionais Against All Odds e vocalista da bandarock Thousand Days.
"Atravéstodos os desafios que enfrentaremos, a solidariedade e o riso com outras pessoas boas na luta por um mundo melhor são a chave para a nossa perseverança e o nosso sucesso."
97. Erica Baker - Engenheira, Alemanha
Twitter: @EricaJoy
Erica Baker é diretoraengenharia do GitHub. A carreiraEricatecnologia começou há 19 anos, dando suporte técnico para a Universidade do Alasca, antesse tornar funcionária do Google2006. Depois trabalhou no Slack e no Patreon, antespassar pela Microsoft e pelo GitHub. Ela fez parte dos conselhos consultivos da Atipica e Hack the Hood, do Code.org Diversity Council, do Barbie Global Advisory Board, do Conselhodiretores da Girl Develop It e foi mentora técnica do Black Girls Code. Atualmente ela viveOakland, na Califórnia.
"O mundo mudou muito2020 e, conforme estamos reaprendendo o que significa ser altruísta, a importância do serviço e o valor da conexão, também estamos sendo lembradosque o mundo não é um lugar justo para todos. Eu encorajaria as mulherestodo o mundo a usarem o poder que têm para lutar por justiça, lutar pela liberdade e lutar para garantir que todos sejamos tratados com igualdade."
98. Jane Fonda - Atriz, EUA
Na tela, Jane Fonda é uma atriz duas vezes vencedora do Oscar, reconhecida por seu trabalhofilmes icônicos como Klute - O Passado Condena, A Casa do Lago e Das 9 Às 5, para citar alguns deles. Atualmente, ela estrela a série da Netflix Grace and Frankie. Mas fora das telas, ela participa da vanguarda do ativismo social há mais50 anos, dando voz a causas que acredita, dos direitos das mulheres ao pagamento justo para trabalhadores que dependemgorjetas.
"O mundo está esquentando mais rápido do que a ciência previu. A humanidade enfrenta uma crise existencial. Esta é uma solução coletiva. As mulheres entendem isso. As mulheres entendem que somos todos interdependentes. São elas que suportam o impacto da crise climática e são as responsáveis por nos conduzir às soluções. Vamos nos levantar para fazer isso."
99. Cindy Bishop - Modelo e embaixadora da ONU, Tailândia
Instagram: @cindysirinya
Cindy Sirinya Bishop é modelo, atriz e apresentadoraTV, que também faz campanha pelo fim da violência contra as mulheres. Neste ano, ela foi nomeada embaixadora da boa vontade regional das Mulheres da ONU para a Ásia e o Pacífico, promovendo a igualdadegênero por meio da educação, comunidades e governos. Ela fundou o movimento #DontTellMeHowToDress2018, depois que autoridades da Tailândia disseram às mulheres para não parecerem "sexy" se quisessem evitar serem abusadas sexualmente nos festivais tailandesesAno-Novo. Ela também é diretora da Dragonfly360, uma plataforma regional que defende a igualdadegênero na Ásia, e está escrevendo uma sérielivros infantis sobre segurança, direitos e relacionamentos respeitosos.
"O mundo mudou muito2020. Com as mudanças, vêm as oportunidadesprogresso. Todos devem poder viver com igual dignidade e liberdade. Devemos continuar a inspirar a próxima geraçãorapazes e moças."