Vacina contra covid-19: 10 razões para sermos realistas sobre imunização e não esperarmos um milagre:cassino paga no pix

Ilustraçãocassino paga no pixuma duplacassino paga no pixum laboratório

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Legenda da foto, Em uma corrida contra o tempo, vários países desenvolvem um tipocassino paga no pixvacina contra o coronavírus

Criar a falsa esperançacassino paga no pixque vamos contarcassino paga no pixbreve com uma vacina ou um tratamento eficaz contra a covid-19 pode ser uma facacassino paga no pixdois gumes que poderia causar uma enorme decepção caso as expectativas não se realizem.

Anúncios que garantem que teremos uma vacina neste ano pode suscitar desconfiança na população caso os prazos prometidos não sejam alcançados.

Por outro lado, um excessocassino paga no pixotimismo pode criar uma falsa sensaçãocassino paga no pixsegurança e levar a um relaxamento das medidascassino paga no pixprevenção e controle do vírus que se mostraram eficazes na prevenção da disseminação.

Não há dúvidacassino paga no pixque as vacinas são um dos grandes avanços da história da humanidade e a melhor formacassino paga no pixprevenir e reduzir as doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que vacinas evitemcassino paga no pix2 a 3 milhõescassino paga no pixmortes por ano.

Graças às vacinas, uma doença mortal como a varíola foi erradicada, e uma doença tão temida e contagiosa quanto a poliomielite está à beira da extinção. Portanto, não é surpreendente que, ao ouvirmos a palavra "vacina", pensemos que será a solução perfeita para a covid-19.

Processo complexo

Uma vacina pode ser definida como "qualquer preparo destinado a gerar imunidade contra uma doença, estimulando a produçãocassino paga no pixanticorpos".

No papel, desenvolver um candidato a vacina parece uma coisa simples, mas quando se tratacassino paga no pixcolocar issocassino paga no pixprática é um processo muito mais complexo.

O desenvolvimentocassino paga no pixvacinas apresenta muitos desafios para torná-las seguras e eficazes, e este caso não é exceção. Portanto, é importante conhecer as limitações e problemas que podem ser encontrados para não incorrercassino paga no pixconfiança excessiva acerca da eficácia e dos prazoscassino paga no pixdesenvolvimento.

Estas são dez das muitas razões pelas quais devemos ser realistas e não esperar pelo surgimentocassino paga no pixuma vacina milagrosa que nos libertará imediatamente desta pandemia.

1. A pressa não é boa

O processo normalcassino paga no pixdesenvolvimentocassino paga no pixuma vacina geralmente variacassino paga no pix10 a 15 anos. Não se deve esperar que tenhamos uma vacina perfeitacassino paga no pixmenoscassino paga no pixum ano e que ela nos permita voltar automaticamente à vida que tínhamos.

Por exemplo, o encurtamento que estamos vendo na fasecassino paga no pixpesquisa pré-clínicacassino paga no pixque a vacina é estudadacassino paga no pixculturascassino paga no pixcélulas ecassino paga no pixanimais é algo incomum e um reflexo da urgênciacassino paga no pixencontrar a vacina.

2. Tem que proteger os humanos

É fácil dizer, mas é onde a maioria das candidatas falha. Uma vacina pode ser muito bem projetada, segura, 100% protetoracassino paga no pixestudos com animais e induzir uma forte resposta imune e o estímulocassino paga no pixanticorpos neutralizantes, mas pode acabar oferecendo um nívelcassino paga no pixproteção muito menor do que o esperado quando testadacassino paga no pixhumanos.

3. Querer nem sempre é poder

Em 1984, quando o vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi identificado como responsável pela pandemia da Aids, o secretáriocassino paga no pixsaúde e serviços humanos dos Estados Unidos declarou que uma vacina estaria disponívelcassino paga no pixdois anos. Hoje, 36 anos depois, ainda não há uma vacina contra o vírus.

Ilustraçãocassino paga no pixhomem tendocassino paga no pixtemperatura medida

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Legenda da foto, Vacinas são um meio eficientecassino paga no pixcombater pandemias e segundo a OMS evitam, atualmente, cercacassino paga no pix3 milhõescassino paga no pixmortes por ano

O desenvolvimentocassino paga no pixvacinas nem sempre compensa. Embora comparar o HIV com o novo coronavírus não seja o mais preciso porque eles são muito diferentes, há momentoscassino paga no pixque, não importa o quanto você pesquise, não se consegue encontrar uma maneiracassino paga no pixdesenvolver uma vacina eficaz.

Na verdade, embora existam boas vacinas candidatas com resultados promissorescassino paga no pixanimais, até o momento não há vacina disponível para nenhum dos outros coronavírus que afetam humanos.

As razões são múltiplas, desde a faltacassino paga no pixinteresse comercial à observaçãocassino paga no pixefeitos adversos nos diferentes estudos com as candidatas. A boa notícia é que existem vacinas disponíveis contra diferentes coronavírus que infectam animais.

4. Efeitos adversos

As vacinas, como qualquer medicamento, podem provocar efeitos colaterais. Um dos principais problemas enfrentados pelos investigadores é a potencialização dependentecassino paga no pixanticorpos, mais conhecida como ADE.

Trata-secassino paga no pixuma reação indesejada na qual a geraçãocassino paga no pixanticorpos frente a um agente infeccioso, a exemplo do usocassino paga no pixuma vacina, pode dar lugar a sintomas muito piores. Ou seja, a doença acaba potencializadacassino paga no pixcasocassino paga no pixinfecção pelo vírus.

Os mecanismos da ADE ainda são muito pouco conhecidos, e a boa notícia é que são bastante incomuns.

Esse efeito foi identificadocassino paga no pixcandidatas contra o vírus sincicial respiratório e o vírus da dengue. A má notícia é que também foi descritocassino paga no pixoutros coronavírus, como o vírus da peritonite infecciosa felina, e coronavírus que infectam humanos, como os responsáveis pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

Portanto, a possibilidadecassino paga no pixocorrênciacassino paga no pixADE é uma preocupação real e está sendo avaliada ativamentecassino paga no pixvários estágioscassino paga no pixdesenvolvimento das candidatas contra a covid-19. Principalmente na fase 3, no qual participam dezenascassino paga no pixmilharescassino paga no pixvoluntários.

5. Produçãocassino paga no pixlarga escala

Um dos principais desafios que enfrentaremos caso se obtenha uma vacina eficaz contra o coronavírus será acassino paga no pixproduçãocassino paga no pixlarga escala para que chegue à maior parcela possível da população mundial.

Estamos falandocassino paga no pixproduzir bilhõescassino paga no pixdoses. Isso sem levarcassino paga no pixconta que muitas das vacinascassino paga no pixestudo demandam duas doses por pessoa. Além disso, outro problema adicional seria a produçãocassino paga no pixmassacassino paga no pixdoses sem afetar a produçãocassino paga no pixoutras vacinas importantes.

6. Distribuição da vacina

Vamos imaginar que uma vacina eficaz contra o Sars-CoV-2 seja desenvolvida e produzidacassino paga no pixlarga escala. O próximo problema seriacassino paga no pixentrega eficiente a bilhõescassino paga no pixpessoascassino paga no pixtodo o mundo. Não adianta ter vacina se ela não chega ao usuário final.

Ilustração do coronavírus

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Legenda da foto, A criaçãocassino paga no pixum rede capazcassino paga no pixdistribuir a vacinacassino paga no pixlarga escala é crucial para acassino paga no pixeficáciacassino paga no pixcombater a pandemia

Obter uma distribuição global eficiente apresenta desafios logísticos significativos. As empresas fabricantescassino paga no pixvacinas, governoscassino paga no pixdiferentes países e empresascassino paga no pixtransporte devem trabalhar juntos ecassino paga no pixentrarcassino paga no pixacordo.

Em geral, a maioria das vacinas deve ser mantida refrigerada entre 2°C e 8°C. Por isso, um dos principais desafios a serem vencidos seria não quebrar a cadeiacassino paga no pixfrio. Esse problema pode ser agravado, pois existem vacinas candidatas que requerem uma cadeia ultra-fria com temperaturas próximas a -70°C.

7. Imunidade natural parece durar pouco

Durante meses, anúncioscassino paga no pixpossíveis reinfecções circularamcassino paga no pixdiferentes partes do mundo. Hoje é um fato que pessoas que já tiveram a doença podem ser infectadas novamente. Isso é relativamente comumcassino paga no pixdoenças infecciosas. Na verdade, não há doença viral respiratória conhecidacassino paga no pixque não ocorram reinfecções.

Uma possível explicação seria que, como ocorre com outros coronavírus que infectam humanos, a presençacassino paga no pixanticorpos desaparece gradualmente ao longocassino paga no pixalguns meses após a infecção.

O principal problema com as reinfecções é que, apesar do fatocassino paga no pixque as vacinas geralmente desenvolvem uma resposta imunológica mais forte do que a infecção natural, os resultados esperados não seriam os melhores se já que se sabecassino paga no pixantemão que a imunidade natural écassino paga no pixcurta duração.

Embora o papel desempenhado pela resposta celular nas vacinações ecassino paga no pixrelevância na proteção contra infecções ainda estejam para ser analisados e confirmados, tudo parece indicar que seria, muito provavelmente, necessário se revacinarcassino paga no pixvezcassino paga no pixquando.

8. A idade importa

Um desafio para esta vacina é que os idosos são mais suscetíveis à infecção e apresentam um risco particularmente alto contra doenças graves ou fatais.

Portanto, proteger adultos com maiscassino paga no pix60 anoscassino paga no pixidade contra a covid-19 é um dos objetivos mais importantes dos pesquisadores. O principal problema é que, à medida que envelhecemos, nosso sistema imunológico se torna menos eficiente, e as vacinas ficam menos eficazes.

9. Tecnologia bastante recente

A maioria das vacinas que usamos envolve a injeçãocassino paga no pixum vírus enfraquecido e inativado, ou simplesmente componentes do vírus que são produzidos e purificadoscassino paga no pixlaboratório.

No entanto, muitas das vacinas candidatas que agora estão sendo testadascassino paga no pixhumanos são baseadascassino paga no pixtecnologias genéticas relativamente recentes. São conhecidas como "vacinas genéticas", que podem sercassino paga no pixDNA ou RNA.

grafico

Nesse caso,cassino paga no pixvezcassino paga no pixinocular vírus inteiros ou subunidades do vírus para induzir uma resposta imune como fazem as vacinas tradicionais, a ideia é que nosso próprio corpo produza a proteína do vírus.

Para fazer isso, eles nos injetariam diretamente a parte do código genético viral que contém as instruções para fazer a proteína-alvo. Finalmente, nossas células produziriam essa proteína alertando o sistema imunológico.

As vacinas genéticas têm muitas vantagens. Por exemplo, menor custo e necessidadecassino paga no pixuma infraestruturacassino paga no pixprodução muito menor. O principal problema é que até agora nenhuma vacina desse tipo foi comercializada para usocassino paga no pixhumanos, e portantocassino paga no pixeficácia ainda não foi verificada.

10. Proteção? Sim, mas parcial

Tudo parece indicar que, no casocassino paga no pixsurgir uma candidata bem-sucedida, as primeiras vacinas devem proteger parcialmente contra a infecção, a imunidade teria vida curta e não funcionaria para todas as pessoas.

No entanto, é sempre melhor ter uma vacina parcialmente eficaz do que nenhuma. Seria muito útil proteger parte da população e reduzir o aumento da taxacassino paga no pixinfecções. Além disso, tendo tantas candidatas diferentescassino paga no pixdesenvolvimento, é possível que objetivos diferentes sejam alcançados.

Por outro lado, é possível quecassino paga no pixum futuro mais distante sejam desenvolvidas vacinas mais complexas e com melhores resultados.

Respeitemos as medidascassino paga no pixproteção

Em resumo, embora o esforço sem precedentes e os resultados preliminares possam convidar ao otimismo, a realidade pode ser muito diferente. Portanto, é preciso evitar o excessocassino paga no pixotimismo e contemplar todos os cenários possíveis.

Por fim, é importante lembrar que até que a pandemia desapareça, écassino paga no pixvital importância respeitar as medidas básicascassino paga no pixproteção à saúde que realmente funcionam para prevenir infecções:

  • Uso correto da máscara.
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão.
  • Manter o distanciamento social

* Jose M Jimenez Guardeño e Ana María Ortega-Prieto são pesquisadores do King's Collegecassino paga no pixLondres. O artigo original foi publicado no site The Conversation, que você pode ler aqui.

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