Diário ilustra batalhanovas casas de apostas onlinejovem contra sintomas da covid-19 há seis meses:novas casas de apostas online
Monique é extrovertida, e quase hiperativa, segundo suas palavras. Em tempos normais, ela pratica boxe tailandês e jiu-jitsu, e pedala quase 20 km por dia para ir e voltarnovas casas de apostas onlineseu empregonovas casas de apostas onlineuma galerianovas casas de apostas onlinearte no centronovas casas de apostas onlineLondres.
Mas, nos últimos meses,novas casas de apostas onlinevida se transformou completamente. Agora, ela tem uma listanovas casas de apostas onlineseu quarto para lembrá-lanovas casas de apostas onlineguardar energia suficiente a cada dia para escovar os dentes.
"Eu não sou uma pessoa preguiçosa", diz. Alguns dias, no entanto, tudo que ela consegue fazer é descer as escadas.
Enquanto seu corpo se recusa a colaborar, ela encontrou uma válvulanovas casas de apostas onlineescape no Instagram, onde começou um diário ilustradonovas casas de apostas onlineseus sintomas.
Ela usa o diário para falar sobre essa nova condição e se conectar com outras pessoas na mesma posição, os long-haulers (algo como "os que enfrentam longas jornadas").
Muitos elementos do novo coronavírus ainda confundem os médicos, e a covid-19 "de cauda longa" é uma das características mais intrigantes da pandemia. Por que algumas pessoas contraem uma versão do vírus que simplesmente não vai embora, mesmo sendo geralmente pessoas que foram só levemente afetadas?
Monique ficou doente na mesma época que uma amiga, depois que fizeram uma viagemnovas casas de apostas onlinetrem juntas. No início, elas se mantinhamnovas casas de apostas onlinecontato, seus sintomas estavam praticamente no mesmo ritmo, mas depois interromperam o contato por um tempo.
"Eu tive que parar, era muito assustador", diz Monique.
Durante as primeiras duas semanas, ela se sentiu doente — estava tão cansada que mal conseguia se levantar da cama. Ainda estava frionovas casas de apostas onlineLondres, mas ela estava vestindo pouca roupa e segurava um saconovas casas de apostas onlinegelo na cabeça para se refrescar. Ela não mediunovas casas de apostas onlinetemperatura, mas acha que estava com febre.
"Eu sei que é estranho falar 'eu acho' sobre isso, mas muito do que eu passo é isso, eu acho, mas simplesmente não sei."
Na segunda semana, ela começou a ter dificuldade para respirar. Uma ambulância chegou para atendê-la, mas seus níveisnovas casas de apostas onlineoxigenação estavam normais. "Eles me disseram que eu estava tendo um ataquenovas casas de apostas onlinepânico, provavelmente disparado pelos sintomas." Ela não chegou a ser testada para covid-19 porque,novas casas de apostas onlinemarço, o Reino Unido restringia os testes apenas para os casos mais graves.
Ela tentou se tratar com remédios naturais. Comeu alho cru e pimentas inteiras, e se lembranovas casas de apostas onlineter pensado na estranhezanovas casas de apostas onlinenão sentir nenhum gosto. E ela estava exausta.
Depoisnovas casas de apostas onlineduas semanas, alguns sintomas sumiram, mas acabaram substituídos. "Senti um aperto no centro do peito. E ele se transformou no que parecia uma espécienovas casas de apostas onlinequeimação", diz ela. "Era uma, no lado esquerdo,novas casas de apostas onlineranger os dentes. Achei que estava tendo um ataque cardíaco."
Ela ligou para a emergência, e eles recomendaram que ela tomasse paracetamol. Disseram a ela que o medicamento parecia fazer a dor desaparecernovas casas de apostas onlinealgumas pessoas, embora não entendessem direito os motivos.
O paracetamol funcionou, mas assim que a dor passou, seu estômago e garganta começaram a queimar "como fogo" quando comia. Os médicos pensaram que ela estava com uma úlcera. Só tempos depois se descobriu que problemas gástricos eram um dos sintomas associados à covid-19.
Cercanovas casas de apostas onlineseis semanas depois, Monique começou a ter sensaçõesnovas casas de apostas onlinequeimação ao urinar e dores nas costas. O médico prescreveu três antibióticos diferentes antesnovas casas de apostas onlineconcluir que não era uma infecção bacteriana.
"Foi apenas uma agonia", diz ela. "E,novas casas de apostas onlinerepente, simplesmente desapareceu."
Monique se afastou das redes sociais. Até ouvir podcasts se tornou difícil porque qualquer menção à covid-19 a deixava ansiosa e afetavanovas casas de apostas onlinerespiração. Viciadanovas casas de apostas onlinenotícias, ela simplesmente não conseguia lidar com isso.
Temia que, caso acessasse as redes sociais, veria uma postagem atrás da outra sobre mortes e cadáveres. Encontrou consolo nas compras online, mas mesmo ao colocar tamanhonovas casas de apostas onlinevestidos nas buscas a levavam a históriasnovas casas de apostas onlineterror sobre novos sintomas da doença. "Na verdade, estava com medonovas casas de apostas onlineentrar no Google."
Depoisnovas casas de apostas onlineum tempo, pediu a um amigo que lhe contasse o que estava acontecendo no mundo. Uma das primeiras coisas que ouviu é que havia uma proporção maiornovas casas de apostas onlinemortesnovas casas de apostas onlinepessoas negras enovas casas de apostas onlineorigens étnicas minoritárias. Monique é mestiça e estava com medo.
"Parecia um filmenovas casas de apostas onlineterror onde todos os negros morrem."
No decorrer das semanas, alguns sintomas foram novamente substituídos por outros, e a situação foi ficando cada vez mais bizarra. Uma dor na nuca era acompanhada por uma estranha sensação na orelha. Suas mãos ficavam azuis, e ela precisava sacudi-las com força para que o sangue voltasse a elas.
"Continuei ligando para o médico para falar sobre novos sintomas e me perguntaram: 'Como estánovas casas de apostas onlinesaúde mental?'", relata . "A conclusão é que esses sintomas não eram tratáveis ou não eram 'reais'."
Ela tinha erupções cutâneas estranhas por todo o corpo, seus dedos dos pés ficavam vermelhos, ela acordava com dores agudasnovas casas de apostas onlinediferentes partes do corpo.
Uma noite, enquanto falava com uma amiga por telefone, sentiu o lado direito do rosto cair. Ela foi direto para o espelho, mas seu rosto parecia normal. Estava preocupada que estivesse tendo um derrame, mas os médicos não encontraram nenhuma evidêncianovas casas de apostas onlineque ela tenha sofrido um.
Monique também tinha sensações estranhas por todo o corpo. Às vezes, parecia que alguém estava agarrando a perna dela com as mãos ou os cabelos sendo arrastados pelo rosto, até mesmo dentro da boca.
Ela passou muito tempo tentando explicar a médicos o que estava acontecendo com ela. Em geral, tinha apenas cinco ou dez minutos por telefone para tentar retransmitir tudo o que estava acontecendonovas casas de apostas onlineseu corpo. Mas nunca era suficiente.
"Se eles me dissessem que eu tinha covid-19, mas não tinham ideianovas casas de apostas onlinecomo tratar, teria sido tudo bem."
Ela hesita ao falar sobre seu tratamento, relutanovas casas de apostas onlinecriticar os profissionaisnovas casas de apostas onlinesaúde do NHS (sistema britâniconovas casas de apostas onlinesaúde pública), muitos dos quais foram bastante cuidadosos. Mas, para Monique, o sistema não consegue lidar com pessoas emnovas casas de apostas onlinesituação.
Foram nove semanas até que Monique pudesse ser testada para coronavírus (o resultado foi negativo, mas não significa que não teve a doença). Nesse ínterim, ela temia ter passado o vírus para outras pessoas.
O governo britânico recomenda que as pessoas se isolem por sete dias ou até os sintomas sumirem. Mas o que fazer se eles nunca forem embora?
As pessoas que dividem a mesma casa que ela desenvolveram métodos para evitar contato, como os pontos da porta da geladeira que poderiam ser tocados por cada uma delas.
Passaram também a comer sozinhasnovas casas de apostas onlineseus quartos.
Um dia, ela foi tomar um pouconovas casas de apostas onlinear fresconovas casas de apostas onlineum parque pertonovas casas de apostas onlinesua casa com um amigo quando uma criança pequena correu para perto dela. Monique deu um pulo para se afastar, e deixou a mãe indignada. "A criança não estava pertonovas casas de apostas onlinevocê!" Monique tentou explicar que não tinha medonovas casas de apostas onlinecontrair o vírus, mas simnovas casas de apostas onlinetransmiti-lo. Pessoas doentes deveriam ficarnovas casas de apostas onlinecasa, respondeu a mãe da criança.
Ela espera que seu diário ajude as pessoas a entender que nem sempre é tão simples.
Enquanto alguns amigos faziamnovas casas de apostas onlinetudo para ajudá-la, Monique notou que outros estavam ficandonovas casas de apostas onlinesaco cheio. Nada do que estava acontecendo com ela fazia sentido para ninguém. "Uma pessoa me disse que eu estava ficando obcecadanovas casas de apostas onlineter covid-19."
Quatro meses depois dos primeiros sintomas, ela decidiu mudarnovas casas de apostas onlinecasa. Estava muito difícil cumprir com as tarefas domésticas, e seria melhor ficar próxima do suporte familiar.
Havia uma melhora do fôlego dela, e, agoranovas casas de apostas onlinejulho, já conseguia subir uma escada sem precisar parar. Mas, depoisnovas casas de apostas onlineusar o aspiradornovas casas de apostas onlinepó por cinco minutos para tentar limpar seu quarto, ela colapsou por faltanovas casas de apostas onlinear.
Depois do episódio, passou três semanasnovas casas de apostas onlinecama. E Monique não tem ideianovas casas de apostas onlinecomo ficar melhor.
Os médicos ainda não sabem como ajudar as pessoas cujos sintomasnovas casas de apostas onlinecovid-19 simplesmente não vão embora.
"Tem sido um pouco sobre o que eu posso ou não fazer, e ser flexível sobre meus planos porque meu corpo apenas não se importa com o que eu planejei."
Monique passou a tratar tambémnovas casas de apostas onlinesaúde mental, algo que lhe dá ferramentas para a nova realidadenovas casas de apostas onlinesua vida. Uma coisa que ela não esperava é que a doença a fizesse se conectar com outros entusiastasnovas casas de apostas onlinecogumelos.
Eles têm propriedades antivirais, escreve elanovas casas de apostas onlineumanovas casas de apostas onlinesuas postagens. Mas também são partenovas casas de apostas onlinealgo muito maior e mais bonito, diz ela.
Eles são parte do micélio, uma rede subterrânea que se conecta com raízesnovas casas de apostas onlineárvores próximas e troca nutrientes entre elas. Muitos especialistas no reino Fungi acreditam que essas estruturas ajudam as árvores a se comunicarem entre si, levando nutrientesnovas casas de apostas onlineuma saudável para outra doente.
Isso faz com o que Monique se lembre dos amigos que deixavam comida emnovas casas de apostas onlineporta, mês após mês. Pessoas com as quais contou muito desde que ficou doente.
"Isolada no meu quarto", ela escreveu no Instagram, "fez com que eu me sentisse mais conectada do que nunca".
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