Declaraçõescasino pBiden e Kamala revelam chapa mais crítica a governo brasileiro na história dos EUA:casino p
Críticascasino psérie
Agora, no entanto, tanto Biden quanto Kamala, que também foi pré-candidata presidencial pelos democratas até dezembro do ano passado, já expressaram seu descontentamentocasino prelação ao brasileiro.
"O presidente Bolsonaro precisa saber que se o Brasil falhar nacasino ptarefacasino pguardião da floresta Amazônica, o meu governo irá congregar o mundo para garantir que o meio ambiente esteja protegido", afirmou Joe Bidencasino pumacasino pentrevista à revista americana Americas Quartelycasino pmarçocasino p2020.
Ainda naquele mesmo mês,casino pum debatecasino ppré-candidatos democratas, ele reafirmoucasino pintençãocasino pliderar uma resposta global contra a devastação da floresta brasileira.
"Eu estaria agora organizando o hemisfério (ocidental) e o mundo para fornecer US$ 20 bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia, para que pudessem manter as florestas", afirmou o democrata. O dinheiro seria partecasino pum pacotecasino pquase US$ 2 trilhões que Biden estuda criar para combater o aquecimento global, umacasino psuas prioridadescasino pgestão.
Eleita para o Senado pela Califórnia, Kamala foi ainda mais explícita e diretacasino psuas críticas a Jair Bolsonaro. Em agosto do ano passado, diante das informações a respeito do aumento das queimadas na Amazônia, as imagens da destruição na floresta tropical estamparam capascasino ppublicações internacionais e geraram uma ondacasino pcríticascasino plíderes internacionais ao país.
Na ocasião, Kamala se posicionou via Twitter: "O presidente Bolsonaro precisa responder por essa devastação", disse,casino pcomentário sobre imagenscasino puma áreacasino pmatacasino pchamas. Kamala afirmou que 20% do oxigênio do mundo viria da Amazônia e que a floresta é o larcasino pum milhãocasino pindígenas. "Qualquer destruição afeta a nós todos".
Kamala voltou à carga no dia seguinte, 24casino pagosto: "Enquanto a Amazônia queima, o presidente tipo Trump do Brasil, que deixa madeireiros e mineradores destruírem a área, não está agindo. Trump não deve fechar acordo comercial com o Brasil até que Bolsonaro revertacasino ppolíticas catastróficas e combata as queimadas. Precisamos da liderança americana para salvar o planeta".
Quatro dias mais tarde, fustigou também a proximidade entre o mandatário brasileiro e o presidente americano Donald Trump, a quem ela enfrentará nas urnas, ao ladocasino pBiden, no próximo dia 3casino pnovembro.
Isso porque alémcasino pexpressar apoio público ao brasileiro, Trump também atuou junto à cúpula do G-7, que se reunia naqueles mesmos dias, para impedir que recomendações ou críticas ao Brasil fossem incluídas na declaração final dos países mais poderosos do mundo, como queria o mais vocal dos críticos do governo brasileiro, o presidente francês Emmanuel Macron.
"O presidente Bolsonaro tem ativamente encorajado incêndios na Amazônia e rejeitado auxílio do G7 para combatê-los. Trump garantiu seu apoio total a Bolsonaro. Em um momentocasino pque o planeta depende da liderança americana, Trump tem falhado", disse Kamala.
Muito além do meio ambiente
Para especialistas na relação entre os dois países, embora tenham feito as críticas no contexto ambiental, a rejeição a Bolsonarocasino pBiden, Kamala e do partido democrata vai muito além da agenda verde.
"É inédito que um governo que diz amar os Estados Unidos e que decidiu aprofundar essa relaçãocasino pdetrimentocasino poutras, como a com países árabes ou com a Argentina, se veja agora diante da possibilidadecasino pser tratado com enorme má vontade pelo seu aliado preferencial. Isso mostra que o Brasil se aproximoucasino pTrump, mas não criou pontes com os Estados Unidos, numa política externa bastante amadora", afirma Poggio.
Desde que assumiu, Bolsonaro passou a tratar como prioridade a sinergia com o governo Trump. Os dois presidentes possuem agendas ideológicas próximas e estilos semelhantescasino pfazer política, com comunicação constante e direta com o eleitor via redes sociais.
A proximidade com Trump, no entanto, e o posicionamento explícitocasino pfavor da reeleição do republicanocasino p2020 passou a ser cada vez mais encarada com crítica pelos democratas que, agora, surgem com cercacasino p70%casino pchancecasino passumir a Casa Branca a partir do ano que vem,casino pacordo com o modelocasino pprevisão do site Five Thirty Eight.
No começocasino pjunho, 24 deputados democratas da Comissãocasino pOrçamento e Assuntos Tributários da Câmara enviaram uma carta ao representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer,casino pque se diziam contrários ao estabelecimentocasino pqualquer novo acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos.
"Nós nos opomos fortemente a buscar qualquer tipocasino pacordo comercial com o governo Bolsonaro no Brasil. O aprimoramento do relacionamento econômico entre os Estados Unidos e o Brasil, neste momento, iria minar os esforços dos defensores dos direitos humanos, trabalhistas e ambientais brasileiros para promover o Estadocasino pDireito e proteger e preservar comunidades marginalizadas", diziam os democratas na carta.
No fim do mês passado,casino presposta a um tuíte do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que postou um vídeocasino pcampanhacasino preeleiçãocasino pTrump, o presidente da Comissãocasino pRelações Internacionais da Câmara, deputado democrata Eliot Engel afirmou que a "família Bolsonaro deve ficarcasino pfora das eleições americanas" e denunciou tentativacasino pinterferência brasileira no processo político interno americano.
Em entrevista à BBC News Brasil, Engel afirmou que "minha esperança é que um relacionamento Estados Unidos-Brasil com Joe Biden se concentre nas diversas áreascasino pinteresse mútuo para as pessoascasino pambos os países, incluindo a proteção do meio ambiente e os direitos humanos para todos".
'Se virar por aqui'
Embora já tenha se declarado um fã do presidente Trump e repita frequentemente seu apoio ao republicano, Bolsonaro admite a possibilidadecasino pque ele possa perder as eleições.
"Eu torço pelo republicano dada a liberdade que eu tenho, que o Trump me deu,casino pligar pra elecasino pqualquer momento que porventura precisar ele está pronto para colaborar conosco", afirmoucasino pmeadoscasino pjulho, para depois fazer a ressalvacasino pque tentaria manter o estreitamento das relações comerciais mesmo diantecasino puma gestão Biden. "Se eles não quiserem, paciência, né? O Brasil vai ter que se virar por aqui".
À Bloomberg, o atual chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, um dos principais responsáveis pelo alinhamento brasileiro a Trump, disse há duas semanas que "tenho certezacasino pque, apesarcasino palguns ajustes, poderíamos manter uma agenda muito positiva sob um possível governo democrata".
Reservadamente, no entanto, integrantes do Itamaraty comandado por Araújo admitem que o órgão deveria se aproximarcasino prepresentantes do partido para melhorar o trânsito ainda antes das eleições. A embaixada brasileiracasino pWashington tem pedido audiências com parlamentares democratas, mas os especialistascasino prelação internacional dizem que o movimento é feito com pouca consistência e baixo resultado, como se vê pelo teor das manifestações públicas das lideranças democratas.
Até mesmo o ex-conselheirocasino pTrump para assuntos internacionais, John Bolton, afirmoucasino pentrevista recente ao Estadocasino pS. Paulo que o governo Bolsonaro deveria abrir "linhascasino pcomunicação" com os democratas imediatamente.
Biden já esteve no Brasil algumas vezes e, na qualidadecasino pvice-presidente dos Estados Unidos, precisou aplainar com a então presidente brasileira Dilma Rousseff o terreno das relações bilaterais após o escândalo da espionagem do serviço secreto americano contra alvos do governo do Brasil e da Petrobras.
Tido como diplomático e pragmático, ele está acostumado a lidar com interlocutores que lhe são pouco simpáticos. É improvável que o democrata tome medidas severascasino prelação ao Brasil tão logo assuma o comando, caso seja mesmo o vencedor da corrida eleitoral. Mas é certo que o retrospectocasino pBolsonaro não ajudará a avançar as conversas entre os dois países e que os democratas esperarão por mudançascasino pposição do Executivo brasileiro para avançar agendas bilaterais.
Estudiososcasino prelações internacionais dizem que o apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE ficará comprometido e que um acordocasino plivre comércio entre os dois países - como inicialmente queria Bolsonaro - é uma possibilidade remota.
Como o Brasil não é uma prioridade na política externa americana, no entanto, esse problema sequer ocupa hoje a agenda do presidenciável, que ainda tem 80 dias pela frente até enfrentar seu adversário nas urnas. Caso vença, Biden já declarou que tão logo assuma pretende visitar um país da América Latina: o México.
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